Casada com o Filho do Diabo - Capítulo 29

29: Capítulo 29 29: Capítulo 29 Ai, minha barriga doía. Desta vez não porque eu estava com fome, mas porque eu tinha comido demais. Eu sentia como se minha barriga fosse explodir. Lucian estava sentado na minha frente e parecia estar pensando em algo, ignorando-o eu enfiei o resto da comida na minha boca. Ele provavelmente pensou que eu estava comendo de maneira pouco feminina, mas sabe de uma coisa? Eu não me importava mais. Como eu não era suficiente para Lucian, eu planejava engordar, talvez assim eu fosse o suficiente.

Alguém bateu na porta.

“Meu senhor, minha Senhora, a princesa Klara está aqui para vê-los?” uma empregada chamou do lado de fora. Eu entrei em pânico. Por que ela estava aqui? Eu não queria que ela me visse assim. Olhei para Lucian, que ainda mantinha um rosto calmo.

“Diga a ela para entrar”, disse ele.

“O quê? Não, espere?” Eu disse me levantando, mas a porta já havia começado a abrir, então eu me escondi rapidamente atrás do biombo. Lucian me lançou um olhar curioso, mas então voltou sua atenção para Klara, que acabava de entrar na sala.

“O que traz você aqui?” Eu espiei de trás do biombo.

“Eu só vim ver se você está bem? Eu soube que seu pai morreu.” O rei morreu? Como eu não poderia ter sabido disso?

“Estou bem. Como está o seu braço?” ele perguntou. Ela deu alguns passos mais perto dele, piscando novamente com aqueles cílios.

“Estou bem. Talvez da próxima vez você pudesse pegar mais leve comigo.” Próxima vez? Não haverá próxima vez.

“Vou me lembrar disso.” ele disse.

“Meu irmão está dando uma festa esta noite. Você sabe como ele é. Eu espero que você e sua esposa possam se juntar a nós?” Como ela poderia convidá-lo para uma festa quando o pai dele acabou de morrer? Eu me perguntava como Lucian se sentia naquele momento.

“Claro que iremos.” Disse ele calmamente.

“Me reserve uma dança.” Ela sorriu.

“Eu vou”, e com isso ela saiu. Eu saí rapidamente de onde estava escondida.

“Seu pai morreu e você não me contou? E eles estão dando uma festa quando seu pai acabou de morrer. E o quê? Você vai dançar com ela? Você sabe que eu não posso ir assim.” Eu disse apontando para os meus hematomas. Eu estava tão brava que estava gritando.

“Você não precisa ir se não quiser.” Ele disse com aquela voz irritantemente calma de novo.

“E o quê? Você quer ir? Para que possa dançar com ela?”

“Não foi isso que eu quis dizer.” Ele protestou.

“Eu não me importo com o que você quer dizer. O fato é que você tem muitas amantes, que passa tempo com outras mulheres além de mim e que gosta de loiras. Eu não sou nem perto de tão bonita quanto ela e você… você pode ter qualquer mulher que quiser e eu não tenho voz nisso.”

Os olhos de Lucian se arregalaram com minha confissão.

“E eu quase fui estuprada por sua causa.” Eu acrescentei gritando.

Lucian cerrou os punhos. Então tudo isso era culpa dele. Ele havia machucado seus sentimentos e quase a fez ser estuprada. Ela deve o desprezar agora. Ele sentiu como se seu coração estivesse se partindo em um milhão de pedaços. Ele queria dizer algo, mas continuava imóvel no mesmo lugar.

Com o dorso da mão ela limpou as lágrimas de seu rosto, então ela entrou no banheiro e fechou a porta atrás dela.

Eu fiquei no banheiro chorando por um tempo antes de conseguir me acalmar. Sim, eu quase fui estuprada por causa dele, não completamente, mas também fui salva por ele. Eu não deveria ter ficado tão brava, ele acabou de perder o pai.

Nunca empurre seu marido para longe quando ele estiver interessado em outra mulher. É quando você precisa mantê-lo o mais próximo possível.

Lembrei-me do que Ylva me disse. Eu precisava sempre parecer o meu melhor e manter o meu marido interessado em mim se eu o quisesse para mim e aqui estou eu, afastando-o. Mas eu simplesmente não podia evitar. Eu estava muito emocional naquele momento. Muitas coisas inesperadas e estressantes vêm acontecendo na minha vida ultimamente e eu não sabia como lidar com isso.

Enxugando minhas lágrimas eu decidi voltar para o quarto e agir de maneira madura. Eu saí do banheiro mas Lucian já tinha ido embora.

“Majestade, o rei deseja vê-lo.”

O quê agora? Lucian não estava no clínico para encontrar ninguém. Seu pai estava morto, seus irmãos estavam em guerra e sua esposa estava machucada. Poderia ficar pior?

Sim, ele sabia que ficaria pior, então ele precisava manter a calma.

Ele foi para o jardim onde o Rei queria encontrá-lo. Rasmus estava de pé, alto e forte, com os braços cruzados atrás das costas. Seus longos cabelos loiros sujos caindo suavemente sobre seus ombros até a cintura. Rasmus o lembrava muito de si mesmo, a maneira como andava e se portava, exceto por não falar como ele.

“Draco, aqui você está” disse ele com um sorriso no rosto. Lucian não sorriu, apenas ficou lá esperando Rasmus ir ao ponto.

“Soube do seu pai, lamento, mas estou certo de que você não está.” Ele disse.

“Eu deveria estar? Sua Majestade.” Perguntou Lucian. Rasmus riu enquanto se aproximava de Lucian. Ele o encarou nos olhos. Se ele estava tentando intimidá-lo, então falhou.

“O que você planeja fazer agora?” Rasmus perguntou, ignorando sua pergunta.

“O que você quer em troca de me ajudar?” Lucian sabia que Rasmus não era o tipo de gente que faz coisas sem pedir nada em troca.

Rasmus suspirou, olhando para longe como se não gostasse do que iria dizer, então voltou a olhar para Lucian.

“Eu quero que você se case com minha irmã.”