Casada com o Filho do Diabo - Capítulo 163

163: Capítulo 40 163: Capítulo 40 Zamiel a puxou para seus braços. Ele segurou gentilmente seu rosto, seus dedos gelados fazendo-a estremecer por motivos além do frio.

“Céu. Eu não quero mordê-la se você está permitindo isso apenas para acabar com minha dor. Eu quero que você queira isso por si mesma. Não por mim”.

O Céu abriu a boca para protestar, mas ele colocou um dedo em seus lábios. “Pense primeiro a respeito. Se eu mordê-la agora, o que isso significaria para você? Ou para o seu plano de se tornar governante? Quero que você faça a escolha pensando em como isso poderá beneficiá-la”.

Beneficiá-la? Ela não queria que ele a mordesse por algum benefício. Ela queria que ele a mordesse porque… porque…

Por que ela queria ser mordida?

Não havia motivo específico. Era apenas um desejo que ela não conseguia explicar. Uma parte dela sabia que pertencia a este demônio de olhos prateados e que ele pertencia a ela.

Talvez ela não devesse se apressar, se estava tão certa disso. Ele estava disposto a esperar e ela tinha sua família e amigos para pensar. Ela não queria magoar ninguém, e no momento tanto sua mãe quanto Zarin não estavam felizes com sua escolha.

“Você vai ficar bem sem me morder?” Ela perguntou.

“Sim, eu vou ficar bem.” Ele disse, acariciando sua bochecha com o dorso da mão.

O Céu fechou os olhos. Sua proximidade e seu toque a acalmavam e a inflamavam ao mesmo tempo.

“Céu.” Ele sussurrou seu nome.

Sua voz a chamou, despertou algo profundo dentro dela e ela abriu os olhos lentamente. Seus olhos voltaram a ser prateados, mas brilhavam no escuro enquanto ele olhava para ela.

“Acho que lhe devo um beijo decente.” Sua voz estava baixa e seu rosto próximo ao dela.

O Céu nunca havia sentido seu coração bater tão rápido e seu estômago revirava. Lentamente, sua mão deslizou para a parte de trás de sua cabeça e ele a trouxe ainda mais perto. Ela podia sentir seu hálito quente contra sua pele. Ela fechou os olhos com força e parou de respirar enquanto esperava.

Seu corpo enrijeceu de surpresa quando ele pressionou os lábios contra os dela. Sua mente se desligou, seu coração acelerou ainda mais e as borboletas em seu estômago se agitaram. Um calor se espalhou por seu ser, profundo em sua alma, e provocou algo dentro dela que estava adormecido.

A sensação era avassaladora. Fazia-a sentir tonturas e fraqueza nos joelhos. Como se ele soubesse, ele se afastou e ela ficou mole em seus braços.

Zamiel a pegou com facilidade e começou a caminhar de volta à praia. O que estava acontecendo com ela? Parecia que as estrelas no céu estavam dançando e a lua parecia sorrir para ela.

Ela ainda podia sentir as borboletas em seu estômago e seu coração ainda batia forte em seus ouvidos.

“O que aconteceu?” Ela sussurrou, encostando-se em seu ombro enquanto ele a carregava de volta.

Ele a deitou na areia e a observou atentamente. O Céu ainda conseguia ver as estrelas dançando acima.

“Me desculpe. Acho que despertei seu demônio. Pode ser intenso e incontrolável na primeira vez”.

Seu demônio?

De repente, sua boca parecia estranha. Ela passou a língua pelos dentes e sentiu a ponta afiada das presas.

Presas?

Isso nunca havia acontecido antes. E por que suas presas se alongariam? Isso só acontecia quando os demônios sentiam raiva ou desejo.

Desejo?

Seus olhos se arregalaram.

Ai não. Sua mão voou para cobrir sua boca enquanto suas bochechas queimavam de constrangimento.

Zamiel riu de sua reação.

O Céu rapidamente se levantou, mas percebeu o quão nua estava com seu pequeno vestido.

Ela não sabia se deveria cobrir seu corpo ou sua boca.

Zamiel sorriu, divertindo-se com ela.

“Vire-se.” Ela disse, desconcertada.

Ele tentou conter o sorriso que curvava seus lábios enquanto obedecia à sua ordem.

