Capítulo 920: Mudança de Planos

Todas essas notícias chegaram ao grupo líder, que estava em sua maioria divertido e emocionado.

Depois da tristeza inicial, Winona não parecia mais se importar com o que acontecia. De qualquer forma, era apenas uma detenção menor.

A velha senhora também estava sozinha em sua pequena cela, além disso. Winona ainda enviava comida e bebida, então ela não sofria de fato. Não que a velha senhora — que só via a humilhação — fosse agradecida, claro.

Se ela causasse uma cena de novo, então eles a colocariam de volta lá dentro.

Eles deixaram isso de lado e apenas ouviam as atualizações sobre os preparativos do casamento.

O casal, que se casou duas vezes, estava atualmente sentado um ao lado do outro à mesa de jantar, ouvindo as discussões.

Mas tinha que ser notado que Garan estava particularmente grudado em Althea hoje. Eles se sentaram juntos com um bebê de cada lado, mas Garan frequentemente se inclinava e lhe dava um beijo na bochecha do nada, fazendo todos corarem.

Ela olhou para ele, notando suas olheiras. “O que está acontecendo?” Ele não dormiu nada na noite passada?

“Você também teve dificuldades durante sua gravidez?”

As sobrancelhas dela se ergueram e ela se virou para Ansel, que deu de ombros indicando inocência.

Isso foi suficiente para ela deduzir o que provavelmente aconteceu.

Os olhos dela suavizaram enquanto voltava seu olhar para o marido, cujas sobrancelhas estavam franzidas com preocupação e culpa. Ela beijou sua bochecha, sorrindo. “Eu estava bem. Eu tinha a Babá, eu tinha Ansel, eu tinha Winona e eu tinha os bebês.

“Eu estava em boas mãos,” ela disse, e ele suspirou, segurando sua mão macia.

“Não consigo imaginar. Como foi para você pensar que eu estava morto.”

Ela levantou sua mão livre para tocar sua bochecha. “Estou feliz que você não soube da minha gravidez. Você poderia ter se distraído demais para voltar para nós são e salvo.”

Os ombros dele se abaixaram, os olhos olhando profundamente nos dela. “Esposa…” ele disse, e ela o encarou de volta, olhos esmeralda cheios de compreensão.

Os dois entraram em seu mundo e os outros só agradeceram por eles não começarem a se beijar ali mesmo.

“Hum,” Harold disse, olhando para Winona, apontando para o menu escrito para o casamento. “Você viu o menu? Tem algo que você quer mudar?”

Winona olhou e acenou com a cabeça, “Isso me parece muito bom. Obrigada.”

Sheila olhou curiosamente para a lista, também acenando em aprovação. Ela também achou o menu muito bem elaborado.

Vendo-a assim, Harold a olhou, vestindo um sorriso astuto. “Quando você está planejando fazer seu casamento?”

Winona olhou para Sheila, “Oh, certo!”

Sheila ficou corada. “Oh não, eu… eu não…”

Todos olharam para ela e para seu rosto que estava vermelho como uma fruta de goji. “Mas você realmente quer?” Althea perguntou. “Se casar com o Águia, quer dizer.”

Sheila mordeu os lábios, e acenou timidamente.

Winona as observava, um pensamento surgindo em sua mente. “E que tal fazermos um Casamento Coletivo então?”

Isso fez todos se virarem para ela.

“O quê?” Sheila perguntou, olhando para a loira.

Vendo-a surpresa, Winona pensou que falou cedo demais. “A menos que você queira um casamento solo, claro—”

“Não, não é isso. Quero dizer…” Sheila interrompeu para se explicar. “Eu gostaria de me casar logo também.”

Depois de ver Victor e Juni assim todos os dias, ficou lembrando que a vida é tão fugaz. Ela deveria apenas fazer o que quer. Ela ainda acreditava em seus instintos, de qualquer forma. Ela sentia que não se arrependeria.

“Então está decidido!” Winona disse, batendo as palmas das mãos. “Vamos fazer um Casamento Coletivo!”

O time olhou para ela, imaginando se era outro daqueles humores de gravidez que poderiam mudar a qualquer momento.

“Você tem certeza?” Althea perguntou, só para confirmar. Afinal, o dia do casamento é especialmente especial para uma mulher. “Não estamos com falta de recursos ou algo do tipo, sabe.”

“Tenho certeza, não se preocupe,” ela disse. “Casamentos coletivos podem criar um senso especial de camaradagem. E… eu não acho que eu posso ter um casamento íntimo com minha avó e aquela família por perto.”

Eles se olharam. Fazia sentido. Embora estivessem presos, ter um casamento solo e solene realmente pareceria um pouco estranho sem alguns membros da família.

O ombro de Winona caiu um pouco e ela olhou para todos com embaraço. Ela naturalmente sabia que mudar planos nessa altura do campeonato era inconveniente para todos.

“Eu… também deve haver vários amantes que querem se casar mas ainda não tiveram os recursos para isso,” ela disse. “Eu quero ajudá-los a encontrá-lo…”

Então, ela olhou para Ansel. “Só se você concordar, claro. É o seu casamento também.”

Ansel sorriu e beijou o lado de sua cabeça. “O que a esposa diz.”

Com isso, chamaram o Águia, que estava treinando no Quartel naquele momento. Ele estava suado mas não podia esperar para vir e apareceu como estava.

Quando descobriu do que se tratava, seu rosto parecia ter recebido mil choques de felicidade.

“Nós vamos realmente nos casar?” ele perguntou à sua noiva, como um grande cachorro empolgado com um braço.

Sheila corou desviando o olhar. “Você que pediu, então…”

“Sim, sim é claro!”

“É um Casamento Coletivo, porém.”

“Sem problemas, sem problemas,” ele disse, sussurrando. “Sheila vai se casar comigo…”

Ele achou que estava sussurrando, mas estava alto o suficiente para todos ouvirem.

Sheila cobriu o rosto de vergonha enquanto os outros sorriam.

Qualquer um com olhos poderia dizer que eles seriam um casal muito feliz.

…

Mais tarde naquele dia, após algumas discussões, outro anúncio ecoou pelo território.

[100º dia após A Migração ter passado e, embora seja tarde, ainda esperamos celebrar como uma comunidade!]

[Um Casamento Coletivo patrocinado pelo território será realizado em 2 dias. Qualquer um que desejar participar pode se registrar no centro do território.]

[Vestidos de Noiva e Ternos estarão disponíveis para aluguel nas Lojas de Roupas do Território]

[A cerimônia é completamente gratuita, mas os convidados de cada par são limitados a 10 pessoas.]

[Feliz (Atrasado) 100º Dia, todos!]