Casada com o Filho do Diabo - Capítulo 282
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282: Capítulo 159 282: Capítulo 159 Depois que Lúcifer partiu, Zamiel subiu para o seu quarto. Hazel tinha acabado de acordar e estava sentada na beira da cama. Ela olhou para ele com um leve pânico em seus olhos.
“Vovô?” Ela disse.
“Ele foi embora.” Ele disse simplesmente, indo sentar-se ao lado dela na cama.
“Assim?” Ela perguntou.
“Bem, ele não tem nada para levar consigo.”
Ela se sentou, parecendo preocupada. “Ele não vai desistir facilmente.” Ela disse a ele.
Zamiel virou todo o seu corpo para olhar para ela. “Hazel. Não há nada que seu avô possa fazer. Tudo foi uma manipulação. Ele estava tentando evocar medo em você. Ele nunca pretendeu me matar, e se ele quisesse matar você ou seus pais, teria feito isso há muito tempo. Ele também não pode te prender em seu reino. Toda vez que ele tira a liberdade de alguém, ele enfrentará consequências. Se ele não desistir agora, ele vai se destruir.”
O rosto de Lúcifer o expôs hoje. Zamiel viu o medo em seus olhos. Seu reino era muito importante para ele. Por causa da história que ele aprendeu sob o oceano, Zamiel descobriu a verdadeira fraqueza do diabo. A coisa pela qual ele mais se importava, e não era Irene. Era sua missão. Irene apenas vinha em segundo lugar.
Sua missão era sua identidade, o único propósito de sua existência. Seu ódio profundamente enraizado por humanos não podia ser apagado nem mesmo pelo amor de sua companheira. Ou mesmo o puro amor de seus filhos.
Se o amor não podia salvá-lo, então o que poderia?
Hazel olhou para ele por um longo momento, depois suspirou. “Eu tenho medo de baixar a guarda.” Ela disse.
Zamiel acariciou seu rosto. “Você se lembra de uma vez que me disse que queria viver e não apenas existir?”
Ela assentiu.
“Da mesma forma, e sem você, sinto que só existo. Eu não quero que nós apenas existamos. Vamos viver nossas vidas. Mesmo que sejam curtas e cheias de problemas.”
Hazel sorriu e assentiu.
“Não mais preocupações.” Ele disse a ela.
“Não mais preocupações.” Ela repetiu depois dele.
“Bom.”
“Eu deveria ir para casa agora.” Ela disse.
Ele assentiu em concordância.
Ela se levantou, desta vez menos tímida, vestiu-se na frente dele. Zamiel a observou em silêncio enquanto tentava ignorar os sussurros de seu demônio. Desta vez foi em suas gengivas que coçavam. Era como se seu demônio precisasse garantir essa mulher como dele, apesar da marca ainda estar lá.
Depois que ela colocou seus sapatos, ela se virou para ele.
“E a vovó? Ela terá que ficar lá para sempre?”
“Sua avó encontrará uma maneira de voltar.” Ele disse a ela.
Ele não sabia exatamente o que ela faria, mas agora que ele havia fornecido algumas opções, ele esperaria para ver se ela as aceitaria ou faria outras escolhas.
“Você está falando em enigmas.” Ela disse a ele.
“Ela voltará.” Ele a tranquilizou.
Os olhos dela se estreitaram, mas ela não fez mais perguntas. Em vez disso, ela se aproximou dele, se inclinou para baixo e o beijou.
“Adeus, querido marido.” Ela sorriu, e então desapareceu.
Zamiel pressionou os lábios numa linha fina. As coisas que as palavras sozinhas poderiam fazer com ele. Ele gostava de ser chamado de marido um pouco demais.
*****
Hazel se sentiu mal por provocar Zamiel, mas pela maneira como ele olhava para ela quando ela se vestia, mesmo depois de levá-la para a cama duas vezes, ela se perguntava se ele algum dia teria o suficiente.
Elam pensou que teria o suficiente e acordaria se sentindo morta, mas ela acordou com uma energia renovada. Como se o amor trouxesse a vida de volta ao seu corpo. Ou talvez ela apenas tenha comido e descansado o suficiente.
Assim que ela voltou para seu quarto, apenas parou um momento para olhar ao redor. Ah, como ela sentiu falta de tudo. Sua cama, suas janelas, suas paredes. Ela foi até seu jardim e apenas admirou a beleza dele. Não era, é claro, nada como o que estava no reino de seu avô, mas este era dela. Ela cresceu neste local e criou tantas memórias. Com seus pais, suas empregadas, Zarin e Gina.
Zarin? Ele ainda estava no reino escondido?
E Gina. Hazel teve que visitar a amiga. Ela sabia que receberia uma surra, mas levaria. Todo o resto poderia esperar. Ela já havia visto seus pais, agora iria ver sua amiga, Klara e Roshan.
