Casada com o Filho do Diabo - Capítulo 180

180: Capítulo 57 180: Capítulo 57 Heaven estava deitada na cama tentando dormir, mas seu coração ainda estava acelerado. Não importava o que ela fizesse, ela não conseguia se acalmar. Apesar de ter as janelas abertas, ela ainda estava com calor. Até Gina ouviu o batimento selvagem do seu coração quando ela apareceu logo após Zamiel ter ido embora.

Ela havia apontado que suas bochechas estavam vermelhas e depois brincou sobre a realização do proibido.

“Eu não.” Heaven respondera. “Foi apenas um beijo.”

O beijo mais gentil, mas deixou-a sentindo-se assim. Incapaz de pensar em outra coisa ou de dormir. Depois de revirar de um lado para outro, até que parecia para sempre, ela finalmente conseguiu dormir.

Mas mesmo em seus sonhos, Zamiel estava lá para atiçar suas emoções. Ele surgiu das sombras e se aproximou lentamente de sua cama. Ele pairou sobre ela, com os olhos prateados cintilando de desejo. Ele se enfiou lentamente na cama, sob as cobertas. O coração de Heaven batia erraticamente quando ela sentia seus dedos frios na pele. No sonho, ele não estava se segurando e suas mãos alcançavam cada parte do seu corpo, acendendo chamas pelo caminho. Quando seus dedos alcançaram seu pescoço, ela viu seus caninos brilhando no escuro. A afiação das pontas a deixava nervosa.

Os lábios de Zamiel curvaram-se em um sorriso perverso antes dele inclinar-se e enterrar suas presas na carne dela.

Heaven arregalou os olhos com um suspiro. Ela piscou algumas vezes enquanto olhava para o teto. Era apenas um sonho, mas parecia tão real. Seu coração ainda estava batendo e seu corpo agindo estranhamente.

Ela sacudiu a cabeça. Sonhos e pensamentos assim eram proibidos. Ela não deveria se apegar a eles. Deixando o sonho para trás, ela preparou-se para o dia. Hoje era o dia em que ela viajaria para Valish. Mas ela lembrou que esqueceu de perguntar a Zamiel se Ilyas havia vindo vê-la. Eles haviam combinado de se encontrar na casa de Zamiel.

Pensar em ir até Zamiel fez seu coração acelerar novamente. Algo estava errado com ela. Não seria a primeira vez que ela ia até sua casa, então por que estava agindo assim?

Enquanto ainda era de manhã, ela tinha que ir visitá-lo e ver se Ilyas havia encontrado alguma informação que poderia ser útil. Mas se não encontrou, o que ela deveria fazer em seguida?

Ela balançou a cabeça. Não havia necessidade de se preocupar antes de saber ao certo.

Heaven se teleportou para a casa de Zamiel. Ela ficou surpresa ao sentir o cheiro de comida e chá ao passear pelos corredores. Quando chegou ao salão, encontrou uma empregada servindo chá. A mulher idosa não parecia surpreendida em vê-la.

“Você é a Senhora Heaven?” Ela perguntou.

Heaven assentiu. Mas quem era ela? Heaven poderia dizer que ela era humana.

“O Lorde Zamiel está lá em cima.” Ela a informou.

“Obrigada.” Heaven agradeceu e foi para o andar de cima.

Ela foi em direção ao quarto de Zamiel. A porta estava aberta, então ela espiou para dentro. Ele não estava em lugar nenhum. Heaven entrou e olhou em volta. Seu olhar caiu em sua cama e os sonhos da noite passada vieram à mente. A maneira como ele a tocava e ela deixava. Ela até gostava.

Admitir isso para si mesma fez suas bochechas queimarem, e ela se virou apressadamente para sair, mas acabou batendo direto em seus braços. Uma exclamação saiu de seus lábios.

Zamiel envolveu seus braços fortes ao redor dela e sorriu. “Bom dia.”

Heaven ficou paralisada. Seu coração parou quando viu que seu rosto estava próximo ao dela. Ela podia perceber que ele tinha acabado de tomar banho por seu cheiro fresco e seu cabelo molhado. Alguns fios molhados pendiam sobre seu rosto e algumas gotas de água pingavam deles. Heaven olhou para suas espessas pestanas molhadas, depois seus olhos prateados brilhando, depois seus… lábios.

De repente, ela sentiu-se tonta. Por quê?

Zamiel riu, “você precisa respirar.” Ele disse a ela.

Sim, ela estava sem respirar. Era por isso.

Ela soltou um suspiro profundo e desvencilhou-se de seus braços. Como poderia pensar claramente de outra forma?

Zamiel estreitou o olhar, provavelmente se perguntando por que ela estava agindo de maneira estranha.

Heaven limpou a garganta. “Bom dia.” Ela disse.

Ele passou os dedos pelo cabelo para tirar os fios molhados do rosto, antes de olhar para ela novamente. Este gesto fez o coração dela pular uma batida. “Você dormiu bem?” Ele perguntou.

Heaven se lembrou do sonho novamente e suas bochechas coraram. Ela se virou para que ele não a visse e caminhou até a janela, fingindo olhar para fora, “sim. E você?” Ela perguntou.

De repente, ele estava bem atrás dela. “Eu não consegui dormir. Continuei pensando em você.” Ele disse, sua voz parecendo uma suave carícia em suas costas. Seus olhos olhavam agitadamente enquanto sentia ele se aproximar ainda mais.

