Casada Novamente por Vingança - Capítulo 102

102: Um Defeito 102: Um Defeito A porta bateu e isso salvou Evangeline de ter de responder à empregada. Ela ficou chocada com seus próprios pensamentos. Por que se sentia tão mal por ele ter salvado uma mulher de um incêndio? Ela não era uma esnobe que diferenciava um nobre de um plebeu, então por que aquele pensamento a afetava tanto?

“Minha senhora, Lady Blackthorn está aqui.” Cherie percebeu o sinal e abriu a porta para a mulher. Isso deu algum tempo para Evan afastar seus pensamentos estranhos. Ela estava envergonhada por estar sendo… ela nem mesmo sabia por que estava tão afetada por isso.

“Minha senhora… Oh, você agora é uma duquesa. Sua graça…” Soliene baixou a cabeça com um sorriso maldoso no rosto.

“Não há necessidade de tanta formalidade, Lady Blackthorn. Por favor, sente-se.” Soliene mordeu o lábio e olhou para ela com ressentimento.

“Eu pensei que éramos íntimas o suficiente para nos chamar pelo primeiro nome, sua graça. Eu pensei que éramos parceiras na justiça.” Ela fez beicinho enquanto tomava o assento ao lado de Evan e a encarava intensamente.

“Claro, Lady Soliene. Me desculpe. Então… como foi?” As palavras simples deixaram uma emoção em Soliene. Ela não conseguiu se controlar e contou toda a história de uma vez. Como ela havia jogado seus bichos de estimação especiais na cama e como Elene havia dançado em sua cama com um olhar horrorizado no rosto.

“Se ao menos tivesse um pintor. Eu teria pago metade do meu patrimônio para ele retratar suas ações com perfeição.” as mulheres gargalharam com puro prazer. Seus olhos brilhavam e todo seu corpo irradiava apenas com o pensamento de atormentar Elene.

“Eu tenho duas perguntas. Primeiro, você realmente jogou lagartixas na cama dela?” Soliene levantou uma sobrancelha e depois riu.

“Por quê? Claro que eu joguei uma lagartixa na cama dela. Mas era inofensiva, já que é meu bicho de estimação.” Evan fechou a boca. Ela não tinha palavras para responder olhando para o rosto inocente da garota como se ela não pudesse entender que mal ela havia feito.

“Tenho certeza de que o marquês enviaria uma palavra aos seus pais nesse caso. Já que você está tentando ser a herdeira de sua família. Você não deveria irritá-los ainda mais.” Soliene revirou os olhos como se não se importasse, mas Evan notou como seu corpo se retesou com o pensamento.

“A próxima pergunta é… Por que você odeia tanto minha irmã?” Soliene fez uma pausa, praguejando em seu coração, e encarou Evangeline com intensidade. A mulher ainda chamava Elene de irmã?

Ela não sabia os detalhes, mas se uma mulher estava pronta para fugir de casa no meio da noite, seria horrível. Ainda assim, ela os chamava de sua família. Uma tola! Soliene admitiu, mas essa mulher tola tinha agora muito poder. E esse poder poderia ajudá-la a reivindicar seu direito de nascença. E ela adoraria atormentar Elene, apenas como um bônus.

“Eu não a odeio, mas a detesto. Como ela usa dinheiro para comprar amigos e como se comporta como se fosse bondosa, doce e vulnerável, quando na realidade é uma mulher ardilosa que sempre tem truques na manga.

Eu sabia desde o início que eu era muito melhor do que ela em composição e tocar um instrumento. E até em habilidades literárias. Ainda assim… o drama que ela escreveu ganhou o reconhecimento de todo o império. A música que ela compôs foi premiada pela princesa real e agora ela estava conquistando a posição de música na academia.

Se isso acontecesse, ela seria reconhecida por outros impérios também. Eu não poderia deixar que isso acontecesse. Mas sempre me perguntei. Como? Como ela estava ganhando tanto? Mas agora eu sei, é você por trás disso, sua graça.

Você escreveu aquele roteiro e a música. Certo?” Evan assentiu, lembrando-se daquela época.

“Elene havia escrito o roteiro e veio até mim para obter minha sugestão. Quando eu disse a ela que era infantil, ela chorou e rasgou o seu roteiro. Depois disso, ela se recusou a comer pelo dia. Minha mãe me repreendeu por ser insensível. Ela me disse que eu deveria ter dado uma sugestão em vez de repreendê-la como uma irmã mais velha.

Harold suspirou e me disse para deixar para lá. Mas… eu perguntei a ele como ele teria lidado com a situação. Ele me disse que eu fiz a coisa certa, mas da maneira errada, já que eu sabia como minha irmã poderia ser infantil. Então ele acrescentou suavemente, se ele tivesse destruído algo que pertencesse ao seu irmão, ele teria substituído para apaziguar a raiva do irmão.

Ele me deixou sozinha depois disso. E eu pensei sobre isso várias e várias vezes. Aquela noite… Eu passei a noite inteira escrevendo um roteiro que eu amava na minha infância. Eu editei e, em algum momento, me perdi na história. Devo dizer que eu gostei tanto do processo que não me importei quem o apresentasse. Eu só queria que o mundo soubesse sobre ele e obtivesse suas críticas.

E escrever um roteiro não teria combinado com minha personalidade, mas Elene o queria. Então eu dei a ela. Você sabe, Harold estava certo. Deve-se substituir as coisas que destruíram.” ela respirou fundo como se estivesse se reconciliando com aquele acidente que enfureceu Soliene. Se a mulher continuar perdoando Elene e seu marido ou justificando suas ações, então qual seria o uso dessa vingança. E se ela a abandonasse pela metade.

“Sua graça, eu não imaginei que era tão simples assim.” Ela argumentou, mas quando Even olhou para seu rosto, Soliene sentiu calafrios percorrerem sua espinha e as palavras morreram em sua boca.

“Naquela época, esqueci aquele simples detalhe de que eu não destruí o roteiro dela. Foi ela… Quem o rasgou e o jogou fora. Eu apenas disse a ela que era infantil.”