Capítulo 917: Uma Pequena Briga

“Grávida?” O casal falou simultaneamente, virando um para o outro com os olhos arregalados.

“GRÁVIDA!!” Ansel gritou, imediatamente a levantando em celebração.

A loira soltou um gritinho de surpresa, envolvendo os braços ao redor da cabeça dele por instinto, fazendo o rosto de Ansel se espremer em seu peito farto. No entanto, ele estava feliz demais naquele momento para fazer qualquer insinuação.

Winona também estava com lágrimas de felicidade, mas não pôde deixar de puxar o cabelo de Ansel. “Idiota, tenha cuidado.”

“Oh, certo, certo, certo”, ele disse, colocando-a suavemente no chão. Ele a envolveu em seus braços assim que os pés dela tocaram o chão. Continuou abraçando-a, recusando-se a soltá-la.

Winona piscou e seus olhos se encheram de lágrimas. Ela envolveu os braços em torno do torso dele, sentindo também o seu calor.

Althea olhou para os dois com o coração cheio, sorrindo. “Bem, devemos começar a preparar aquele casamento tão esperado.”

…

Winona começou a mostrar alguns surtos emocionais nos últimos dias, mas agora eles sabiam que era devido à gravidez dela.

Isso ficou muito claro mais tarde na noite em que descobriram a notícia.

“Você está grávida… você está grávida…” Ansel cantarolava, rindo como um idiota, enquanto distribuía vários beijos castos por todo o rosto de Winona.

Winona riu e aproveitou a atenção. No começo, foi bem saudável, com Ansel provocando sua amada com seus lábios, embora logo tenha se tornado mais quente quando a mão de Ansel começou a explorar novamente a pele macia dela.

Winona gemeu sob o carinho dele, com os lábios de Ansel nos dela, devorando todos os deliciosos sons que ela emitia.

As mãos dele tocaram as pernas dela enquanto as abria amplamente, suas palmas quentes acariciando sensualmente até alcançarem as sensíveis coxas internas dela.

A mão dele apertou sua maciez, amando a sensação.

“Ahh, não é à toa que suas coxas estão ainda mais cheinhas e gostosas de tocar agora”, disse ele, com a voz rouca de desejo. Ele estava completamente flertando quando disse isso, mas percebeu que ela se enrijecia.

Confuso, ele levantou a cabeça para olhá-la, chocado ao ver seu rosto choroso. “Você está me chamando de gorda e feia?”

Ansel piscou. Quando ele disse isso?!

Tap!

“Idiota!”

Ansel nem sentiu a ardência. Ele só pôde ficar boquiaberto enquanto Winona deslizava para a borda da cama, com a intenção de se afastar dele. “O-Oi!”

Ela se levantou e se soltou bruscamente quando ele tentou agarrá-la. Seu coração parou quando ela quase bateu numa mesa, mas felizmente ela não bateu.

Ansel tinha medo que agarrá-la com força fizesse ela reagir mais e se machucar. No final, ele só pôde segui-la desamparado.

Ele se desculpou incessantemente — o que era muito, porque ele nem sabia o que tinha feito!

Era só que ele ficava cada vez mais pálido e então completamente azul quando ele viu para onde ela estava indo!

O quarto de Althea!

Acontece que, nesse momento, Althea e Garan estavam prestes a fazer suas ‘atividades noturnas’. A chegada de Winona veio bem a tempo de deixar Garan com um dos maiores bloqueios de todos os tempos.

No entanto, Winona não conseguia perceber o frio que cercava Garan e apenas chorava, inconsolável, murmurando algo como ‘homens são idiotas, eles trairiam se eu estivesse gorda? Idiotas.’

Ansel contou toda a história, mas Althea conhecia muito bem os surtos emocionais que vinham com a gravidez.

Althea teve que acolher sua amiga durante a noite e Garan não teve escolha senão dormir em um quarto diferente.

Claro, ele não foi direto para lá porque arrastou Ansel para o quartel para um ‘aquecimento’ no meio da noite.

