Capítulo 438: O que você quer?

No dia seguinte, Grace acordou. Seu corpo estava dolorido por todos os lados e sua cabeça ainda estava confusa. Tendo memórias do intenso encontro da noite anterior, ela imediatamente olhou para o lado para ver o homem.

Ele estava lá—dormindo bem ao lado dela, de costas para ela.

Um leve sorriso pintou seus lábios enquanto ela se aproximava dele um pouco, apesar de ter dificuldade para fazer isso. A dor valia a pena, desde que fosse ele—Aiden.

Ela circundou sua mão ao redor da cintura exposta dele e deu um suave beijo na nuca, mostrando seu afeto por ele.

Nisso, o homem remexeu em seu sono.

“Bom dia, querido,” Grace murmurou contra suas costas, um largo sorriso pintando seus lábios.

O homem, agora completamente acordado, finalmente se virou e olhou para ela. Sorrindo, ela moveu seu olhar para cima para olhá-lo, apenas para—

“Quem é você?” ela gritou em choque e afastou-se dele imediatamente, esquecendo toda a dor que estava sentindo.

Ela se sentou na cama e olhou furiosa para o homem, que estava olhando para ela em confusão.

“Quem diabos é você? O que está fazendo na minha cama?” ela gritou com ele, puxando o lençol para cobrir seu corpo nu.

“Senhorita Hartz, foi você quem me chamou aqui ontem à noite,” o homem alto e perfeitamente construído, cujo corpo nu estava exposto na frente dela, respondeu. “Eu cumpri todos os requisitos que você listou em sua oferta, do jeito que você queria que acontecesse.”

“Do que diabos você está falando?” ela quase gritou. “Meu marido—onde ele está? E você, saia daqui agora!”

Assim que uma porta do quarto se abriu, Aaron entrou no quarto. “Vocês dois não podem ficar quietos agora? Não foi suficiente criar todos aqueles ruídos nojentos ontem à noite?”

Grace olhou para ele. “Aaron, o que está acontecendo? Eu… eu não conheço este homem…”

“Você passou a noite inteira com ele fazendo todas aquelas coisas patéticas, e diz que não o conhece?” Aaron respondeu. “Eu pareço ter a palavra TROUXA escrita na minha testa?”

“Não… eu não fiz… Era você…”

“Eu não me importo com o que você faz e com quem você dorme,” Aaron disse.

“Senhorita Hartz, aqui está a mensagem que você me mandou ontem à noite e até pagou por ela,” o homem disse. “Eu sou o melhor acompanhante desta cidade.”

Vendo a mensagem na tela do celular dele, vinda do próprio número dela, e a prova do pagamento feito de sua própria conta, ela ficou chocada.

“Não, eu não fiz,” ela disse.

“Eu recebi o dinheiro, e fiz o que você me chamou aqui para fazer,” o acompanhante disse enquanto vestia suas roupas. “Estou indo embora. Me ligue se precisar de meus serviços novamente,” ele acrescentou e saiu.

Grace olhou para Aaron em confusão e total choque. “Era você quem estava comigo… Eu me lembro…”

“É melhor você se cobrir, já que eu não desejo falar com você olhando para seu corpo patético,” Aaron disse enquanto se sentava em uma cadeira longe da cama.

Grace, que estava segurando o lençol para se cobrir, puxou-o completamente, cobrindo-se do pescoço para baixo. Seus olhos estavam lacrimejantes.

“Aiden, que tipo de jogo você está jogando comigo?” ela perguntou. “Eu sei claramente que era você quem estava comigo ontem à noite. Mas por que você trocou aquele homem por você?”

Aaron deu uma risada maliciosa, seu olhar não mostrando um traço de simpatia por ela.

“Primeiro, foi você quem tentou jogar um jogo ao tentar me drogar,” Aaron respondeu, oferecendo-lhe um sorriso maldoso e frio. “Quão ingênua de sua parte pensar que eu cairia nessa.”

Ao ouvir isso, o corpo de Grace congelou—ele estava ciente disso.

Aaron continuou, “Mas, como você estava tão ansiosa para transar, eu realizei seu desejo. Tentei conseguir o melhor homem que não te deixaria insatisfeita, e tenho certeza de que ele fez um ótimo trabalho.”

“Você… Como pôde…”

“Não te soa familiar?” Aaron perguntou enquanto levantava uma sobrancelha. “Até onde eu sei, você fez a mesma coisa com uma garota quase um ano atrás. Você a enganou para que dormisse com um acompanhante quando ela pensava que era seu namorado. E foi apenas porque seu ego estava ferido, já que o namorado dela a escolheu em vez de você. Então você não parou por aí—você até espalhou os vídeos explícitos dessa garota por toda parte. No final, ela cometeu suicídio.”

Grace ficou estupefata ao ouvir isso. Como ele sabia?

“Eu não fiz nada desse tipo,” ela retrucou.

“Mas estou com vontade de fazer algo desse tipo,” Aaron disse, então jogou um celular em direção a ela na cama. Era o telefone dela.

“Você pode gostar do que vê,” ele comentou.

Grace verificou a mensagem em seu telefone, e isso a deixou atônita. Havia um vídeo dela da noite anterior. Embora a luz estivesse fraca, era claro quem eram as duas figuras. Era ela e aquele acompanhante. Seus olhos se arregalaram ao ver que ela estava claramente com ele a noite toda.

Suas mãos tremeram, e o celular caiu de seu alcance. Lágrimas rolaram por suas bochechas enquanto olhava para ele. “Mas… era você….”

“Para sua informação, você também foi drogada,” Aaron disse. “E você viu o que desejava. Mas deixe-me deixar uma coisa clara—se eu fosse dado duas opções: ou ter a morte mais brutal ou dormir com você, eu aceitaria a morte brutal.”

Ela gritou, “Mas eu sou sua esposa! Como você pôde….”

“Aquela garota que você forçou a morrer era sua meia-irmã—filha ilegítima de seu pai. Você compartilhava sangue com ela, enquanto nós somos relacionados apenas por uma única assinatura em algum papel inútil,” Aaron disse. “Se você não valoriza laços de sangue, como posso valorizar um relacionamento de papel? Estou livre para fazer o que quiser com você.”

“Não, você não pode!” ela gritou, pegando o celular e começando a deletar o vídeo e as fotos dele.

Mas assim que ela os deletou, as mesmas mensagens foram enviadas para ela novamente. Chocada, ela olhou para Aaron, apenas para vê-lo sentado tranquilamente.

“Quem está me enviando isso?”

“Essas são mensagens programadas. Se você as deletar uma vez, elas serão enviadas a você duas vezes—e toda vez que você as deletar, o número dobrará,” Aaron explicou.

Grace entendeu que tudo isso era obra de Aaron.

“Você não pode mostrar isso a ninguém. Delete elas!” ela gritou.

“Não estou mais obrigado a te ouvir,” ele disse. “Gostaria de ver como as ações do negócio Hartz começam a cair quando eu liberar isso. E também gostaria de ver se seu pai declara que você não é filha dele—assim como ele fez com aquela garota.”

“Não, você não pode!” ela gritou. Ela conhecia bem o pai dela. Embora ele a amasse, ele a cortaria, se fosse para proteger sua imagem e sua empresa.

“Com certeza posso,” Aaron respondeu, enquanto se recostava na cadeira, oferecendo-lhe um olhar frio e zombeteiro.

Frustrada, ela jogou o celular para o lado e gritou, “O que você quer de mim?”

“Agora, essa é a primeira vez que algo inteligente saiu da sua boca,” Aaron comentou.