Casada com o Filho do Diabo - Capítulo 30

30: Capítulo 30 30: Capítulo 30 “Desculpe?” Lucian disse, sem ter certeza do que Rasmus quis dizer. Por que um rei gostaria que sua irmã se tornasse uma segunda esposa, sendo ela uma princesa?

“Você sabe que minha irmã Klara gosta de você. Claro que eu preferiria que ela se casasse com alguém que não fosse casado, mas sei que ela não aceitará ninguém além de você.”

“Ela te disse isso?”

“Não, mas eu conheço minha irmã.” Rasmus disse. Lucian suspirou. Já tinha problemas suficientes e agora tinha que lidar com mais um problema.

“Tenho uma reunião para participar, pense cuidadosamente no que eu disse.” Ele disse, parecendo descontente antes de deixar Lucian parado ali sozinho.

“Vossa Alteza, como seu conselheiro pessoal, sugiro que aceite a princesa Klara como sua segunda esposa.” Disse Lincoln, que escutara a conversa.

“Você precisa de um amigo no momento, não de outro inimigo. Além disso, tê-la como esposa ajudará você mesmo quando você se tornar um rei, tenho certeza de que Sua Alteza entenderá.”

Lucian não tinha certeza disso. Hazel já estava brava com ele e ele já a havia magoado o suficiente. Ele não queria mais magoá-la. Talvez, se falasse com Klara, ela mudasse de ideia.

Hoje à noite, na festa, ele falaria com ela.

***
“Minha senhora, trouxe os livros.”

“Obrigada. Pode ir.” Colocando os livros na mesa, a empregada saiu.

Pegando um dos livros, comecei a ler, mas meus pensamentos se voltaram para Lucian. O que ele estava fazendo agora? Estaria ele dançando com Klara na festa? Fechando o livro com raiva, eu o coloquei de lado. Ele não estava me mantendo interessada o suficiente para esquecer Lucian.

Drácula.

Achei que tinha ouvido esse nome em algum lugar. Sim, o rei sanguinário tinha me contado a história de Drácula, o homem que fez um pacto com o diabo.

Agarrando o livro, olhei para a capa. Era encadernado em couro marrom velho e cheirava a poeira. Abri-o lentamente, as páginas estavam rachadas e mal se seguravam juntas. Enquanto olhava a página, a primeira palavra que li foi Draco.

Draco, era o que o rei sanguinário chamava Lucian.

Draco é a palavra latina para dragão.

O rei mentiu para mim? Por que ele disse que significava diabo? Continuei lendo.

O dragão é a maior cobra de todas as cobras e é o…

Um aroma picante encheu a sala e me fez olhar em volta. Será que Lucian estava aqui? Olhando ao redor, não encontrei ninguém. Estranho. Tentei voltar a ler, mas senti uma presença no quarto como se alguém estivesse me observando. Meu coração começou a bater mais rápido de medo, enquanto meus olhos vasculhavam o quarto, pronta para correr assim que encontrasse uma ameaça.

“Lucian?… Lucian? Está aqui?” Chamei, mas não obtive resposta.

De repente, a porta se abriu e eu pulei. Lucian entrou no quarto cambaleando. Suas bochechas estavam coradas e seus lábios, vermelhos. Ele cheirava a vinho, não a aroma picante.

“Onde você estava?” Eu perguntei, me levantando.

Ele passou os dedos pelo cabelo para tirá-lo do rosto e então me olhou.

“Na festa…dançando com Klara…caso você queira detalhes.” Ele disse, tentando manter o equilíbrio. Ele estava tentando me provocar? Estranhamente, eu não fiquei com raiva, em vez disso, fui ajudá-lo.

“Deixe-me ajudá-lo.” Eu disse. Coloquei o braço dele em meus ombros e o meu em volta da cintura dele, em seguida, o conduzi até a cama. Assim que chegamos à cama, ele desabou nela. Eu nunca o tinha visto assim antes. O que o levou a beber tanto?

Ele deve ter ficado triste porque seu pai morreu. Acho que ele se importava afinal.

“Tire isso?” ele disse tentando sair do roupão.

Os roupões reais eram pesados e desconfortáveis para dormir. Pegando o roupão, ajudei-o a tirá-lo.