BANG!

ESTRAGO!

“Ai! Droga!” o ruivo gemeu, mas tentou se equilibrar, avançando para retaliar. Sem sucesso, surpreendentemente.

Quando Ansel foi derrubado pela enésima vez, ele gemeu de irritação e suas mãos se iluminaram com fogo. Quem se importava se Garan não estava usando seu elemento? Era para equilibrar as coisas!

Agora que ele pensava nisso, ele não tinha conseguido praticar muito porque sentia que o calor o mataria. Mas agora, não havia tal coisa.

Ansel avançou em direção ao seu irmão nominal, usando muitas das técnicas que conhecia contra ele.

Suas mãos explodiram e ele desferiu soco após soco no homem de cabelos ébanos. Ele usou o fogo criado para ampliar sua área de efeito, estendendo seu alcance.

Garan, no entanto, sempre pegava seus ataques, redirecionando-os para algum lugar com um punho, uma palma ou um cotovelo.

Embora Garan não o insultasse muito (obviamente, sua técnica tinha sido aprimorada após todo esse tempo), seus golpes eram tão duros quanto nunca.

Ansel gritou quando pousou de costas novamente. Ele fez uma cambalhota e já estava de pé no momento seguinte, não pausando nem um pouco enquanto corria em direção ao seu irmão.

Ansel intensificou seus ataques, lançando-os mais rápido e mais intensamente, verdadeiramente querendo acertar.

No entanto, em algum momento, Garan de repente se desviou para o lado e pegou seu cotovelo novamente, mas desta vez ele dobrou para que seu punho flamejante fosse direto para seu corpo!

Era uma de suas camisas favoritas!

Usuários de fogo ainda podiam queimar suas roupas, então ele não teve escolha senão apagar o fogo.

No momento em que ele fez isso, as grandes palmas de Garan encontraram seu rosto e ele foi jogado para trás novamente.

“Droga!!” ele gritou, batendo no solo ao lado dele com raiva.

Ele estava ofegante, exausto, e não sentia vontade de se levantar novamente apenas para receber outra surra.

Ele nem olhou quando ouviu os passos de Garan se aproximando dele. “Fogo é forte,” ele disse, aquela voz barítona dele ecoando no campo de treinamento vazio. “Mas é uma espada de dois gumes.”

Todos os elementos podiam afetar seus usuários. Até ele. Se ele fosse menos habilidoso e envolvesse suas mãos com gelo sem controlá-lo bem, ainda poderia ter uma queimadura fria.

O que ele fez foi criar um vapor que isolava suas mãos, mas criar gelo e ar ou névoa congelados ao mesmo tempo era uma técnica extremamente delicada que nem todos podiam fazer.

De qualquer forma, essa era mais uma dura lição de realidade de Garan para Ansel, e o ruivo—apesar do corpo dolorido e ser o alvo dos óbvios desabafos injustos de Garan—foi iluminado para a próxima direção de seu treinamento.

Claro, outra era construir roupas à prova de fogo que não eram impossíveis para sua equipe.

Com isso, Ansel se levantou novamente e foi para outra rodada… que, é claro, acabou com a derrota de Ansel.

Bang!

Ansel foi jogado a alguns metros de distância e foi aqui que Ansel finalmente desistiu.

“Vergonha fazer sua mulher chorar,” ele disse, antes de se preparar para finalmente voltar para casa.

Ao vê-lo tão julgador, Ansel se sentiu muito injustiçado. “Eu não disse nada de errado! É só a gravidez dela! Até Althea não estava menos emocional!”

Isso fez Garan pausar e olhar para ele. “O quê?”

“A gravidez de Althea não foi fácil, sabe! E você tinha que estar em uma missão naquela época!” Ansel gritou, de repente se sentindo como se quisesse desabafar. “E então você—”

Desapareceu.

O frio ao redor de Garan mudou um pouco e seus ombros caíram enquanto ele caminhava em direção a Ansel, puxando-o com uma mão.

“Me conte mais.”