1355: Arte Celestial Cósmica do Deus Demônio 1355: Arte Celestial Cósmica do Deus Demônio Bai Zemin dirigiu-se diretamente para a primeira porta. Em direção à sala que claramente pertencia, ou talvez ainda pertencesse, a uma garota.

Seus passos pararam a poucos centímetros da porta e seus olhos demoraram na placa de identificação por o que parecia ser uma eternidade. Embora aquele jovem imaturo e hesitante que ele costumava ser tivesse morrido no apocalipse para forjar a vontade de ferro que lhe permitia sobreviver a tantos perigos até hoje, Bai Zemin se encontrava hesitando se devia ou não abrir a porta.

No final, sua curiosidade bem como sua forte pulsação prevaleceram.

Ele simplesmente tinha que ver… embora no fundo dele houvesse uma voz dizendo para não fazer isso.

Finalmente, com um rangido suave, a rústica porta de madeira se abriu lentamente para trás.

Boom…

Bai Zemin sentiu como se uma bomba explodisse em sua cabeça enquanto ele ficava congelado, olhando para a cena à sua frente com olhos arregalados e pupilas dilatadas.

A sala além da porta de madeira era simples, mas por alguma estranha razão era o quarto mais luxuoso e bonito que Bai Zemin tinha visto em toda a sua vida. Nem mesmo os quartos no palácio real da Cidade do Herói eram tão bonitos quanto este.

O chão de madeira estava coberto com um tapete de veludo macio de um roxo profundo. A única janela por onde a luz das estrelas que iluminava o interior entrava estava levemente coberta por uma cortina de seda roxa semi-translúcida. A única cama de solteiro no centro da sala estava devidamente arrumada com lençóis roxos e o armário localizado no canto oposto era entalhado à mão usando madeira roxa.

A cor roxa nobre e elegante estava por toda parte em diferentes tons, e a bela luz pálida das estrelas só adicionava um encanto imortal à cena já bela.

A mente de Bai Zemin caiu em caos.

Eu… eu me lembro disso… Este quarto é dela…

Mas quem é ela…? Eu não me lembro… Eu sei, mas quando tento pensar nisso sinto que minha cabeça vai explodir… Eu…

Esta fragrância…

Bai Zemin caminhou com passos robóticos em direção ao guarda-roupa, e com mãos trêmulas abriu a porta mais próxima.

Vestidos. Muitos vestidos.

Vestidos de verão roxos, vestidos de inverno roxos, vestidos de princesa roxos, vestidos góticos roxos, vestidos elegantes roxos, vestidos dignos roxos…

Bai Zemin viu o que eram pelo menos 50 vestidos roxos feitos de tecidos diferentes, todos propriamente e cuidadosamente pendurados em ganchos dentro do guarda-roupa. Além disso, cada um desses vestidos era pequeno, então só uma garota com o corpo de uma menina de talvez 12 ou 13 anos poderia usá-los.

Sem perceber quando, suas pontas dos dedos tocaram gentilmente a borda de um dos vestidos e um conjunto de letras apareceu automaticamente em sua retina.

[Vestido Imortal Roxo da Fênix –
[Rank: 8]
[Defesa Física: 125.000]
[Defesa Mágica: 153.000]
…

Em tempos normais, Bai Zemin teria recuado chocado ao ver tal tesouro inestimável. Isso era particularmente verdade considerando que cada um dos vestidos era mais ou menos similar em termos de qualidade.

No entanto, sua expressão não mudou de forma alguma e seu coração não se comoveu nem um pouco.

Era como se ver roupas defensivas de nível 8 fosse algo normal e não nada incomum de se encontrar em qualquer lugar.

Com o rosto banhado em lágrimas, Bai Zemin gentilmente acariciou cada vestido por um longo tempo sem a menor intenção de levá-los para si.

Ele conhecia esses vestidos.

Ele certamente havia visto esses vestidos antes.

Bai Zemin até apostaria sua vida que conhecia a dona deste guarda-roupa.

Embora seu coração estivesse certo e doesse tanto, sua mente era apenas um turbilhão de confusão e caos.

