Casamento de Conveniência com o Alfa Snow - Capítulo 46

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CAPÍTULO 46
~POV de Snow~ Irritado
Eu assisti ao momento em que a expressão de Zara mudou de choque para fúria. Seus lábios se entreabriram de surpresa quando ela encontrou a bandeja do café da manhã, mas foi o bilhete—a mensagem nele—que desencadeou a reação que eu estava esperando.

“Enganada e Vencida.”

Era perfeito. Um lembrete de que, apesar de sua bravata e suas tentativas de me afastar, eu estava com todas as cartas na mão.

Ela nunca foi uma jogadora para começar. Eu queria ver o fogo dela, para ver se ela se descontrolaria, ou se continuaria lutando contra o inevitável.

Sua cabeça virou para mim, seus olhos ardendo com fúria.

“Bom dia, esposa,” cumprimentei casualmente, recostando-me no travesseiro, com os braços cruzados atrás da cabeça. “Gostou do meu presente?”

As mãos de Zara apertaram o bilhete, e seus nós dos dedos ficaram brancos. “Você…” Ela estava sem palavras, sua boca abrindo e fechando com se buscasse o insulto certo, mas não encontrando nenhum à altura de sua fúria.

Não pude evitar um sorriso de satisfação. Ela estava deslumbrante assim—desalinhada do sono, seus cabelos caindo desordenadamente ao redor do rosto, vestindo nada além de sua camisola de seda, o tecido abraçando-a nos lugares certos. Mas foram seus olhos—aqueles olhos ferozes e desafiantes—que mais me cativaram.

“Pensei que você apreciaria o gesto,” continuei, mantendo meu tom leve e provocador. “Você parecia tão tranquila esta manhã. Eu não queria te perturbar. Então pensei em fazer o café da manhã, sabe, como uma oferta de paz.”

Os olhos de Zara se estreitaram em fendas. “Oferta de paz?” ela repetiu, sua voz transbordando incredulidade. “Você acha que isso é uma piada, Snow? Você me enganou. Você… você me manipulou!” Suas palavras tremiam com raiva, mas por trás delas, eu podia sentir algo mais.

Não era apenas raiva. Era frustração—frustração consigo própria, com a situação, com a atração inegável entre nós que nenhum de nós conseguia controlar completamente.

Ela odiava isso, odiava que não importava quanto ela tentasse lutar contra mim, eu sempre encontrava uma maneira de mexer com ela.

Perfeito.

Balancei as pernas para fora da cama e levantei, diminuindo a distância entre nós. O corpo de Zara se tensionou enquanto eu me aproximava, mas ela não recuou. Não desta vez. Bom. Eu gostava quando ela lutava contra mim.

“Eu não te enganei,” eu disse suavemente, minha voz perigosamente calma. “Eu apenas joguei o jogo melhor do que você.”

Suas sobrancelhas se juntaram e por um segundo, pensei que ela fosse me bater novamente. Mas, em vez disso, ela respirou fundo, tentando se estabilizar.

“Você acha isso engraçado?” ela sibilou. “Que você pode simplesmente me empurrar, me fazer sua marionete, e eu irei seguir junto?”

Inclinei minha cabeça, meu olhar nunca deixando o dela. “Você assinou o contrato, Zara. Você fez essa escolha. E quer você admita ou não, você é minha. Em todos os sentidos que importam.”

Seu peito subia e descia a cada respiração raivosa, mas o conflito permanecia em seus olhos. A parte dela que odiava o quanto ela era atraída por mim, o quanto ela ansiava pela dominação contra a qual estava lutando.

Aproximei-me ainda mais, tão perto que eu podia sentir o calor irradiando de seu corpo. “Me diga, Zara,” sussurrei, meus lábios a apenas centímetros dos dela. “Por que você ainda não foi embora? Por que você ainda está aqui?”

Ela não respondeu imediatamente, seus olhos fixos nos meus, sua respiração desigual. Eu podia vê-la lutando, combatendo a vontade de me empurrar para longe, mas incapaz.

“Eu… Eu te odeio,” ela sussurrou finalmente, mas mesmo quando proferiu as palavras, elas pareceram vazias, faltando a convicção que ela queria que tivessem.

Sorri, me inclinando ainda mais. “Odeie-me o quanto quiser. Isso não mudará o fato de você estar aqui. E você ficará aqui, Zara. Porque no fundo, você não me odeia tanto quanto quer.”

Seus olhos se abriram, e por um momento, pensei ter visto um lampejo de dúvida. Mas então, tão rápido quanto veio, suas defesas se reergueram. Ela virou as costas para mim, endurecendo sua postura.

“Você é insuportável,” ela murmurou, sua voz carregada de frustração.

“E ainda assim, aqui você está,” rebati, meu tom brincalhão.

Zara virou-se rapidamente, seus olhos se estreitando. “O que você quer de mim, Snow? Por que você está fazendo isso? Além do mais, você não deveria estar no trabalho? Ou o quê, você quer ouvir as palavras que você ganhou de meus lábios?”

Eu dei algum pensamento ao surto dela e assenti. “Não seria ruim, de fato.”

Zara deu de ombros. “Controle seu ego, cabeça-de-vento. Eu não vou. Talvez leve seus jogos para outra parte interessada, como a mãe da Tempestade, por exemplo.”

Outra parte interessada…?

Essas palavras se repetiram em minha mente e eu não pude evitar um sorriso malicioso. Significa que ela está interessada, eu vejo. Bom.

“O quê?!” ela bufou, cerrando os punhos ao lado do corpo enquanto seus ombros se quadravam.

“Eu só não pude deixar de notar como você fica linda quando está com raiva e como você fica fofa quando está fula.”

“Argh! Vai se foder, Snow.”

Levantei minhas sobrancelhas para ela, diminuindo a distância entre nós. “Então deite na cama e abra essas pernas sexy bem largas para mim. Eu prometo te dar uma boa surra que você não vai conseguir andar por dias.”

Raiva, irritação e desafio brilharam em seus olhos enquanto ela levantou as mãos para me bater novamente, mas desta vez eu fui mais rápido.

Eu antecipei, mas de quem ela poderia reclamar? Ela queria isso.

Zara tentou puxar sua mão do meu aperto, mas eu apertei meu controle sobre seu pulso. Usando a minha mão livre, puxei-a para mais perto de mim pela cintura, nossos rostos a apenas uma polegada de distância.

“O quê? Com medo de como seu corpo vai responder e como Astrid me quer, hein, esposa?”

Zara franziu a testa e bateu no meu peito. “Me deixe ir,” ela gritou, puxando com toda sua força.

“Okay.” Para sua surpresa, eu a soltei ao mesmo tempo em que ela puxou para trás. Não esperando minha ação, Zara perdeu o equilíbrio e caiu para trás.

Por mais doce que essa cena fosse para ver, eu não tive tempo de apreciar a vista quando ela rapidamente agarrou a primeira coisa que seus dedos puderam tocar—meus shorts e me puxou para cima dela.

“Foda-se!”