Casada Novamente por Vingança - Capítulo 435
Capítulo 435: Não Ela
“Você não é Eva.” essa não era a resposta que ela esperava de Damien, mas ao mesmo tempo ela não ficou surpresa quando ele lançou um olhar feroz para ela.
“Este é o corpo da sua esposa, Damien. Seja o que for que você faça, você está fazendo apenas com ela. Eu não tenho um corpo vivo.” Ela tentou tocá-lo, mas ele deu um passo para trás e lançou outro olhar.
“Então saia do corpo dela. Você não é uma mortal. Por que quer viver sua vida como uma?” sua mão já havia alcançado a adaga, mas ele lutava contra a ideia. O corpo pertence a Eva; se ele a machucasse, ele machucaria Eva.
Os olhos de Eva ficaram sombrios e ela olhou para o chão.
“Você é sempre tão rebelde. Tão ingrato. Não percebeu que a salvei, percebeu?” seu rosto se franziu, sua voz era tão fria que o forçou a recuar alguns passos. Ele tentou resistir, mas sua força era forte demais.
Mas toda vez que ela usava seus poderes, seu rosto ficava pálido. Parecia que ela estava usando a força vital de Eva para manifestar seus poderes.
“Eva é minha bênção, não podia deixá-la morrer tão facilmente. Estou apenas protegendo-a desde que ela veio a mim, você deveria ser grato por isso.” ela alertou. Mesmo que Damien pensasse o contrário, ele não ousou dizer isso.
Ele apenas inclinou a cabeça para silenciá-la. Eva viu o rosto inclinado e fechou os olhos.
“Você vai se arrepender da sua decisão, Damien. Vai se arrepender.” ela sussurrou com uma voz calma, e antes que ele pudesse entender o significado, ela desmaiou e caiu.
Antes que ela tocasse o chão, ele correu até ela e a segurou em seus braços. Ele olhou para seu rosto pálido e corpo inerte. Ele não sentia mais o estranho poder vindo dela instantes atrás. Parecia que ela estava dormindo.
Ele a segurou em seus braços e a levou para a cama.
Ele tocou o rosto dela, acariciou suas bochechas. Perguntando-se o que havia acontecido na igreja.
“Se ela estava apenas lá para protegê-la, por que ela queria ter…” ele balançou a cabeça. Ela estava o forçando a tê-la repetidamente. Por quê?
“Há tanto que eu ainda não sei.” ele sussurrou com uma voz angustiada, mas Eva não abriu os olhos. Ele continuou a encará-la e, no fim, levantou-se e saiu da tenda.
Ele sabia que Carmen e Alric estariam esperando na porta. Eles ficaram surpresos ao ouvir passos. Alric já havia acendido uma luz na palma de sua mão, enquanto Carmen sacou a espada.
“Não era Eva.” ele anunciou para eles, embora estivesse certo de que eles já sabiam disso.
“Como você saiu?” Carmen perguntou, lançando um olhar para a tenda silenciosa. Suas sobrancelhas se franziram.
“Ela caiu inconsciente no chão. A deusa já havia deixado seu corpo.” ele anunciou com uma voz cheia de remorso e frustração. “Estou aqui para informar que vou levá-la de volta para minha propriedade.” Carmen olhou para Alric e depois para Damien. Seus olhos estavam frios e resolutos.
“Você não pode fazer isso.” ele anunciou, arrancando uma risada de Damien.
“Sua majestade, eu desafio você a me impedir.” seus olhos queimaram como fogo imediatamente. “Mesmo se Alric e outros magos me desafiarem, eu tenho o poder de lidar com todos de uma vez. Mas você está preparado para perder todas as suas armas de uma vez? E o que te faz pensar que você pode controlar Eva depois de perder todos nós? E se ela acordar com a alma da deusa e decidir destruir o mundo para se vingar de você?” Sua voz não demonstrava muita emoção. Mas cada palavra era como um tapa no rosto de Carmen.
Por tanto tempo, ele tentou acumular poder para ser o rei mais forte. Até agora, ele tinha sido bem-sucedido. Ele havia sido forte o suficiente para controlar Alric e Damien. Mas Eva mudou tudo isso.
Aquela mulher havia forçado seus homens a se separarem.
“Você está declarando rebelião, Damien? Eu te salvei quando você queria acabar com sua vida. Eu te ajudei de muitas formas até agora.” ele rangeu os dentes.
“E eu tirei vidas o suficiente para pagar por isso.” ele respondeu com um olhar sombrio no rosto. “Eu sou o escudo dela. Se você quiser chegar até ela, terá que me enfrentar, não importa o que aconteça.”
Os dois se encararam com um olhar sombrio em seus rostos.
Alric esfregou a testa.
“Sou o único que acha que deveríamos ir ao cardeal e buscar conselhos sobre este assunto? Como neste mundo uma deusa poderia viver entre nós?” quando os dois se viraram para olhá-lo, ele suspirou, “e sua majestade, você realmente acha que pode matar o corpo que abriga a deusa? Isso não é possível. De jeito nenhum.” ele balançou a cabeça. “Eu não tenho tanto poder assim. Ela só estalou os dedos e, naquele momento, eu não consegui respirar. Sua majestade, mesmo que você reúna todos nós, eu me pergunto se poderíamos enfrentá-la?”
“….” o silêncio se seguiu. O rosto de Carmen estava pálido e horrível. Suas mãos estavam cerradas em punhos.
“Sua majestade, eu prometi que controlarei ela e não a deixarei chegar até você.” Damien prometeu com uma voz grave. Carmen abriu a boca. Parecia que ele queria protestar. Mas, no final, permaneceu calado.
“Em duas semanas, começaremos a construção da rota que unirá dois impérios. Nesse momento, você trará sua esposa de volta, já que ela está no comando. Eu tomarei a decisão então.” seus olhos estreitaram para Damien, que assentiu facilmente.
“Se você tentar me enfrentar, Damien, isso não acabará bem para nós dois.”
“Eu entendo, sua majestade.” ele respondeu com um aceno, e Carmen saiu com os dentes cerrados, seguido por Alric. “Abraão, você terá que pagar por isso.”