Capítulo 931: Seguindo os Sinais

Eles olharam para a placa de madeira com dois conjuntos de idiomas. Um estava na língua franca terrana e o outro era desconhecido.

Atlas estreitou os olhos. “É a língua dos aborígenes?” ele perguntou. Eles podiam falar e entender a língua, mas ainda não tinham encontrado a versão escrita.

O comentário dele fez todos congelarem, olhando desconfiadamente para a placa. “É uma armadilha?!”

Atlas balançou a cabeça, pensando que não fazia muito sentido. Juno não tinha aborígenes, então ele não sabia muito sobre isso. Ao mesmo tempo, ele se perguntava por que alguém se daria ao trabalho de fazer isso?

Mesmo que fosse uma armadilha… para onde mais eles iriam? Eles simplesmente iriam na direção oposta apenas por causa dessa suspeita?

No final, eles simplesmente estudaram o que podiam entender ou seja. A própria placa, e o texto em língua franca Terrana.

Ela estava cortada na forma de uma seta apontando em uma direção. [Caminho por aqui] dizia, levando para algum lugar mais profundo na floresta.

O desconhecido sempre foi perturbador. Obviamente, eles haviam viajado pela floresta por um tempo agora, mas com um sinal súbito de civilização no meio do nada, de alguma forma eles se sentiram ainda mais tensos.

Então… seguir ou não seguir?

“Acho que ainda devemos dar uma olhada,” Atlas disse depois de um tempo. Era melhor do que vagar sem rumo.

Eles tinham conseguido água dos frutos gouji que encontraram e tiraram carne de alguns monstros que derrotaram para saciar sua fome.

No entanto, eles nunca poderiam ficar em um lugar por um tempo prolongado, e estar em fuga por tanto tempo estava sendo muito cansativo. Seus corpos estavam prestes a ceder agora.

Na verdade, eles duraram tanto tempo apenas porque, por algum motivo, as hordas tinham… diminuído?

Isso os deixou tanto aliviados quanto preocupados. Normalmente, não estar perto de um assentamento os faria encontrar mais bestas? Como é que havia menos?

No entanto, a seta apontava para uma área que eles ainda não haviam explorado, e só podiam esperar não ter feito a escolha errada.

Após seguir o caminho por algum tempo, a algumas centenas de metros de distância, eles encontrariam uma sinalização semelhante, e a seguiriam, e assim por diante.

Eventualmente, eles encontraram uma placa no chão. Era também em forma de seta – mas não estava mais presa em uma árvore, provavelmente derrubada por uma horda ou algo assim.

Eles pausaram, encarando-a por um tempo.

“Obviamente, caiu, ainda é seguro seguir?” Laos, um homem de meia-idade de sua equipe, murmurou. Se foi derrubada, e se agora estivesse apontando na direção errada?

O jovem ao lado dele, Shawn, olhou para ele. “Para qual direção iríamos então?”

“…”

Era verdade. Eles já haviam chegado tão longe, e não era como se soubessem para onde ir. Pelo menos, graças ao mapa do Sistema, eles não tinham que se preocupar em andar em círculos.

Eles andaram e andaram e, em algum momento, perceberam que fazia um tempo desde que encontraram uma horda grande da qual tiveram que fugir. Era sempre em pequenos grupos e, graças a Atlas, eles pelo menos conseguiam lidar com esses sem perder outra pessoa.

Eles… não sabiam o que pensar, realmente. Deveriam estar felizes? Ou deveriam temer??

Após alguns cem metros, Atlas de repente parou de andar. “Espere…” ele disse, e olhou ao redor.

Os outros ficaram confusos no início até que perceberam… eles estavam em um caminho!

Era pelo menos 3 metros de largura… com pedras planas no chão. Eles estavam organizados de maneira ordenada, então eles sabiam que era feito pelo homem.

“O quê…”

Seus corações batiam rápido, e eles avançavam com energia renovada, correndo rápido até encontrarem um poste robusto com várias placas!

Estava localizado em uma bifurcação importante na estrada, mostrando para onde cada caminho levava.

Apontando para o Oeste e Sudoeste – de onde eles vieram – havia duas placas.

[Montanhas de Ferro, 88 Quilômetros]

[Vale Calizo, 20 quilômetros]

Então apontando para o Norte, havia duas placas.

[Vila Alterra, 56 quilômetros]

[Terrenos de Acampamento, 35 quilômetros]

E finalmente, apontando para o Leste, [Aldeia Brilhante, 10 quilômetros]

“É realmente específico…” Shawn comentou, embora estivesse principalmente impressionado.