Heaven permaneceu imóvel. Ela não sabia como responder a isso.

“Heaven.”

Ela fechou os olhos quando ele chamou seu nome. Ele a estava hipnotizando, e ela não conseguia resistir. Ela virou-se para ele, seu corpo obedecendo a ele mais do que a ela mesma. Ela se disse para não olhar em seus olhos, mas ele pegou seu queixo e virou seu rosto para cima. Agora, era tarde demais. Ela já estava o encarando.

“Por que sinto que você está fugindo de mim agora?” Ele perguntou.

Sim. Por que ela estava fugindo? Estava com tanto medo de si mesma? Mesmo agora ela deu um passo para trás, mas a parede atrás dela a impediu de ir mais longe.

“Eu… Eu não quero te torturar.” Ela falou, mas na verdade era ele que a estava torturando.

“Eu preferiria ser torturado pela sua presença do que pela sua ausência.” Ele falou se inclinando em direção a ela.

“Espere!” Heaven falou, colocando as mãos no peito dele para detê-lo.

Zamiel parou.

“Eu não quero te machucar.” Ela falou.

Hoje ela não tinha controle. Ela não queria machucá-lo mais do que antes.

“Eu não vou permitir..”

Ele pegou os pulsos dela e prendeu as mãos na parede acima de sua cabeça antes de se apossar de seus lábios com os dele. Não houve nada de gentil na maneira como ele a beijou desta vez, na maneira como seus lábios falavam contra os dela. Contando-lhe uma história de paixão e anseio. Deixando seu corpo e alma à merce dele. E quando ele a soltou, ela se permitiu cair em seus braços. Suas pernas não conseguiam mais suportá-la.

Zamiel a pegou no colo e a deitou em sua cama. Heaven sentiu o gosto de sangue na boca e, quando olhou para ele, ele tinha dois pequenos cortes nos lábios. Não tão ruins quanto os anteriores, mas ainda horríveis de se olhar sabendo que ela era a causa.

Sentado ao lado dela, ele alcançou seu rosto. Acalmando suas bochechas ardentes com seus dedos frios.

“Eu gostaria de poder te curar em vez de te machucar.” Ela disse.

“Heaven, você é a causa e a cura da minha dor.” Ele disse. “Você é meu tudo.”

As palavras dele aqueceram seu coração, e ela alcançou seu rosto. “Eu te amo, Zamiel.” Ela disse.

“Eu te amo também.” Ele sorriu.

Zamiel a convidou para o café da manhã e Heaven aceitou. Havia algo estranho, mas ao mesmo tempo emocionante, em tomar café da manhã com ele em sua casa. Era quase como se eles já estivessem casados e morando juntos.

Depois que terminaram de comer, Ilyas finalmente apareceu. Heaven se sentiu nervosa, esperando que ele tivesse boas notícias para ela.

“Minha senhora, eu não sei se isso será útil para você, mas descobri que o Rei Rufus gosta de homens.”

Heaven franziu a testa onde estava sentada e depois se virou para Zamiel, que estava sentado calmamente ao seu lado.

“O que você quis dizer com ele gosta de homens?” Heaven disse, se virando para Ilyas.

O olhar de Ilyas passou de Zamiel de volta a ela. “Eu quis dizer, ele não deseja apenas mulheres, mas homens também.”

Heaven piscou algumas vezes. Isso era possível? Um homem desejando outro homem.

Olhou para Zamiel interrogativamente. Ele sorriu com a reação dela.

“Algumas dessas pessoas são muito jovens. Nem sequer são homens ainda. Ele explora meninos.” Ilyas continuou.

“Por quê?” Foi tudo o que Heaven conseguiu perguntar.

Ilyas apenas olhou para ela por um tempo. “Eu não sei.” Ele falou.

“Nenhum rei gostaria de circularem os mesmos boatos sobre ele. Você poderia usar isso ao seu favor”. Zamiel explicou.

Heaven teria que pensar sobre isso durante a viagem, mas agora ela tinha que voltar para casa. Ela deu a Ilyas o colar e explicou-lhe como ele funcionava. Quando se teleportasse, ele só precisaria mantê-lo e ele saberia onde ela estava. Se o colar brilhasse, significava que ela queria encontrá-lo. Ilyas assentiu e se foi.

Agora ela tinha que ir para casa antes que as pessoas notassem que ela estava desaparecida.

“Você tem que ir agora?” Zamiel perguntou.

Heaven assentiu.

“Por quanto tempo você vai ficar fora?” Ele perguntou.

Valish era um reino vizinho, então a viagem levaria quatro a cinco dias. Depois, dependia de quanto tempo ela ficava lá. “Talvez duas semanas.” Ela falou.

Ela queria perguntar se ele viria vê-la, mas se absteve de fazê-lo. Ela queria que ele a visse como uma mulher madura que se concentrava em sua missão.

Zamiel a beijou adeus, e então ela voltou correndo para o castelo. Callum já havia controlado tudo. Os homens, seus cavalos e uma carruagem já estavam preparados. Kate já tinha arrumado as roupas de ambas e estava pronta para acompanhá-la.

Justo quando ela estava para entrar na carruagem, alguém chamou seu nome.

“Heaven.”

Quando se virou, encontrou Zarin parado atrás dela.

Não esperava vê-lo tão cedo. O que ele estava fazendo aqui?