Casada com Meu Irmão Postiço Bilionário - Capítulo 82

82: Possessivo, Homem Bandeira Vermelha 82: Possessivo, Homem Bandeira Vermelha Ela estava parada diante do espelho ajustando seu traje quando Justin surgiu do banheiro, sua expressão ainda séria. Seus olhos o seguiram, sentindo que algo estava estranho.

“Aconteceu alguma coisa?” ela perguntou, observando enquanto ele se aproximava do espelho.

Sem responder, ele ficou ao lado dela e se conferiu no espelho de corpo inteiro, arrumando a gravata com uma mão experiente. Então, sem olhar para ela, disse, “Você deveria aprender a manter uma distância adequada das pessoas.”

“Distância? Ah, claro,” ela respondeu sarcasticamente. “Eu mantenho minha distância. Especialmente de você—”
“Não de mim,” ele interrompeu, a voz firme. “Sou o homem com quem você compartilha a cama, então você já ultrapassou essa fronteira de manter distância.”

O rosto de Natalie corou com a insinuação de suas palavras. “Não faça parecer ridículo. Não é assim. Nós somos apenas… é como colegas de quarto.”

“Eu não disse nada de errado,” ele retrucou friamente.

Ela bufou, frustrada. “Quando é que eu não mantive minha distância dos outros?”

“Pergunte a si mesma,” ele respondeu, aproximando-se, seus olhos fixos nos dela. “Homem ou mulher, não se aproxime demais de ninguém.”

Natalie engoliu em seco, instintivamente dando um passo para trás. “V-Você está tentando me controlar?”

“Eu nem comecei,” Justin disse, sua voz baixa e calma.

Ela cerrou os punhos, encarando-o. “Não esqueça, isso tudo é falso.”

“Então diga isso ao seu avô,” ele rebateu. “E você não terá que se preocupar em ser controlada por mim.”

Esse idiota! Natalie apertou os dentes. “Mia é como minha irmã. Você não precisa ser tão estranho com relação a isso.”

“Se não for eu quem está perto de você, eu me importo com todos,” ele respondeu friamente. “Não esqueça o que eu disse—quando eu estou por perto, é meu espaço, minhas regras.”

“Que se dane suas regras!” ela cuspiu, com o temperamento inflamado. “Quando se trata de Mia, eu não vou te ouvir.”

Justin deu mais um passo para frente, encurralando-a entre ele e o armário, seu olhar se intensificando. “Diga isso de novo,” ele desafiou.

“Você é demais,” ela murmurou, sua voz tensa de frustração.

“E você vai ter que aguentar,” ele disse, com um tom intransigente.

Natalie tentou se acalmar, respirando fundo. “É normal estar perto de alguém que você considera um irmão.”

Justin arqueou uma sobrancelha, seus lábios se curvando em um sorriso sarcástico. “É mesmo?”

Confusa com sua expressão, ela assentiu. “Sim, é.”

“Você não tem ideia do que acabou de concordar,” ele disse, observando-a atentamente, seu tom provocante e enigmático.

“O quê?” ela perguntou, sentindo sua irritação crescer novamente.

Ele deu um passo para trás, seus olhos ainda fixos nela. “Apenas lembre-se—mantenha distância dos outros.”

Seu olhar se estreitou enquanto ela o encarava. “Você é um homem excessivamente possessivo, do tipo bandeira vermelha. Eu tenho pena de quem acabar com você.”

“Você deveria invejá-la,” ele respondeu friamente, pegando sua bolsa de laptop. “Estou saindo da cidade hoje por um trabalho importante, posso voltar tarde da noite ou retornar amanhã de manhã.”

“Que tipo de trabalho?” ela perguntou, sem saber por que estava mesmo curiosa sobre ele.

“Sou um empresário, que tipo de trabalho eu poderia ter, a menos que você pense que sou algum mafioso e vou liderar minha gangue em algum lugar na escuridão da noite para criar um caos.”

Ela apertou os dentes. “Eu só estava perguntando. Você não precisa ser tão sarcástico.”

Ele se virou para olhá-la e desta vez seu olhar era calmo e assegurador, “Há alguns assuntos importantes relacionados à minha empresa que precisam de atenção urgente e podem demorar.”

“Entendido,” ela finalmente amoleceu para obter uma resposta genuína, “Se cuide.”

Ele assentiu e virou-se para sair antes de lembrá-la novamente, “Certifique-se de manter distância.”

