Casados Primeiro, Amor Depois: Um Casamento Relâmpago com o "Tio" do Meu Ex - Capítulo 387
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Capítulo 387: Traçando a Linha com um Covarde
Joe ficou parado, atordoado, com a mente em branco.
No chão, Angelica ainda implorava por ajuda—um momento amaldiçoando Selina, no outro rindo histericamente, gritando que ela era a verdadeira herdeira da Família Morris. Ela parecia completamente insana.
Enquanto isso, Logan calmamente explicava a Joe tudo o que havia acontecido na última década.
Ele contou como Selina havia vivido sob a Família Clark após a morte de Victoria. Como eles a exploraram. Como Angelica contratou um assassino para matá-la. Como ela caçou Selina como uma presa.
Mas Logan não estava contando isso para ganhar simpatia ou pena por Selina. Não.
Ele estava fazendo um ponto.
A voz de Logan era tranquila, quase casual:
“Presidente Morris, como se sente ao se aliar aos inimigos da sua filha e ajudá-los a maltratar sua própria criança? Se sente bem?”
Joe balançou a cabeça, horrorizado. “Selina, me escute—eu não sabia…”
Logan continuou, destruindo as desculpas de Joe.
“Você ajudou a filha biológica da mulher que matou Victoria a torturar sua própria filha. Deve ter sido satisfatório, não é?”
“Não—não foi assim. Eles nunca me contaram a verdade…”
Selina finalmente falou. Seu tom era monótono. Ela não tinha expectativas para este homem, então nem conseguia se decepcionar. Ainda assim, não podia deixar de se maravilhar com sua covardia.
“Presidente Morris,” ela disse calmamente, “estou cortando todos os laços com você.”
Joe explodiu, sua voz descontrolada. “Eu não concordo com isso!”
“Não estou pedindo sua opinião,” Selina disse friamente. “Estou te informando.”
“Você e minha mãe nunca foram legalmente casados. Você não tinha nenhuma conexão legal com ela. Eu sou filha dela—pertenço a ela. Então não, você não tem o direito de usar o nome dela para me importunar.”
Selina deu a ele um sorriso frio.
“Presidente Morris, lembre-se disto—não só não tenho nada a ver com você, mas minha mãe também não tinha absolutamente nada a ver com você.”
“Sem casamento, sem licença—que tipo de ‘marido e mulher’ vocês estavam fingindo ser?”
Naquela época, Joe havia usado métodos desonestos para fazer o verdadeiro noivo de Victoria “desaparecer”. Mas graças ao ódio da Vovó Morris por Victoria, ele nem conseguiu se casar com ela no final.
Um homem que queria as duas coisas. Um clássico covarde manipulador.
Joe estava se desfazendo. Naquele momento, o poderoso presidente da Família Morris parecia mais um homem quebrado implorando na rua.
Ele estava aterrorizado—aterrorizado que sua filha o estivesse rejeitando, que tudo conectado a Victoria estivesse escapando por entre seus dedos. Ele estava à beira de perder a sanidade.
Acima de tudo, ele estava assombrado por um pensamento: Como vou encarar Victoria depois que eu morrer?
O arrependimento caiu sobre ele como uma onda gigante, quase o afogando.
Joe correu atrás de Selina como um louco, lágrimas escorrendo pelo rosto.
“Selina, por favor… Eu sou seu pai, eu sou! Apenas olhe para mim—só uma vez…”
“Por quê, Selina? Se você expôs a verdadeira identidade de Angelica, isso não significa que você ainda se importa?”
“Se você se importa… por que não me reconhece como seu pai?”
“A Família Morris pode te dar tudo—riqueza, poder, status. Por que você não aceita? Você é filha de Victoria. Você é minha filha também…”
Selina finalmente parou de andar. Sua voz tornou-se gélida.
“Presidente Morris, eu não expus Angelica porque me importava com essa identidade.”
“Eu fiz isso porque não suportava deixá-la chamar minha mãe de ‘Mãe’.”
“É isso. Algo tão simples—por que você não consegue entender? Você realmente se importou com minha mãe alguma vez?”
Suas palavras atingiram Joe como um martelo. Sua mente ficou em branco. O sol ainda brilhava, mas tudo ao seu redor parecia escuro e frio.
Mas ninguém teve pena de Joe.
Fosse pelo bem de uma filha que ele dizia amar, ou de uma mulher que ele dizia valorizar, ele deveria ter feito sua lição de casa. As evidências sempre estiveram lá—ele simplesmente escolheu não acreditar nelas.