“E isso também.” ele disse apontando para a camisa. Vi que ele não estava usando nada por baixo.

“Você vai sentir frio.” Eu disse.

“Não, está muito quente.”

Abrindo os botões da camisa, ajudei-o a tirá-la também.

“Agora deixe-me ajudá-lo.” Agarrando minha cintura, ele me puxou para a cama.

“Ajudar-me com o quê?” Eu entrei em pânico.

“Tirar suas roupas.” Ele afirmou simplesmente, puxando meu roupão.

“Não!” Tentei me levantar, mas ele me prendeu com o corpo.

“Desculpe, esposa, mas hoje não vou aceitar um não como resposta.”

“Lucian! Você não está em seu juízo perfeito. Você vai se arrepender disso, me solta agora.” Eu insisti.

“Eu já me arrependo. Me arrependo de tudo e continuo me arrependendo.” Ele disse e voltou a tentar tirar meu roupão, parecendo zangado e triste. Eu estava confusa.

“Você se arrepende de ter se casado comigo?” Eu perguntei. Como eu poderia me preocupar com isso agora, quando ele estava tentando me despir? Ele parou e me encarou por um tempo, depois se aproximou e pensei que ele fosse me beijar, mas ele desabou em cima de mim.

“Lucian? Lucian?” Quando não obtive resposta, empurrei-o com cuidado.

Ele caiu de costas, já tinha adormecido.

Deixei meus olhos percorrerem seu corpo seminu antes de pegar os lençóis e cobri-lo. Eu só esperava que a resposta dele fosse não.

***
Lucian acordou, sua cabeça latejando de dor. Então era assim que se sentia uma dor de cabeça, então ele estava feliz por nunca ter tido uma antes. Sentando-se, ele removeu os lençóis e percebeu que não estava usando nada em seu tronco. Espera! Como ele chegou aqui?

Aos poucos, partes de sua memória voltaram. Ele se lembrou de ter bebido demais, Hazel tentando afastá-lo, mas ele dizendo que não aceitaria um não como resposta.

O que ele fez com ela? Seu coração começou a bater de medo e ele ficou com medo de lembrar o resto. E se ele a tivesse machucado? O que exatamente ele fez com ela? Desta vez, ele tentou se lembrar, mas não conseguiu. Ele não sabia se deveria se sentir aliviado ou mais preocupado agora.

Hazel. Onde ela estava? Ele tinha que encontrá-la e ter certeza de que ela estava bem.

Indo até o banheiro, ele abriu a porta. Lá estava ela, tomando banho em água perfumada com flores enquanto algumas empregadas esfregavam óleos perfumados em seu cabelo e pele.

Engasgando, elas se afastaram enquanto ele se aproximava.

“Vossa Alteza.” Elas disseram e se curvaram.

Hazel virou-se, seus olhos arregalaram ao vê-lo.

“Deixem-nos.” Ele ordenou e as empregadas partiram apressadamente.

Hazel puxou as pernas para o peito para se cobrir, enquanto suas bochechas ficavam vermelhas.

“Lucian? O que você está fazendo aqui?”

Ele se aproximou enquanto seus olhos examinavam cuidadosamente o corpo dela para ver se estava machucada. Ela puxou as pernas ainda mais perto do peito e cobriu o ombro com seu cabelo molhado, envergonhada.

“Você… está bem?” Ele perguntou.

“Hã?” Ela parecia confusa. “Sim, se você pudesse apenas parar de encarar.” Ela disse enquanto tentava se cobrir novamente.

Ela não parecia machucada e, ouvindo o coração dela, também não estava com medo dele. Ele suspirou aliviado.

“Vire-se.” Ela disse, “Preciso me vestir.”

“Eu já vi você nua.” As bochechas dela ficaram vermelhas. Ele tentou não se lembrar do corpo nu dela, ele não queria despertar seu demônio.

“Ainda assim…” Ela disse teimosamente.

Normalmente, ele aproveitaria para provocá-la em momentos como este, mas decidiu não fazer isso desta vez.

“Vou esperar por você lá fora.” Ele disse e a deixou. Pelo menos ela não estava mais brava com ele.

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