“Então provavelmente estamos em uma área aborígine agora, certo?” Shawn disse. Afinal, não havia como os terranos serem tão conectados assim, muito menos ter recursos para criar caminhos com mais de cem quilômetros no total. “Estou meio assustado.”

As interações que tinham com os aborígenes… eram horríveis. Todas marcadas pelo sofrimento. E agora… eles poderiam estar indo para territórios cheios deles!

“Mas… mesmo que fossem aborígenes… eles realmente se dariam ao trabalho de fazer placas tão úteis?”

Tim engoliu em seco, com as sobrancelhas franzidas, mas seu coração batia com esperança. “Certamente, ninguém se daria ao trabalho de fazer isso apenas para armar armadilhas para refugiados?”

Todos concordaram. Neste ponto, mesmo que fosse uma armadilha, eles estariam dispostos a ir lá!

Um lugar que poderia pagar para passar por todo esse trabalho provavelmente era um bem próspero!

Claro, havia muitos perigos em estar em um território aborígene, mas pelo menos os territórios seriam gerenciados melhor. Afinal, aquelas pessoas viviam aqui, ao contrário dos terranos que foram jogados em um mundo completamente novo!

Então, eles seguiram a placa – optando por ir ao território mais próximo, Bright – por mais algumas horas.

Infelizmente, nem tudo poderia ser tranquilo por muito tempo, pelo menos não para eles.

Em algum momento, eles encontraram uma horda um pouco maior. Seus corações caíram, sabendo que não havia como lidar com isso sozinhos.

“Outra horda!” Atlas gritou. “Corram por aqui!”

Ele correu na direção do caminho, jogando qualquer carne que tivesse em estoque no seu espaço na tentativa de distraí-los. Os outros seguiram seus movimentos, e isso realmente salvou uma ou duas vidas de serem pegas ali mesmo.

Eles correram na direção que as hordas estavam indo. O território estava nessa direção, e a chance de sobreviver era chegar lá antes que as hordas alcançassem!

“Corram! Usem toda a sua força se precisar!!”

Eles ofegaram e correram o melhor que puderam e logo viram um muro de cerca de 3 metros de altura!!

“Muros!”

“Chegamos!!!” alguém gritou, mas pausou quando ouviu o estrondo atrás deles se aproximando. Seus corações batiam rápido, temendo que não fossem rápidos o suficiente para alcançar a segurança dos muros antes que as hordas os alcançassem!

Neste ponto, eles estavam chorando, apenas orando em seus corações para por favor, por favor, por favor, deixá-los chegar a tempo!

Tilda corria mais rápido do que qualquer pessoa e também não tinha escrúpulos em empurrar outro sobrevivente para trás para ganhar mais tempo.

Squelch!

Quando ouviram o som familiar de carne sendo rasgada e ossos sendo esmagados, eles sentiram que a horda estava realmente em seus calcanhares!

Hana não pôde deixar de olhar para trás um pouco e seu coração quase parou quando ela percebeu que os monstros estavam a apenas alguns metros deles. Porque ela virou, sua visão periférica pegou movimentos do seu lado, e ela ofegou quando um monstro saiu de lá!

Timmy estava segurando a mão dela e corria na borda do grupo, tornando-o o alvo principal do monstro.

“Timmy! Cuidado!”

O coração dela apertou e ela tentou usar sua força limitada para puxá-lo em sua direção. No entanto, era tarde demais, as mandíbulas do monstro estavam muito próximas.

Não apenas de Timmy, mas pelo movimento dele, ela podia ver que ele a estava capturando em sua boca também!

“Kyaaaaa!!”

Tim envolveu seus braços ao redor dela em uma tentativa vã de protegê-la.

Whoosh!

Squelch!

Eles ofegaram quando uma flecha atravessou o crânio do monstro, percebendo que era da sentinela!

Hana – que estava surpreendentemente lúcida – continuou a puxá-lo, e eles correram em direção aos muros juntos e de mãos dadas.

Eles olharam para o muro de 3 metros e o número de sentinelas que podiam ver do lado deles, abatendo os monstros que entravam em seu alcance um por um!

Todos eles choraram, indo direto para o portão. Seus joelhos dobraram e seus corpos inteiros caíram – com um baque no chão – no momento em que chegaram ao limite.

[Bem-vindo ao Território Brilhante (Nv3)!]