Casada com o Filho do Diabo - Capítulo 244
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244: Capítulo 121 244: Capítulo 121 “Não zombe de uma dor que você não suportou.” – Desconhecido.
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Céu não conseguiu dormir durante toda a noite. A nova cama, o novo espaço, o novo quarto pareciam estranhos para se ficar. Esta não era a casa dela, e ela já sentia falta da sua casa. Ela dormiu segurando a camisa de Zamiel, que pegou no quarto dele. O cheiro dele a fez se manter forte. Ela tinha que ser forte por todos. Não podia continuar fugindo ou se escondendo. Ela já havia tentado essa técnica e quase matou seu companheiro. Ele não merecia passar por isso de novo. Ninguém da sua família merecia passar por tal coisa só porque ela queria ficar.
Zamiel havia lutado contra a morte para voltar para ela. O mínimo que ela poderia fazer era lutar por ele. Não se esconder ou fugir. A regra número um para derrotar o inimigo era conhecer seu inimigo. Ela teria que ficar com seu avô para aprender suas fraquezas. Deve haver algo ou alguma saída.
Depois do que seu avô fez a Zamiel, mesmo que levasse mil anos, ela não deixaria ele vencer. Ela nunca lhe daria essa satisfação.
Seus pensamentos voltaram para Zamiel. Ele havia dado um sorriso antes dela partir e um leve aceno. Foi encorajador. Foi isso que ela mais amou nele. A confiança e a crença dele nela. Ele conseguia ver através das mentiras dela. Na verdade, suas mentiras soaram tão ruins que a fez fazer caretas só de pensar nelas.
Zamiel. Ela encontraria um jeito de voltar para ele. Confortando-se com o cheiro dele e com a lembrança dos belos momentos que passaram juntos, ela fechou os olhos e adormeceu.
Quando acordou pela manhã, encontrou sua avó já acordada. Ela estava sentada perto da grande janela do quarto, olhando para fora. Parecia profundamente perdida em pensamentos. Céu sabia que isso seria muito difícil para sua avó e é por isso que ela queria que sua avó tivesse ficado em casa.
Mas agora não era hora de pensar no que deveria ter acontecido ou no que deveria ter feito. Agora era a hora de pensar no futuro.
“Bom dia, vovó.” Céu cumprimentou, trazendo sua avó de volta a este mundo.
Ela se assustou a princípio, mas depois sorriu. “Céu, venha aqui.” Ela disse.
Parecia que ela queria mostrar algo a ela. Céu saiu da cama e foi até a janela onde sua avó estava sentada. Ela olhou para fora para ver o que sua avó estava tentando mostrar.
Céu arfou quando olhou para fora. O que era isso?
Um jardim, mas não um comum. As cores eram cegantes, os tons mais brilhantes de verde, rosa, branco, laranja e muitas outras cores. A maneira como se misturavam era tão única.
Algumas fontes e estátuas estavam espalhadas pelo jardim. Havia bancos e balanços onde as pessoas podiam se sentar, e os caminhos pelo jardim eram feitos de mármore. Alguns arbustos foram moldados na forma de diferentes animais.
Pequenos lagos dividiam o jardim, mas a terra era unida com pequenas pontes. O lugar parecia celestial. Era tão brilhante e tão diferente da sensação que a casa dele transmitia.
“É apenas uma ilusão.” Céu disse.
Seu avô estava enganado se pensava que podia seduzi-la com coisas materialistas.
Uma batida na porta fez com que desviassem o olhar da janela. Quem poderia ser? Elas se olharam e então Céu chamou quem quer que fosse para entrar.
A porta se abriu e quatro homens carregando uma grande mesa com comida entraram. Outros homens os seguiram, segurando mais bandejas e alguns copos e bebidas. Todos estavam vestidos igualmente.
Os homens colocaram a mesa no meio do quarto e se curvaram. “Seu café da manhã, Minha Senhora.”
Céu encarou, de olhos arregalados. O que estava acontecendo? Ela nunca recebeu este tipo de serviço, mesmo como princesa.
Eles colocaram cadeiras ao redor da mesa, serviram algumas bebidas e tiraram as tampas para que pudessem ver e cheirar a comida. Isso era demais. O que seu avô estava tentando fazer?
O serviço não acabou. Depois de tomarem café da manhã, algumas mulheres vieram até o quarto delas com uma grande mala. Quando abriram, havia várias joias de ouro e prata e muitos vestidos de tecidos caros.
“Nós já temos roupas.” Disse a avó delas.
“Nós nos vestimos de maneira diferente aqui. Eu sugeriria que vocês vestissem isso para não chamar atenção.” Uma das mulheres falou.
Céu olhou para como as mulheres estavam vestidas. Seu estilo de se vestir era do tipo que chamava a atenção. Elas usavam tecidos de seda que cobriam os peitos e às vezes os braços também. Mas a barriga ficava exposta. E uma saia longa de seda, com fendas nas laterais. Algumas delas usavam roupas de veludo longas por cima, e outras se adornavam com joias.
As mulheres se desculparam sem argumentar mais. Céu olhou para as roupas e joias. Ela não usaria essas roupas reveladoras. Sua avó já havia se adiantado para vestir suas próprias roupas, e Céu fez o mesmo. Ela estava pronta para sair do quarto e se familiarizar com este lugar.
Sua avó a seguiu e se comportou como uma guarda. Ambas ficaram chocadas com o que encontraram assim que saíram do quarto. O lugar em que estavam não era apenas um castelo. Parecia ser um mercado fechado ou algo totalmente diferente. Havia todo tipo de lojas, lugares diferentes para teatro e entretenimento, o que fez sua mandíbula cair. Sua avó a apressou para passar antes que ela pudesse ver algo. Pessoas participando de comportamentos provocantes e vergonhosos, mas eles pareciam achar normal.
Os demônios femininos se vestiam como as mulheres que vieram ao quarto delas, e os masculinos usavam apenas uma peça de roupa na cintura. Alguns deles usavam joias nos braços, pulsos ou pescoços. As mulheres estavam certas. Elas estavam chamando muita atenção por estarem vestidas diferente. Todos que passavam olhavam para elas.
“Para onde estamos indo?” Sua avó perguntou, perplexa com o novo ambiente.
Céu não sabia para onde, mas sabia por que estava aqui. Ela nada ganharia ficando trancada no quarto. Para encontrar uma solução, ela precisava de informações.
“Por toda parte e por lugar nenhum.” Céu respondeu.
“Eu estava pensando em encontrar Zarin.” Ela disse.
Zarin. Ela havia se esquecido dele. Como ele estava ficando neste lugar? Era tão estranho e desconfortável estar aqui. Havia uma parte dela que queria conversar com ele, ajudá-lo a perceber que precisava voltar. Pelo menos um deles não teria pais separados de seus filhos.
A outra parte dela estava exausta. Só de pensar em falar com ele já a deixava sem energia. O que diria a ele? Sua mente estava cansada demais para pensar em algo inteligente.
“Você deveria encontrá-lo. Não acho que devo falar com ele ainda.”
Até ter algo bom a dizer, seria melhor ficar longe.
“Não posso te deixar sozinha.” Ela disse.
“Ninguém vai me matar aqui e eu preciso ficar sozinha.” Ela não conseguiria descobrir as coisas com sua avó a seguindo o tempo todo.
Estar sempre vigiada não ajudava. Era hora de ser aventureira.