E agora, vir implorar o perdão de Selina e tentar fazê-la se sentir culpada?
Ele teve sorte de ela ao menos lhe dar a decência de uma resposta.
Uma festa de noivado terminou de uma maneira que ninguém poderia ter previsto.
A internet havia explodido. Os crimes de Angelica eram inegáveis—gravados em pedra. Até seus fãs mais dedicados não ousavam defendê-la agora. Qualquer um que tentasse seria atacado.
Angelica estava completamente acabada. A Família Clark havia sido pregada no muro da desgraça pública. Vovô Clark não podia fazer nada sobre o buraco financeiro na empresa e nem sequer ousava sair de casa.
Vovô Reid já havia partido com seu pessoal no momento em que a situação saiu de controle.
Agora que tudo havia se acalmado, os convidados trocaram olhares constrangidos antes de silenciosamente se retirarem.
Uma hora depois, toda a Vila do Vale Safira caiu em silêncio.
“Acabou,” disse Logan enquanto instruía sua equipe a limpar o local. “O lugar está uma bagunça—vamos ficar em outro lugar esta noite.”
Selina, que estivera tensa o tempo todo, finalmente relaxou quando ouviu as palavras acabou.
Acabou. Realmente acabou.
Angelica estava a caminho da prisão. Seus laços com a Família Morris foram cortados. Só isso já era um alívio enorme.
Logan bateu levemente em sua testa. “Você está exausta. Tire alguns dias de folga.”
Selina não objetou. “Você disse que vamos para outro lugar. Onde?”
Como a vila havia sido totalmente decorada para a festa de noivado—completa com flores e balões—Selina estava mais do que feliz em deixá-la para trás. Ela não queria ver nada daquilo. Então concordou com o plano de Logan.
Logan deu um pequeno sorriso. “Você vai ver. Vamos.”
Selina estalou a língua. “Parece que é algum lugar chique.”
…
E realmente era.
Aninhado entre montanhas e água, o lugar parecia um palácio. Cada canto era deslumbrante.
Logan a levou para o maior quarto de hóspedes com a melhor vista.
Incrivelmente, havia uma pereira adulta bem no meio da sala de estar, envolta em vidro, ainda florescendo com flores.
Selina ficou maravilhada. “Nem os palácios na TV se comparam a isso. Este resort é uma das suas propriedades?”
Quando chegaram, ela havia estimado grosseiramente que a propriedade cobria uma área enorme, com pavilhões interconectados, torres e pontes. Definitivamente o tipo de lugar pelo qual pessoas ricas brigavam para reservar.
Mas Logan balançou a cabeça. “Residência particular. Não aberta ao público.”
Selina ficou atônita. “Não aberta ao público?”
O terreno, design, paisagismo e manutenção sozinhos custariam bilhões. E não estava gerando nenhuma renda?
“A Senhora Reid parece muito preocupada com minhas finanças,” disse Logan, pausando pensativamente. “Esta terra foi deixada para mim por Anna.”
Selina ergueu uma sobrancelha. “Anna? Amélia e Owen não conseguiram tomá-la dela?”
“Eles não puderam,” disse Logan com um leve sorriso. “Ela declarou claramente em seu testamento que era para mim. O design e o paisagismo—tudo foi visão dela.”
É por isso que a propriedade permaneceu fechada para estranhos.
Selina olhou pela janela para a vista deslumbrante. “Então vamos ficar mais alguns dias.”
“Claro. Este lugar é inteiramente meu. A menos que eu o deixe entrar, Joe não passa pelo portão.”
Isso tranquilizou Selina.
Mas essa paz não durou muito.
Ela desligou o telefone, ficou offline, não atendeu nenhuma ligação e passou dois dias relaxantes aproveitando a propriedade.
Ela pensou que poderia viver assim indefinidamente. Mas na manhã do terceiro dia, uma ligação a acordou.
O telefone de Logan havia ficado sem bateria. O gerente da Propriedade Flor de Pêra não conseguiu contatá-lo, então a ligação foi encaminhada para o quarto de hóspedes.
Irritada, Selina atendeu sonolenta—mas antes que pudesse dizer algo, ouviu várias vozes ao fundo do outro lado.
“Uau, a Propriedade Flor de Pêra é enorme! Este lugar é impressionante! Eu não tinha ideia de que havia um lugar tão bonito na Cidade A. Senhora Nelson, podemos ficar aqui também?”
Selina sentou-se instantaneamente.
Quem? Senhora Nelson?