Não importa o quanto ele tentasse, tudo o que Bai Zemin via era pura escuridão.

Não havia memórias tristes ou felizes, não havia nada.

Se houvesse um selo em suas memórias ou algo assim, isso seria aceitável para ele… Mas Bai Zemin não viu nenhum selo ou algo similar.

Foi então que ele de repente se lembrou das palavras que Sirius disse a ele naquela época quando se encontraram naquele mundo de escuridão.

“Eu limpei minhas próprias memórias…” Bai Zemin murmurou com uma expressão petrificada enquanto as lágrimas continuavam a cair sem impedimentos.

Sirius disse que Bai Zemin era alguém tão terrível que ele não tinha dúvidas quando apagou até mesmo o menor traço de suas memórias e sentimentos passados.

Memórias seladas podem ser liberadas.

Memórias quebradas podem ser reparadas.

Mas coisas que foram removidas, completamente apagadas, nunca podem ser recuperadas.

Porque algo que foi deletado sem deixar rastros nunca poderia ser retornado.

Bai Zemin não sabia se seu eu do passado considerou todas as possibilidades ao fazer o que fez, mas ele sabia que a menos que realmente não tivesse outra escolha, ele nunca faria algo como deletar suas memórias.

“Sentir esse vazio devorador de almas como um buraco negro é ainda mais aterrorizante do que sentir a explosão do corpo carnal cem vezes.” ele murmurou em voz baixa e depois saiu da sala com passos pesados.

Com um coração tão quieto quanto uma estátua de pedra, Bai Zemin abriu a porta do próximo quarto e observou calmamente o interior.

O quarto da pessoa cujas iniciais eram LLY era muito mais simples comparado ao quarto da pessoa chamada Luo Ningshuang. No entanto, Bai Zemin sentiu uma pressão sufocante apenas estando na entrada.

Se o quarto de Luo Ningshuang transmitia paz, elegância e nobreza; então o quarto de LLY não transmitia nenhum sentimento além de opressão.

Bai Zemin abriu o guarda-roupa e não se surpreendeu quando viu cerca de uma dúzia de túnicas e calças brancas puras. Além disso, todas essas roupas masculinas eram tesouros de nível 8, assim como os vestidos roxos no quarto ao lado.

Claro, todas as túnicas e calças eram pequenas, então apenas um garoto de 13 ou 14 anos poderia usá-las.

Ao contrário de quando ele ficou vários minutos no quarto roxo, Bai Zemin não sentiu nenhum apego especial a este lugar, embora sentisse muita familiaridade que tentava ignorar. No entanto, justo quando estava prestes a sair, algo aconteceu que o fez franzir a testa.

Seu sangue começou a correr pelas veias com a força de uma torrente e até lutava incontrolavelmente quando Bai Zemin ativava Manipulação de Sangue para acalmá-lo. Além disso, cada vez que ele dava um passo para fora do quarto, seu sangue rugia com maior intensidade como se estivesse gritando para ele não sair.

Virando a cabeça de volta para o interior do quarto, Bai Zemin olhou por cima do ombro enquanto sua mão estendida segurava firmemente a maçaneta da porta. Seus olhos vermelhos de chorar e suas pupilas cor de sangue olharam intensamente para a cama de pedra.

Não havia nada lá, mas por algum motivo Bai Zemin não conseguia tirar os olhos da cama de pedra branca.

De repente, um lampejo de relâmpago roxo chispou de seu corpo e disparou em direção à cama de pedra. Bai Zemin ficou atônito enquanto a cama de pedra explodia em milhares de pequenos pedaços. As pequenas pedras brancas voaram por toda parte, batendo nas paredes de madeira e no teto antes de caírem no chão com ruídos surdos.

Suas pupilas se contraíram ao tamanho de agulhas enquanto um pergaminho tão preto quanto a capa da noite flutuava silenciosamente onde a cama de pedra costumava estar.

Sem saber por que ou de onde essas palavras vieram, Bai Zemin murmurou com olhos arregalados em um tom de voz que só ele podia ouvir.

“Arte Celestial Cósmica do Deus