Casamento de Conveniência com o Alfa Snow - Capítulo 107
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107: Coração Palpitante 107: Coração Palpitante NB: Os capítulos 105 a 107 foram editados.
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CAPÍTULO 106
~Ponto de vista do Autor – Escritório de Snow~
Snow estava sentado à sua mesa, com Demônio Ousado em frente a ele, enquanto eles revisavam os relatórios mais recentes. Mapas e documentos estavam espalhados pela mesa, detalhando os recursos restantes de Ivan, sua rede e seus esconderijos. Tudo estava meticulosamente catalogado, pronto para o próximo passo de Snow.
“Vamos cortá-lo em cada virada,” Snow declarou. “Ele não terá para onde fugir.”
Demônio Ousado assentiu. “Nossos homens estão posicionados, monitorando seus movimentos. É apenas uma questão de tempo.”
O olhar de Snow endureceu. “Bom. Deixe-o ver como é ser caçado.”
Um sinal de aprovação atravessou o rosto de Demônio Ousado enquanto ele assentia. “Entendido. Nossas forças estão prontas.”
O telefone de Snow vibrou com uma mensagem, chamando sua atenção. Ele olhou para a tela, sua expressão se fechando enquanto lia as palavras.
Ivan estava fazendo uma jogada desesperada, reunindo seus homens restantes para organizar um contra-ataque. Mas Snow estava pronto, seus planos já em ação, não deixando espaço para Ivan escapar de seu destino.
Com um aceno final para Demônio Ousado, Snow se levantou. “Vamos terminar isso.”
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~Ponto de vista de Zara~
Eu me deitava na fresca escuridão, cercada pelo brilho suave do abajur ao lado da cama, lançando uma tonalidade dourada ao redor do quarto.
Os eventos do dia anterior começavam a desvanecer em uma memória embaçada, deixando uma tranquilidade estranhamente confortadora. Eu não esperava me sentir em paz tão cedo, mas de alguma forma, na casa de Snow, eu sentia.
Um suave farfalhar na porta chamou minha atenção, e eu olhei para ver Snow deslizando para dentro do quarto. Ele vestia apenas shorts cinza soltos, o peito musculoso nu, músculos ondulando à luz baixa.
Meu olhar passeou pelas linhas e cicatrizes familiares gravadas em sua pele, cada uma contando uma história que eu nunca saberia. Eu tinha quase me perdido em pensamentos quando o tom agudo da campainha do meu telefone perfurou o silêncio, atraindo os olhares de ambos.
Snow olhou para mim, franzindo a testa, e alcançou meu telefone no criado-mudo antes que eu pudesse reagir. Seus olhos deslizaram para a tela, e ele atendeu a ligação antes que eu pudesse dizer uma palavra.
“Alô?”
Do outro lado da linha, eu ouvi a voz do meu irmão, levemente abafada. “Zara? Você está bem?”
“É o Snow,” ele disse, seu tom baixo, quase gentil. “Zara está segura, Elias. Ela está se recuperando.”
Houve uma batida de silêncio do outro lado, e então um suspiro de alívio. “Obrigado,” Elias agradeceu, sua voz cheia de gratidão e um toque de exaustão. “Eu estava… preocupado depois do que ouvimos. Tentamos rastreá-la, mas perdemos.”
“Eu entendo,” Snow respondeu, seu olhar ainda fixo no telefone. “Ela ficará bem. Só precisa de tempo para descansar.”
Depois de algumas palavras breves trocadas entre eles, a ligação terminou, e Snow recolocou o telefone no lugar. Deixei escapar um suspiro baixo, percebendo que nem havia registrado o quanto Elias deve ter ficado preocupado.
Quando Snow se virou para mim novamente, seus olhos seguravam uma estranha mistura de intensidade e calma. “Elias estava preocupado com você. Acho que ele não é o único.”
Eu assenti, oferecendo a ele um pequeno sorriso. “Obrigada. Por tudo.”
“De nada,” ele murmurou, seu olhar ainda em mim, demorando um pouco mais do que o habitual. E antes que eu pudesse pensar em dizer algo mais, ele caminhou para o outro lado da cama, deslizando sob as cobertas.
Eu senti meu pulso acelerar, e meus olhos se arregalaram enquanto ele se acomodava ao meu lado, o calor de seu corpo irradiando em direção ao meu. “Você… vai ficar?”
“Sim,” ele disse simplesmente, como se fosse a coisa mais natural do mundo. “Até você se recuperar totalmente, não vou deixá-la sozinha à noite.” Sua voz se suavizou, seu olhar encontrando o meu. “Quero ter certeza de que você esteja segura.”
Não pude evitar o arrepio que me percorreu—uma mistura de alívio e algo mais difícil de nomear.
Assim que eu abri a boca para dizer algo, ele continuou, “Além disso, eu conversei com meu pai. Ele arranjou para que nossa curandeira da matilha venha amanhã e ajude a limpar a erva-de-loba do seu sistema.”
Suas palavras me pegaram de surpresa, e meus olhos se arregalaram. “Você sabia?”
Um leve sorriso irônico se formou no canto dos seus lábios. “Não foi difícil descobrir. Você não está se curando tão rápido quanto deveria, e suspeito que você não tenha conseguido se comunicar com Astrid, certo?”
Engoli em seco, a verdade pairando entre nós. “Não, eu não consegui,” admiti baixinho. “Eu nem sabia que era a erva-de-loba até…”
A expressão de Snow se suavizou, e ele se moveu um pouco mais para perto, seu braço descansando na cama ao meu lado, o calor de seu corpo me atraindo. “Então está na hora de corrigirmos isso,” ele murmurou, sua voz baixa, quase íntima.