O Céu apressou-se a pegar seu vestido seco. Ela estava prestes a vesti-lo por cima do molhado, mas decidiu que seria melhor tirar o molhado primeiro. Ela espiou Zamiel para ter certeza de que ele não estava olhando. Ele ainda estava de costas para ela.

O Céu rapidamente tirou o vestido úmido e vestiu o seco. Ela passou a língua sobre os dentes. Ainda podia sentir as pontas afiadas de suas presas.

“Posso me virar agora?” Ele perguntou.

O Céu hesitou, mas então disse “sim”.

Ele se virou, ainda com um sorriso no rosto. Tímida, ela foi sentar-se ao lado dele e então eles olharam para o oceano. No silêncio que se seguiu, o Céu pensou em seu beijo e seu coração ficou agitado novamente.

Ai não. Ele provavelmente podia ouvir. Ela tentou pensar rapidamente em outra coisa, mas não conseguiu.

“No que você está pensando?” Ele perguntou, e ela conseguia ouvir o divertimento em sua voz.

O Céu queria se enterrar na areia. “Nada.” Ela mentiu, novamente desconcertada.

Ele apenas sorriu, mas ela podia ver que ele estava lutando contra a vontade de provocá-la.

De repente, ela viu esse lado dele. Por trás de suas expressões sérias, havia uma pessoa brincalhona, e ela queria ver mais dele. Ela queria conhecer a pessoa que ele era antes de passar por essa tragédia.

“Qual é a idade dos demônios antigos em idade humana?” Ela perguntou.

Olhando para ele, ele não parecia ser mais velho do que seu pai, mas se ela olhasse mais fundo em seus olhos, poderia ver muitos anos de experiência.

“Gênios antigos não têm idade humana, diferente dos gênios nascidos. Nós éramos assim desde o começo. Só podemos adivinhar nossa idade humana olhando como os humanos eram durante as diferentes etapas de suas vidas. Então, estou supondo que é entre vinte e trinta anos.”

O Céu pegou uma coisa do que ele disse. Ele era assim desde o começo, ou seja, ele não nasceu e não tinha pais. Ela não conseguia imaginar como isso devia ser.

Ele realmente não tinha família alguma.

“Quantos anos eu pareço ter?” Ele perguntou.

Ela olhou para ele atentamente.

“Algo entre vinte e trinta.”

Ele sorriu. “Então, meu palpite está correto. Um dia, serei mais jovem do que você e a maioria de sua família.”

O Céu entrou em pânico.

Não!

Ele era antigo e não envelhecia. Ela seria mais velha do que ele um dia. Ela não queria isso.

Ele riu, olhando para o rosto dela.

“Não se preocupe. Levará muito tempo antes que isso aconteça.” Ele a tranquilizou.

O Céu mostrou-lhe um rosto triste antes de se deitar na areia. Zamiel se deitou ao lado dela e eles olharam para o céu desta vez.

“O que significa que meu demônio está acordado?” Ela perguntou, ainda sentindo as presas em sua boca.

“Significa que seus sentidos se intensificarão. Escute.” Ele disse.

O Céu esforçou-se para ouvir. Os sons que ela ouvia antes ficaram ainda mais claros. A brisa suave e as folhas balançando, os pássaros cantando e o uivo dos lobos ao longe. Ela podia até ouvir a quietude do oceano.

O oceano tinha um odor delicioso e distinto. O Céu respirou devagar. Agora o cheiro de Zamiel preenchia seus sentidos. O cheiro da terra depois da chuva. Ela não sabia o que a fazia gostar tanto de seu cheiro. Ela poderia respirá-lo a noite inteira.

As estrelas brilhavam contra o céu que parecia escurecer.

“Você verá as coisas com mais clareza e sentirá as coisas com mais intensidade.” Ele acrescentou.

O Céu sentiu o dorso da mão dele encostado na dela. O simples toque a fez estremecer. Ela não conseguiu ficar parada, então colocou a mão na dele. Zamiel segurou sua mão e seus dedos se entrelaçaram.

Nunca imaginou que segurar as mãos a faria sentir-se assim.

Ela olhou para as estrelas. Elas pareciam dançar novamente, e a lua sorria ainda mais brilhante.

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📚 ATUALIZAÇÃO com DOIS capítulos hoje!! Próximo capítulo será lançado em breve.

Feliz Dia das Bruxas ❤️.