Natalie revirou os olhos com ele de costas e o seguiu para fora.

Justin havia saído para trabalhar, e Albert tinha retornado ao hospital, deixando Natalie e Mia sozinhas em casa.

“Agora desembucha—o que está realmente acontecendo?” Mia agarrou a mão de Natalie, arrastando-a em direção ao sofá. “Justin Harper é verdadeiramente seu marido?”

“Ele não é,” Natalie suspirou e começou a explicar tudo que tinha acontecido desde o início.

Os olhos de Mia se arregalaram em descrença. “Oh meu Deus, e ele concordou em atuar como seu marido?” Ela estreitou os olhos suspeitosamente. “E vocês dois até compartilham uma cama? Desembucha. O que vocês realmente fizeram? Não me diga que você ainda é virgem.”

“Cale a boca!” Natalie revidou, revirando os olhos. “Estamos apenas atuando.”

“Um homem bonito e uma mulher bonita compartilhando uma cama a noite toda, e você espera que eu acredite que nada acontece? Você não pode mentir para mim, Nat.”

“Eu não estou mentindo,” Natalie insistiu, suas bochechas corando levemente. “E de qualquer forma, eu já sou uma mulher casada—infelizmente. Agora, pare de falar de mim e me diga o que sua ‘rainha dos bandidos’ de avó fez com você desta vez.”

Mia suspirou dramaticamente, afundando-se no sofá. “Nem me lembre dela. Eu queria poder simplesmente deletar essa personagem inteira da minha vida. Ela tinha outra proposta de casamento para mim. Se não fosse pelos meus pais intervirem, você estaria recebendo um convite de casamento agora mesmo.”

Natalie riu, balançando a cabeça. “Ainda bem que não sou a única lidando com uma avó que é um pesadelo total.”

“Não ria, não tem graça!” Mia retrucou, irritada. “Você faz ideia do que tipo de pretendente ela arranjou para mim?”

“Desde que não seja Steve Davis, você deveria estar bem…”

Os olhos de Mia se arregalaram. “Menina, como você adivinhou?” ela exclamou. “Em um mundo cheio de homens quentes, bonitos e merecedores, ela me trouxe aquele ‘comedor de amiga’ de homem!”

Natalie ergueu uma sobrancelha. “E daí?”

“E daí que eu posso casar até com um porco, mas não aquele idiota. Mesmo que todos os homens do mundo se extinguissem neste instante, eu preferiria aceitar morrer virgem do que estar com ele de novo,” Mia exclamou. “Da última vez que o vi naquela Festa à Fantasia, por pouco não vomitei na cara dele.”

Natalie caiu na gargalhada. “Não posso acreditar que ela realmente pensou que ele era um bom partido para você.”

Mia gemeu, afundando ainda mais nas almofadas. “Não me lembre. Eu ainda tenho pesadelos. O que ele me fez passar naquela época… Não tenho energia para lidar com isso de novo. Me envolver com ele foi o maior erro da minha vida.”

Natalie, sentindo a dor de sua amiga, gentilmente acariciou a mão de Mia. “Não se preocupe. Ninguém pode forçar você a se casar. Se tentarem, é só vir para mim.”

Mia murmurou, meio brincando, “É, talvez eu deveria mudar de homens para mulheres e ficar com você. Não é uma má ideia, certo? Nós duas—”
“Não!” Natalie exclamou rapidamente, sua mente voltando aos avisos possessivos de Justin. Graças a Deus ele não está aqui. Ela acrescentou, mais seriamente, “Por favor, não fale coisas assim na frente dos outros, tá bom?”

Mia ergueu uma sobrancelha. “Não é a primeira vez que brinco assim. Por que você de repente está tão tensa?”

“Apenas… por favor. Faça o que estou dizendo, ok?” Natalie implorou, claramente à beira de um ataque de nervos.

“Tá bom, tá bom.” Mia levantou-se com uma energia renovada. “Agora, vamos às compras. Precisamos conseguir um vestido para você.”

“Para quê?” Natalie perguntou, confusa.

“Você está mesmo planejando usar formais de negócios para a festa de hoje à noite?” O tom de Mia era incrédulo.

“Eu estava, sim. Estou bem assim.”

“De jeito nenhum!” Mia agarrou o braço de Natalie, arrastando-a em direção à porta. “Vou te transformar em uma bomba sexy esta noite, uma que até Justin Harper não será capaz de tirar os olhos.”