Casada com Meu Irmão Postiço Bilionário - Capítulo 469

Capítulo 469: O Problema de Meira

Naquele dia, mais uma vez Meira se atrasou para voltar para casa. Júlia e Natalie estavam esperando por ela.

“Aquela menina sempre esquece de carregar o celular. Deixe-a voltar e eu vou ensinar uma lição a ela,” disse Júlia preocupada.

Agora Natalie também estava preocupada e pegou seu celular. O celular de Meira estava realmente desligado.

Justin saiu e viu as duas mulheres preocupadas. “Qual é o problema?”

Natalie contou tudo a ele. Ele pegou seu celular e fez uma ligação. “Noah, Meira ainda não está em casa. Vai verificar na universidade dela,” e desligou a chamada.

Natalie virou-se para ele. “Deveríamos manter um segurança com ela.”

“Ela recusou,” disse Justin. “Ela disse que a fazia sentir-se diferente dos outros estudantes e atraía mais atenção para ela.”

Natalie lembrou-se do motivo pelo qual Lana teve que voltar—porque Meira não queria um segurança e queria uma vida normal.

“Não se preocupe. Noah vai cuidar disso,” garantiu Justin.

“É bom que ele tenha uma casa perto da universidade dela,” comentou Natalie, ao que Justin apenas resmungou, “Vocês duas entrem. O vento está ficando forte.”

Ambas o ouviram.

—-

Noah chegou à universidade de Meira, em seu departamento. Restavam apenas um ou dois estudantes, que também estavam se preparando para sair. Noah assistiu da porta, onde Meira estava imersa em seu trabalho. O avental branco que ela estava vestindo tinha manchas de tinta. Não só nas mãos, mas até mesmo no rosto havia algumas marcas de tinta.

Dos dois estudantes que estavam saindo, um deles foi até ela. “Meira, você realmente é uma boa artista. Nem dá para dizer que você acabou de se juntar a nós.”

Meira simplesmente olhou para ele, sem saber como reagir ao elogio. “Obriga…da…”

“Sam,” ele disse. “Meu nome.”

Ela simplesmente resmungou e queria retomar seu trabalho, mas o rapaz se acomodou no banco ao lado dela. “Deixe-me ver como você pinta isso. Posso ver que está ficando tão bonito quanto você.”

A mão que segurava o pincel parou antes de alcançar a tela, sem saber o que dizer.

Ele riu, “Você sempre parece ser tão quieta o tempo todo. Bem, que tal nos tornarmos amigos?” Ele estendeu a mão.

Ela simplesmente olhou para a mão dele, contemplando se era uma boa ideia torná-lo um amigo.

“Meira,” uma voz familiar chegou até ela, e ela olhou para Noah.

Ele se aproximou deles e disse, “Está tarde. Vamos para casa.”

Ela assentiu e se levantou, pronta para arrumar suas coisas, enquanto o rapaz olhou para Noah. “Eu sou amigo de Meira, Sam. E você?”

“Família,” Noah respondeu, seu rosto inexpressivo, como se não tivesse interesse em falar com ele.

“Irmão?” Sam perguntou.

Em resposta, Noah caminhou em direção a Meira e ajudou-a a arrumar suas coisas. “Você precisa levar isso também?” ele apontou para a tela.

“Não. Posso cobrir e trabalhar nisso amanhã,” ela respondeu, terminando de organizar suas coisas.

“Então vamos,” Noah disse, e ambos seguiram em frente.

“Tchau, Meira,” Sam disse.

“Tchau,” ela disse suavemente e viu Sam sair antes deles.

Quando Sam se foi, Noah disse, “Senhorita Meira, mantenha distância de garotos como ele.”

Garotos como ele? ela pensou e simplesmente resmungou. E então pensou, Na frente daquele rapaz, ele me chamou de Meira, e agora me chama de senhorita Meira como se não me conhecesse.

Quando saíram da sala de aula, Meira disse, “Umm… Preciso ir ao banheiro…”

Ele concordou com a cabeça, e ela disse, “É logo ali na esquina. Já volto.”

“Demore o tempo que precisar,” ele disse e a observou ir ao banheiro.

