Casada com o Filho do Diabo - Capítulo 118

118: Capítulo 58 118: Capítulo 58 “Você não deve ter medo de mim por causa do meu pai. Deve temer-me porque eu sou seu filho.”

Antione contorceu-se de dor, que tentou com afinco esconder mas não conseguiu. Os outros homens correram para socorrê-lo, mas Roshan sacou suas adagas e lançou-lhes um olhar de aviso. Eles pararam imediatamente, sabendo que era melhor não enfrentar um demônio conhecido por suas habilidades de matar outros demônios.

Antione parecia estar sendo estrangulado. Seu rosto empalideceu e ele caiu de joelhos. Mal conseguia pronunciar uma palavra e tudo o que Lucian fazia era segurar seu braço. Roshan imaginou o que estava acontecendo.

Finalmente, quando Antione parecia estar prestes a morrer, Lucian soltou seu braço. Assim que seu braço estava livre, Antione caiu para trás e recuou, como se estivesse com medo de ficar perto de Lucian. Os outros demônios olharam surpresos, até mesmo Roshan.

Antione era um senhor demônio. Ele era muito mais velho do que Lucian e era conhecido por ser destemido e um excelente lutador. Para ele parecer tão assustado, Lucian deve ter feito algo mesmo que não o tenham visto fazer nada.

Os outros demônios olharam uns para os outros, assustados e confusos. Quando Antione estava a uma distância segura de Lucian, finalmente soltou o fôlego e tentou se levantar. Cambaleou um pouco, mas logo virou-se para Lucian com uma expressão séria no rosto.

“O que você quer?” Ele perguntou ofegante e ainda pálido.

“Por minha ordem, quero que envie seus subordinados a qualquer momento e eles me obedecerão.”

“Seu bast…”
Erez começou a xingar enquanto tentava avançar em Lucian, mas Antione estendia a mão no peito de Erez para detê-lo.

Ele acenou negativamente com a cabeça como um aviso e voltou a olhar para Lucian. “Está bem. Se é isso que você quer.” Ele disse.

Os outros olharam para ele chocados.

“Espero que você espalhe a palavra e se alguém desobedecer reporte-se a mim e eu irei visitá-los”, disse Lucian com seu tom mais ameaçador.

“Farei isto, meu Senhor.”

Meu Senhor? Aquilo soou engraçado vindo dele. Roshan guardou suas adagas, sabendo que não precisaria mais delas. Os comandos de Lucian já estavam cortando o ar como facas afiadas.

Sem dizer uma palavra, Lucian desapareceu, provavelmente se teleportando de volta para casa e Roshan seguiu. Assim que chegaram ao salão do trono, Roshan teve que perguntar o que Lucian fez para assustá-los tanto.

“O que você fez?”

Lucian sentou-se em seu trono com um ar pensativo. “Eu não tinha certeza se funcionaria, mas funcionou.” Ele disse.

“O que funcionou?”

“Bem, você sabe que as bruxas podem extrair poder da natureza como terra, sol, lua, mas também umas das outras. Eu sou meio-bruxo, então pensei que seria capaz de fazer isso. Então, quando agarrei seu braço, extraí poder dele e usei seu próprio poder contra ele.” Ele explicou.

Roshan nunca tinha pensado nisso, talvez porque nenhuma bruxa havia feito isso antes. Agora ele entendia porque Antione estava tão aterrorizado. Lucian já era poderoso para sua idade, graças a seus pais, e ao adicionar o poder de Antione a tudo isso, deve ter sido um choque.

“Então você quer dizer que as bruxas podem extrair poder dos demônios também?” Roshan perguntou. Eles estariam em perigo.

“Provavelmente não. As bruxas não são fisicamente tão rápidas ou fortes quanto os demônios. Na verdade, sem sua magia, elas não são diferentes dos humanos. Portanto, segurar o braço de um demônio tempo suficiente para retirar poder não é apenas difícil, mas também suicida. Eu, por outro lado, tenho a vantagem de também ser um demônio.”

Roshan escutou fascinado. “Isso é genial. Eu sabia que você seria um monstro.”

Lucian franziu a testa. “Vou considerar isso um elogio.”