Hazel foi até a casa deles e, quando estava prestes a bater na porta da frente, ela se abriu e Gina estava lá com um grande sorriso.
“Hazel!”
“Gina.”
Gina não perdeu um minuto e correu para abraçá-la. “Você voltou!”
“Sim.”
Ela se afastou e a olhou de cima a baixo. “Oh, você está bem.” Ela disse, abraçando-a novamente. “Eu estava me perguntando quando te veria novamente.”
“Desculpe por ter ido embora assim.” Hazel disse, abraçando-a de volta.
“Devia mesmo. Como você simplesmente saiu?” Ela se afastou dela e colocou as mãos nos quadris.
Hazel lhe deu um olhar inocente.
“Não!” Gina avisou. “E o que aconteceu com você?”
“Eu sei. Estou horrível. Agora que estou em casa, retomarei minha forma normal em pouco tempo.” Hazel assegurou com um sorriso.
“Eu gostaria de poder dar uma surra no seu avô.” Ela disse.
Ah, Hazel também queria. Ela perdeu a esperança de que ele pudesse se redimir. Agora ela esperava que ele enfrentasse as consequências de suas ações. Ele causou muito sofrimento. Especialmente para alguém que ele afirmou amar.
“Entre.” Gina pegou seu braço e a puxou para dentro. “Eu nem sei que dia é. Todo mundo está voltando.” Ela disse.
Hazel parou. “Zarin voltou?”
“Sim.”
“Ah.” Hazel soltou um suspiro de alívio. “Tudo está bem com ele?”
“Ele está bem. Ele vai ficar melhor quando eu torturá-lo por dias. Veja como ele quer ficar aqui.”
Hazel não tinha dúvidas de que Gina iria dar um tempo difícil para Zarin, mas ele merecia.
“Também o torture por mim.” Ela disse.
Gina sorriu e passou a mão em torno do ombro dela. “Não se preocupe, minha amiga. Eu vou fazê-lo pagar por todos nós.”
Hazel riu. “Eu sinto sua falta.” Ela disse.
“Claro. Todos sentem.” Ela encolheu os ombros.
Hazel balançou a cabeça para a amiga. “Então, onde ele está?”
“Ele saiu com meu pai. Eles estão tendo algum tempo de pai e filho sozinhos.”
Hazel concordou. Ambos precisavam disso.
Klara estava onde?
“Hazel.” Logo quando ela pensou nela, Hazel ouviu a voz de Klara.
O rosto de Klara irradiava felicidade enquanto ela ia para o corredor. “Ai, meu Deus. Deve ser um bom dia.” Ela disse, indo abraçá-la.
E então, assim como sua mãe, ela fez mil perguntas e reclamou sobre sua aparência e saúde. “Bem, você voltou na hora certa. Estávamos indo jantar.” Ela disse.
Certo. Agora todo mundo iria alimentá-la.
“Já que os homens foram embora, nós deveríamos ter uma noite só para nós. Apenas nós mulheres.” Ela disse. “Gina, por que você não traz a Hazel e a Irene.”
“Certo, mãe.” Gina disse e desapareceu antes que Hazel pudesse dizer que ela não seria capaz de trazer sua avó.
“Vovó não está aqui.” Hazel disse a Klara.
“Por quê? O que aconteceu?”
Hazel contou a ela o resto da história, e Klara ouviu com atenção. Enquanto isso, Gina voltou com sua mãe.
Klara estava preocupada. “Não me sinto bem com isso.” Ela disse.
“Não se preocupe. Zamiel tem tudo sob controle.” Hazel não acreditava que estava dizendo isso, mas deixaria Zamiel cuidar disso desta vez.
Ele não a teria trazido para casa se não estivesse certo de seu plano.
“Bem, contanto que ele possa te manter segura.” Ela disse.
Hazel não estava mais preocupada consigo mesma ou com Zamiel. Parecia que seu avô não repetiria o mesmo erro de possuí-la. Agora, ela só se preocupava com seus pais.
“Tudo bem. Vamos não estragar o clima. Devemos comemorar esta noite.” Gina disse.
“Sim. Eu não quero pensar no vovô. Vamos falar sobre outras coisas.” Hazel sugeriu.
“Claro. Vamos jantar enquanto conversamos sobre coisas agradáveis.”
Klara, uma princesa que nunca tinha cozinhado uma refeição em sua vida antes, tinha se tornando a melhor cozinheira depois do seu casamento. Ela disse que lhe dava prazer fazer algo com suas próprias mãos para sua família. Sua comida sempre tinha um gosto bom porque era feita com amor.
Hazel sentiu falta do sabor disso, e comer com as três mulheres que ela amava tornava a refeição ainda mais prazerosa. Se apenas sua avó estivesse aqui. Seria como nos velhos tempos.