Casada com Meu Irmão Postiço Bilionário - Capítulo 27

27: Seu Perfume Afetando Justin 27: Seu Perfume Afetando Justin Justin recebeu a ligação. Vendo o nome Senhor Ford piscar na tela, ele ergueu a mão para sinalizar que Noah ficasse quieto e atendeu.

“Senhor Ford,” Justin falou calmamente.

“Aiden, espero não estar te ligando em um mau momento,” a voz de Albert ressoou, soando ligeiramente preocupada.

“Não estou ocupado,” Justin respondeu, seu tom era educado, mas sem qualquer calor que sugerisse intimidade.

“Natalie está com você?”

“Não está.”

“Ah! Você viu as notícias sobre a Natalie?”

“Vi,” Justin confirmou.

“Não leve aquela notícia muito a sério, tá bom? Foi apenas uma simples discussão entre irmãs. Natalie não é o tipo de pessoa que estão fazendo ela parecer. Não a entenda mal, ok?”

“Não vou. Fique tranquilo,” Justin respondeu, sua voz firme.

Albert soltou um suspiro de alívio. “Bom. Não deixe ela sair hoje. Ligue para ela de volta e fique ao lado dela. Os problemas parecem encontrar um caminho até ela, mas eu acredito que você pode protegê-la. Estou certo?”

“Sim. Eu vou trazê-la de volta,” Justin lhe assegurou.

“Ótimo. Assim que eu estiver me sentindo um pouco melhor, visitarei os dois pessoalmente na casa de vocês.”

Houve um momento de silêncio da parte de Justin. A casa deles? O pensamento de ter que agir como o marido da sua meia-irmã de novo era perturbador. Se Júlia descobrisse sobre isso, sem dúvida ficaria enfurecida.

“Aiden?” o velho chamou, não obtendo resposta.

“Sim. Senhor Ford.”

“Então está bem. Deixo você cuidar da sua esposa.” Satisfeito, Albert desligou a chamada.

Justin se virou para Noah. “Onde exatamente ela está?”

“Indo para a delegacia,” Noah respondeu, já sabendo a quem Justin se referia.

Haviam apenas duas ‘Ela’ em sua vida – primeiro, havia sido Júlia, e agora, Natalie se tornara o acréscimo inesperado.

“Peça para nossas pessoas impedirem ela de ir a qualquer lugar e a mandem de volta para cá,” Justin ordenou, seu tom firme.

Noah podia ver que Justin também estava preocupado com ela, mas em vez de apontar isso, comentou, “Você parece ouvir o avô dela, Senhor Harper.”

“Aquele homem é quem cuidou da Natalie todos esses anos. Como família dela, eu deveria ser grato e respeitoso com ele,” Justin respondeu, e então se reconcentrou em seu trabalho. “Vá fazer o que eu disse.”

Noah deixou o escritório, e Justin, que tinha fingido trabalhar, se recostou na cadeira. Seus pensamentos se voltaram para Natalie. Até ver ela de volta, sã e salva, ele não se sentiria tranquilo.

—–
Quando Natalie estava a uma curta distância de chegar à delegacia, um carro parou bruscamente na frente do dela, forçando-a a bater no freio e causando um barulho estridente na estrada.

“Que diabos?” ela praguejou em voz baixa, a raiva se acendendo enquanto saía do carro para confrontar o idiota que procurava por sua morte.

Um homem alto e bem construído de terno saiu do SUV preto e caminhou em direção a ela.

“O que você acha que está fazendo?” ela gritou para ele, sua frustração evidente.

“Senhorita Ford, peço desculpas,” o homem disse, abaixando a cabeça educadamente, seu tom respeitoso. “Você estava dirigindo em alta velocidade e ignorou nossos sinais para parar, então tivemos que intervir.”

“Velocidade?” Natalie sabia que estava dirigindo mais rápido que o usual, impulsionada pela raiva com as notícias, mas… “Você não parece polícia de trânsito para mim, e certamente não é minha família para estar me dando lições sobre velocidade.”