Meus olhos passeavam sobre seu rosto, observando a linha definida de sua mandíbula, a sombra suave de barba por fazer e a maneira como seu cabelo caía ligeiramente sobre a sua testa.
Tão perto, ele era ainda mais distraente. E julgando pelo sorriso que apareceu em seu rosto, ele sabia exatamente o efeito que estava causando.
“Isso é você sendo… atencioso?” perguntei, arqueando uma sobrancelha, minha voz brincalhona.
Ele se inclinou o suficiente para que eu sentisse sua respiração na minha pele. “Se é assim que você quer chamar.”
Eu ri suavemente, tentando esconder a emoção que corria em mim com suas palavras. Mas antes que eu pudesse responder, ele estendeu a mão, colocando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha, seus dedos tocando levemente minha bochecha.
O simples gesto foi suficiente para acelerar meu coração, e eu poderia dizer pelo brilho em seus olhos que ele não havia perdido a reação.
“Você ainda está tensa,” ele murmurou, seu olhar explorando o meu. “Você quer que eu vá embora?”
Mordi meu lábio, ponderando minhas opções. Parte de mim queria dizer sim, para reivindicar a solidão à qual eu estava acostumada. Mas uma parte maior de mim encontrava conforto em sua presença, um calor que afastava as sombras persistentes dos últimos dias.
“Não,” eu disse finalmente. “Fique.”
Um olhar de satisfação passou pelo seu rosto, e ele se recostou contra os travesseiros, seu braço descansando atrás da minha cabeça, me atraindo para mais perto de seu lado. Eu podia sentir o ritmo constante de seu coração, o calor de sua pele contra a minha.
“Sabe,” ele murmurou, sua voz brincalhona, “você é livre para me admirar o quanto quiser, mas não finja que não está fazendo isso.”
Revirei os olhos tentando segurar um sorriso. “Confidente, não é?”
“Só quando estou certo,” ele respondeu suavemente, seu olhar caloroso e um brilho travesso em seus olhos. “E isso é basicamente quase o tempo todo.”
Balancei a cabeça, mas não pude impedir a risada que escapou quando a tensão entre nós se desfez.
Era estranho, sentir essa sensação de facilidade com ele depois de tudo que havia acontecido. Mas parecia certo, de uma maneira que eu não podia explicar totalmente.
“Boa noite, Snow,” eu disse suavemente.
Ele se inclinou, seus lábios roçando minha testa em um gesto surpreendentemente suave.
“Boa noite, Esposa,” ele murmurou enquanto eu adormecia.
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~Ponto de vista de Demônio Ousado~
Do outro lado da cidade, Demônio Ousado estava sentado em um quarto mal iluminado, seus olhos focados nas múltiplas telas à sua frente.
As imagens do sequestro de Zara reproduziam em um dos monitores, cada quadro escrutinizado. Mas ele não estava assistindo para descobrir o que aconteceu—ele já sabia disso. Ele estava assistindo por outra coisa, um detalhe, uma pista que havia passado despercebida.
A porta se abriu, e um de seus homens entrou, carregando um arquivo. “Nós encontramos mais informações sobre os conhecidos associados de Marcus. Vários deles sumiram desde o ataque do Alfa Snow.”
Demônio Ousado assentiu, seu olhar nunca deixando as telas. “Continue rastreando. Quero olhos em todos conectados a Marcus e Ivan. Ninguém escapa.”
O homem assentiu e saiu, deixando Demônio Ousado mais uma vez sozinho com seus pensamentos. Ele se recostou com um sorriso satisfeito brincando nos lábios. Isso não era mais apenas sobre seguir ordens. Isso era pessoal. Marcus e Ivan tinham cometido um erro fatal. Era seu dever corrigir isso para Snow.
Enquanto ele assistia às imagens, um novo pensamento se formou. Snow havia ordenado que ele se abstivesse de agir uma vez que resgatassem Zara, mas Demônio Ousado sabia melhor do que ignorar as pontas soltas. E se isso significasse sair um pouco das regras, que assim fosse.
“Hora de arrumar a casa,” ele murmurou para si mesmo, seus dedos voando pelo teclado enquanto começava a colocar os planos em ação.
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Esconderijo do Ivan
Em uma sala escondida em algum lugar no fundo da cidade, Ivan se sentava em silêncio, seu olhar fixo no pequeno telefone em sua mão. Seus dedos tamborilavam na mesa enquanto ele esperava, sua expressão dura e inabalável.
A ligação que ele esperava finalmente chegou, e ele levou o telefone ao ouvido. “Sim?”
“Temos um problema,” a voz do outro lado disse, claramente nervosa. “Snow… ele está mirando nos seus contatos, um por um. Marcus foi apenas o começo.”
A mandíbula de Ivan se apertou, a fúria inflamando em seus olhos. “Claro que está,” ele cuspiu. “Snow não vai parar até ter tirado tudo. Mas eu não vou deixá-lo vencer.”
Houve uma pausa na linha, o silêncio preenchido por tensão. “Quais são suas ordens?”
O olhar de Ivan escureceu, sua mente correndo pelas opções. “Reagrupar. Vamos retomar o controle, mas faremos isso nos meus termos. E se Snow quer uma guerra… vamos dar a ele.”
Com isso, ele encerrou a ligação, sua mente já formulando os próximos passos.