“Você deveria. Sempre. Especialmente se vier de uma mulher.” Ele piscou, encostando-se na parede e cruzando os braços sobre o peito.

“Você acha que estão assustados o suficiente?” Lucian perguntou.

“Eles estão. Confie em mim, eu conheço demônios e agora, com eles sob seu comando, você não precisa se preocupar com as bruxas.” Roshan garantiu.

Agora finalmente tudo estava sob controle. Pelo menos por um bom tempo.

“A propósito. Klara e eu vamos nos casar na próxima semana e…você não está convidado.” Roshan deu de ombros, brincando.

Lucian riu. “Você tomou uma boa decisão. Você não vai querer que o filho do diabo e o rei sanguinário transformem seu casamento em um campo de batalha.”

“Ah, eu adoraria isso. Seria um bom entretenimento para os convidados. Só acho que a noiva não gostaria muito. Especialmente quando ela tivesse que limpar sangue do vestido branco dela.”

Lucian balançou a cabeça sorrindo. “Parabéns.” Ele disse então.

“Te vejo então…irmão”, Roshan disse provocando antes de desaparecer.

Estranhamente, Lucian não se sentiu incomodado desta vez.

Relaxado, ele caminhou em direção à sua câmara. Ansiava por ver Hazel e ficar com ela pela primeira vez sem preocupações, mas ao entrar no quarto, encontrou sua mãe.

Irene estava sentada ao lado da janela, tricotando o que parecia ser um suéter. Ela olhou para cima com um sorriso, os olhos brilhando, como toda vez que o via. Era como se estivesse olhando para as estrelas ou algo ainda mais belo, mágico e amado.

“Lucian.” Ela disse seu nome com anseio. “Olhe…” ela ergueu o suéter. “Não é bonito? Mal posso esperar para ver meu neto usando-o.”

Ela olhou para o suéter e o segurou como se fosse a coisa mais preciosa do mundo.

“É lindo”, disse Lucian.

“Fiz muitos desses quando estava grávida de você, imaginando como ficaria neles.” Ela ainda olhava o suéter enquanto falava. Lucian sabia que ela não queria que ele visse seu choro, mas ele não precisava ver para saber que ela estava prestes a chorar. “Eu os fiz em todas as cores, só por precaução. Até fiz um cobertorzinho para mantê-lo aquecido. Todas aquelas coisas… você nunca teve a chance de usá-las.”

Agora ela olhou para cima para encontrar seu olhar e uma lágrima escorreu por suas bochechas. Ela a enxugou rapidamente e sorriu para ele. “Não estou chorando de tristeza. Estou feliz por você. Você vai ser um pai maravilhoso, assim como é um filho maravilhoso. Estou tão feliz por ter tido a chance de te conhecer e conversar com você. Nunca pensei que isso aconteceria.” Ela balançou a cabeça. “Estou falando demais.” Ela riu. “Hazel está tomando um banho. Eu vou deixar vocês dois a sós.”

Levantando-se de seu assento, ela pegou suas coisas e seguiu em direção à porta.

“Mãe.”

O mundo de repente ficou parado. Aquele simples palavra, que ele quis dizer a vida inteira, mas nunca pensou que diria. Ele disse agora.

Irene ficou paralisada e permaneceu assim por um bom tempo antes de se virar lentamente. Ela não podia acreditar nos próprios ouvidos. Ouviu direito?

“O… o que você disse?” Ela perguntou, ofegante, seu coração batendo forte nos ouvidos.

“Mãe”, Lucian repetiu, agora mais suavemente, com os olhos marejados.

O coração de Irene se apertou de alegria e ela irrompeu em lágrimas. Largando tudo que tinha nas mãos, correu até ele e o abraçou.

Lucian abraçou-a de volta enquanto ela chorava em seus braços. “Eu te amo, filho. Sua mãe te ama muito. Muito mesmo.” Ela segurou seu rosto e beijou suas bochechas.

“Mãe.” Lágrimas escorriam de seu rosto e ela as enxugou com delicadeza.

“Ah, não chore.” Ele chorando a fez chorar ainda mais e os dois choraram juntos em lágrimas.

Era lágrimas de tristeza, dor, solidão, frustração e, acima de tudo, lágrimas de alegria.

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