“Senhorita Ford, Senhor Harper nos instruiu a parar você,” o homem explicou calmamente. “Ele disse que não há necessidade de você ir à delegacia hoje e que você deve voltar para o hotel.”

Natalie o encarou com um olhar gelado antes de perguntar, “Como vocês me alcançaram tão rápido? Estiveram me seguindo esse tempo todo?”

“É só para a sua segurança, Senhorita Ford,” o homem respondeu.

Natalie deu meia-volta com o carro e seguiu diretamente para o hotel onde Justin estava. “Até aquele homem da Xyros não tem permissão para me vigiar, mas você, Justin Harper—você me encontrou há apenas um dia e já ousou invadir minha privacidade? Não disse que eu ajudaria você a encontrar aquele homem? Você não confia em mim, é isso?”

O homem de terno já havia voltado para o seu carro e seguia de perto atrás dela. No caminho, ele informou a Noah que Natalie parecia estar indo para o hotel.

Ao chegar no hotel, Natalie foi diretamente para o elevador que levava à Suíte Presidencial. Lá, ela encontrou o homem familiar que já a havia escoltado até a suíte duas vezes antes, esperando por ela.

Dentro do elevador, o homem podia sentir claramente a raiva dela, perguntando-se o que essa mulher iria fazer com seu chefe.

Assim que ele digitou a senha e abriu a porta da suíte, ela entrou com passos largos, o rosto corado de raiva. “Justin Harper!” ela chamou.

A porta do escritório se abriu, e Justin saiu, apenas para ver Natalie furiosa. “Como você ousa me vigiar?” ela exigiu, seus olhos ardendo de raiva enquanto caminhava em direção a ele, quase como se pretendesse estrangulá-lo, mas mesmo antes de poder alcançá-lo—
“Ah…”

O pé dela enganchou na borda do tapete, e ela tropeçou para a frente, sendo pega por um par de braços fortes que a envolveu pela cintura.

Suas mãos agarraram instintivamente no que estava mais próximo, que aconteceu de ser a camisa dele. Seu corpo macio e delicado foi pressionado firmemente contra sua estrutura musculosa, e um cheiro refrescante dele envolveu seus sentidos.

Num instante, sua raiva foi substituída pelo pânico e constrangimento pela proximidade inesperada. Ela engoliu em seco e rapidamente tentou empurrá-lo para longe, mas a dor de seu tornozelo torcido a fez perder o equilíbrio mais uma vez, e novamente, ela se viu sustentada por aqueles braços fortes.

“Fique parada,” sua voz profunda e autoritária ecoou acima dela, e ela instintivamente obedeceu.

Seu corpo estava pressionado contra o dele, o rosto dela contra seu peito, e ela podia ouvir claramente seu coração forte batendo, como o som de um tambor, através de suas roupas ela podia sentir o calor ardente de suas palmas contra sua pele fria.

Seu coração saltou uma batida—essa era a primeira vez que ela estava tão perto de alguém dessa maneira. Embora ela tivesse ficado com Ivan pelos últimos dois anos, o máximo que fizeram foi se abraçar brevemente antes de se separarem, como um ritual onde ela nem conseguia sentir o calor de seu corpo.

Enquanto isso, sentindo o corpo esguio em seus braços que ele quase podia envolver com um só braço, as sobrancelhas delicadas de Justin se contraíram levemente. Ele percebeu o quão magra ela era, fazendo-o se perguntar se ela se alimentava adequadamente.

“Eu estou bem, eu acho,” ela tentou se afastar mais uma vez, esquecendo o motivo de estar ali.

Em resposta, Justin a levantou em seus braços com facilidade como se ela não pesasse nada e a carregou em direção ao sofá. Seu doce e único perfume envolveu seus sentidos, afetando-o de uma maneira que não deveria.

Suas sobrancelhas se franziram, enquanto ele mal podia esperar para manter distância. Ele não deveria sentir atração pelo perfume vindo da sua meia-irmã. Ele fez uma nota mental para pedir a ela que mudasse o perfume que estava usando—estava enviando sinais errados para seu corpo.