Passou algum tempo, mas ela não voltou. Noah foi em direção ao banheiro. Ele bateu na porta com a placa de mulheres. “Senhorita Meira, você está bem?”

Não houve resposta dela. Noah olhou em volta e disse novamente, “Se você não responder, terei que entrar.”

Dentro de uma das cabines, Meira estava em pânico. Ela tinha ficado menstruada, mas não tinha absorventes com ela. Não estou acostumada a sair, então esqueci que deveria carregar alguns comigo. Quão estúpida eu posso ser?

Noah entrou no banheiro e olhou para as várias cabines. “Senhorita Meira?”

Finalmente, a porta de uma das cabines se abriu, e Meira saiu. Ela parecia nervosa e ligeiramente envergonhada.

Ele a observou por um momento e perguntou, “Algum problema?”

Mantendo a cabeça baixa, com a mão apertando a bolsa que ela havia trazido consigo, ela disse, “Umm… podemos ir a alguma loja por perto… uma loja de conveniência talvez… onde possamos comprar qualquer coisa…?”

Com o rosto inexpressivo, o olhar calmo, ele a observou por um momento e disse, “Vamos.”

Ele caminhou à frente, e Meira o seguiu até onde o carro de Noah estava estacionado. Noah abriu a porta do assento do passageiro da frente para ela.

Ela sentiu-se hesitante ao olhar para o assento impecavelmente limpo e brilhante, com revestimento macio e caro, e percebeu que iria estragá-lo. Ela queria dizer algo, mas ouviu Noah dizer, “Vai chover. Sente-se logo.”

Sem vontade, ela se sentou no carro. Vou apenas pedir desculpas depois e limpá-lo também.

Noah dirigiu o carro. Saindo da universidade, ele parou o carro em um lado da estrada e disse a ela, “Espere por mim,” e saiu.

Meira murmurou uma resposta e o observou se afastar. Por dentro, ela estava nervosa sobre o que Noah pensaria quando visse o banco do carro estragado, e quão embaraçoso seria deixá-lo ver isso.

Ela sentiu vontade de chorar. Não vou conseguir encará-lo depois. Sou um problema.

A chuva começou, como se compensasse suas lágrimas não choradas.

Noah voltou logo com algo na mão. Ele entregou a sacola de papel para Meira e saiu dirigindo.

Meira olhou dentro da sacola de papel e ficou surpresa ao ver que o que ela queria estava lá. Ela nem havia dito a ele, mas ele sabia.

Ele não está preocupado que eu possa estragar o banco do carro dele? Parece tão caro.

Nos minutos seguintes, o carro entrou nas dependências de uma área residencial de apartamento de luxo.

Meira olhou em volta e se perguntou onde estavam. O carro parou dentro do estacionamento, e Noah informou, “Chuva e vento súbitos podem causar tráfego na estrada, e podemos ficar presos lá por muito tempo. Então eu trouxe você aqui—minha casa.”

Ela acenou levemente em compreensão, e Noah saiu. Ele abriu a porta para ela, e ela hesitou em sair. Ela tinha certeza de que não apenas tinha estragado seu vestido, mas também o banco.

Enquanto ele esperava por ela, ela saiu e olhou para o banco, e o resultado foi o que ela esperava.

“O limpador vai limpar,” ela ouviu Noah dizer enquanto fechava a porta do carro.

“Desculpe,” ela disse, com a cabeça baixa.

“Tudo bem,” ele disse e andou à sua frente.

Se amaldiçoando pela estupidez em causar tudo isso, ela o seguiu de qualquer forma. Dentro do elevador, ela ficou um passo atrás dele, não querendo deixar que visse a bagunça em seu vestido.

Eles chegaram ao apartamento, onde Noah destrancou a porta com sua impressão digital. Ele a conduziu para dentro do apartamento, apenas para Meira olhar em volta. Era um grande apartamento de luxo com uma sala de estar estilosa que poderia fazer alguém se perguntar como o restante da casa deve ser.

Por que não—afinal, ele era o assistente do homem mais rico e agora chefe de uma importante filial da empresa.