Casada com Meu Irmão Postiço Bilionário - Capítulo 126
- Home
- Casada com Meu Irmão Postiço Bilionário
- Capítulo 126 - 126 Elogio e Recompensa de um Marido 126 Elogio e Recompensa
126: Elogio e Recompensa de um Marido 126: Elogio e Recompensa de um Marido Justin ajustou o cobertor sobre Júlia e saiu do quarto com Natalie, fechando a porta suavemente atrás de si.
“Você está bem?” perguntou a ela.
“Hmm,” ela assentiu, mas ele já estava segurando a mão dela, inspecionando os pequenos cortes no dorso da palma — provavelmente causados quando eles estilhaçaram o vidro do carro. “Não parece para mim.”
“Não é nada,” Natalie tentou puxar sua mão de volta, mas Justin a segurou firmemente, seu olhar se tornou sério. Ela permaneceu calada enquanto ele a guiava até o quarto principal. Ele a fez sentar na cama, depois foi até a cômoda e tirou um kit de primeiros socorros.
“Como é que isso veio parar aqui…”
“Eu trouxe, sabendo que você tem o dom de se machucar o tempo todo,” ele respondeu, se sentando na cama ao lado dela.
Ele abriu o kit e fez sinal para que ela lhe desse a mão. Embora descontente com suas palavras, ela obedeceu. Justin começou a desinfetar cuidadosamente os pequenos arranhões, esperando que ela estremecesse com a ardência, mas Natalie permaneceu calma, como se não sentisse nada.
“A maioria das pessoas reagiria a essa ardência,” ele comentou.
“Eu cuido das minhas próprias feridas desde criança,” ela respondeu baixo.
Justin a olhou, mas não havia sentimento de dor em seus olhos, como se ela estivesse acostumada à solidão que sentia desde jovem.
Ele conhecia bem esse sentimento, já que tinha sido solitário por toda a vida e era assombrado por pesadelos estranhos.
“Era suportável? A solidão?” ele perguntou, concentrando-se em aplicar a pomada em cada arranhão gentil e cuidadosamente.
“Você se acostuma com o tempo… isso…” ela se interrompeu.
“…agora é estranho ter pessoas ao redor,” ele terminou o que ela não conseguiu colocar em palavras.
Natalie pôde apenas assentir silenciosamente, mas ele falou novamente. “Conheço muito bem esse sentimento.”
“Você também era solitário? Mas você tem uma avó tão boa – e talvez outros membros da família também.”
“Cada um tem suas próprias lutas,” ele respondeu.
Natalie observou sua expressão séria. Talvez fosse a primeira vez que estivessem discutindo algo tão pessoal.
Justin terminou de aplicar a pomada em sua mão. “Agora você tem a mim. Você não vai se sentir solitária nunca mais.”
Suas palavras tocaram seu coração. Ela queria lembrá-lo de que ele não era seu verdadeiro marido e que tudo isso acabaria eventualmente, mas não conseguiu se fazer falar. Em vez disso, um pensamento diferente lhe ocorreu.
“Me desculpe por esquecer nosso acordo e não ir à delegacia para registrar uma queixa. Amanhã eu vou—”
“Não precisa,” ele a interrompeu firmemente, seu olhar reconfortante. “Tenho maneiras mais confiáveis de lidar com isso. Você não precisa se preocupar.”
Seu olhar determinado silenciou suas perguntas, mas ela não pôde deixar de perguntar, “Depois que o encontrarmos, o que acontece a seguir?”
“Para ele não haverá um próximo,” Justin respondeu friamente, com um olhar e tom que lhe causaram arrepios.
“Precisamos saber por que ele fez isso,” ela insistiu suavemente.
“Nós vamos saber,” ele disse, e acrescentou, “Você está machucada em algum outro lugar?”
Natalie balançou a cabeça em negativa.
“Bom. Então só resta o seu elogio e sua recompensa.”
“Hã?”
Justin levantou-se, colocou a caixa de primeiros socorros de volta em seu lugar e disse, “Eu assisti ao vídeo do que você fez. Você disse ao seu ex que seu marido iria elogiá-la e até recompensá-la por isso.” Ele fechou a gaveta e se virou para olhar para ela.
O rosto de Natalie corou levemente com suas próprias palavras, envergonhada. Naquela situação, essas palavras haviam saído como um reflexo natural.
“Devo dizer, tudo o que você disse estava certo sobre mim. Estou surpreso em ver como você me conhece tão bem em tão pouco tempo,” ele acrescentou, voltando para perto dela.
“Eu… naquele momento…,” ela gaguejou, perdida por palavras.
Justin ficou na frente dela e gentilmente bateu em sua cabeça. “Você fez bem. É exatamente assim que você lida com pessoas desagradáveis. Se tivesse voltado sem uma resposta adequada, eu teria te mandado de volta para eles se vingar por Júlia e por você mesma. Fico feliz que você seja esperta o suficiente por conta própria para fazer isso já.”
Naquele momento, Natalie se sentiu como uma criança sendo instruída por um professor rigoroso — elogio misturado com uma pitada de ameaça. Ela se perguntou que tipo de homem ele realmente era. Seria ele verdadeiramente aquele sofisticado homem de negócios, ou havia algo muito mais perigoso por baixo da superfície?
Vendo-a olhar para ele em silêncio diante do seu elogio, como se o avaliasse, Justin sorriu de lado e se inclinou, seu rosto se aproximando do dela. Surpresa, Natalie instintivamente recuou enquanto estava sentada na cama.
Mas Justin não se moveu. Ele manteve o olhar nela com uma intensidade inabalável. “Então, minha esposa, o que você quer como recompensa do seu marido?”
‘Eu não sou sua esposa,’ ela queria gritar, mas foi ela quem o chamou assim na frente de Ivan. “Nada. Eu não fiz isso por recompensa alguma. Aquilo foi apenas uma maneira de—”
Antes dela terminar, um par de lábios quentes roçou gentilmente em sua testa, congelando-a no lugar. O resto de suas palavras morreu na garganta.
Após alguns momentos, Justin se afastou e olhou em seus olhos chocados. “Por agora, essa recompensa é suficiente. O resto… você vai receber mais tarde, quando fizer algo ainda mais louvável.”
Os olhos dela se arregalaram, e sua mente gritava silenciosamente, Resto? O que você quer dizer com ‘o resto’? Mas nenhuma palavra saiu de sua boca.
Justin se afastou, divertido com a reação dela. Um leve sorriso malicioso brincava em seus lábios enquanto ele mexia em seu cabelo, como se ela fosse uma criança.
Nesse momento, o telefone de Natalie tocou. Era Ella.
Natalie atendeu a chamada, apenas para ouvir a voz em pânico de Ella do outro lado. “Senhora Natalie, onde você esteve?”
“O que aconteceu?” Natalie respondeu, olhando a tela para ver várias chamadas perdidas de Ella. Ela estivera ocupada demais cuidando de Júlia para verificar o telefone.
“Já se passaram três horas e Victor está fazendo toda a equipe esperar pelo ensaio fotográfico. Ele diz que não vai tirar uma única foto até você aparecer,” Ella informou com urgência.
Natalie se sentiu completamente impotente. Ela sabia quão teimoso Victor poderia ser.
“Tudo bem, estarei aí logo,” disse Natalie, encerrando a chamada.
“Há algum problema?” Justin perguntou, com um olhar firme.
Natalie balançou a cabeça levemente. “Nada sério, mas preciso sair. Você pode ficar aqui com a Vó e trabalhar daqui mesmo?”
Justin assentiu em concordância, e Natalie se levantou para sair. Assim que ela se virou, Justin estendeu a mão e a segurou, fazendo-a parar e olhar para ele.
“O que foi?” ela perguntou.
“Quando você volta?”
“Provavelmente à noite.”
“Não demore muito,” ele disse antes de soltar a mão dela.
Natalie sentou no carro, finalmente inalou fundo pelo que ela estava segurando. Ela tocou sua testa onde os lábios de Justin tocaram sua pele. Ela ainda podia sentir aquela sensação estranha e aquele toque em sua pele.
‘O que ele quer dizer com aquilo e então ‘o resto’? Esse homem está ficando mais perigoso a cada dia que passa. É como se, a cada dia, eu conseguisse ver mais um lado dele e isso sempre faz meu coração disparar.’