Após Sobreviver ao Apocalipse, Construí uma Cidade em Outro Mundo - Capítulo 80

80: Novo Vizinho 80: Novo Vizinho Alguns minutos se passaram e o Barão e os outros puderam apenas observar os arredores enquanto esperavam.

“Aquilo são… videiras, certo?” Ângelo disse, apontando para a cerca de pedra. Eles se viraram para olhar a cerca de dois metros de altura e os brotos que já estavam se arrastando para cima. Já havia alcançado cerca de meio metro da cerca.

“Eles definitivamente chegaram aqui muito antes de nós, pelo menos um dia inteiro.” Jesse analisou, “Nós poderíamos conseguir informações com eles.”

Barão deu um risinho, estufando o peito. “Claro que podemos! Mas, como boa vontade, também devemos dar presentes!”

A conversa foi interrompida quando o homem de antes saiu da casa e abriu o portão. “Entrem.” Ele disse, “Mas nós não vamos cobrar tanto, não se preocupe.

“Meu nome é Harold, a propósito.” Ele disse, conversando enquanto caminhavam pela estrada pavimentada até a porta principal.

“Prazer em conhecê-lo, Harold.” Barão disse um tanto distraído. Ele olhou para a estrada pavimentada e a provisão óbvia para um futuro jardim.

Ele pôde confirmar que essa equipe estava aqui bem mais cedo do que eles. O fato de que eles também podiam planejar o design da casa dizia muito sobre suas personalidades e habilidades.

Afinal, mostrava uma incrível força mental já estar pensando no estilo de vida após tudo que havia acontecido. “Vocês também chegaram ontem?”

“Sim. Fomos atraídos pelos fogos de artifício.” Harold contou sem hesitar. “Mas tivemos sorte que estávamos muito perto da fonte. Levou menos de uma hora para encontrar a muralha.”

“Que sorte!” Barão disse, “Vocês encontraram muitas pessoas?”

“Bem.” Harold assentiu. Embora eles tenham se movido principalmente ao longo do Portão Leste, ele sabia que havia muito mais pessoas no lado Sudoeste, então ele ainda podia dizer isso com confiança.

“Há arranjos de habitação mais densos no outro portão pelo qual entramos.”

“Oh?”

“Sim. Dormitórios, eu acredito.”

Barão olhou para seus companheiros com as sobrancelhas erguidas. “Interessante,” Ele disse, sem dúvida planejando visitar esses Dormitórios mencionados muito em breve.

Foi nesse momento que eles chegaram à porta e entraram na casa.

Eles viram um grupo de pessoas atraentes em volta de uma panela elétrica, que estava exalando o cheiro mais maravilhoso.

Os olhos dos meninos ficaram na panela, enquanto o olhar de Barão foi imediatamente para a encantadora Sheila, que estava alimentando um adorável menino de pele cor de mocha.

Então ele se fixou em outra criança—uma menina—e parecia também ter uma mulher grávida. Ele não conseguiu ver imediatamente, pois ela estava de costas para a porta.

Essa composição… o surpreendeu tanto.

Essa equipe era realmente algo extraordinário por conseguir proteger tais pessoas convencionalmente consideradas como ‘peso morto’. Mais do que qualquer coisa, isso exigia muita habilidade e recursos.

Não é à toa que eles tinham energia para resgatá-los.

“Olá, Senhorita Sheila!” Ele exclamou, sentando-se ao lado da mulher, que se assustou com sua voz estrondosa.

Ele pigarreou e tentou ser gentil, fazendo seus dois companheiros engasgarem com a própria saliva.

Ele lançou um olhar feroz para eles antes de seu rosto irritado se metamorfosear em gentileza, voltado para a mulher de seus sonhos.

“Eu gostaria de dar um pequeno presente aos meus salvadores.” Ele disse, manifestando mais 50 ouros.

A garota o encarou mas não pegou.

“Por favor. Isso é o que toda a minha equipe juntou. Tínhamos que expressar nossa gratidão de alguma forma. Vocês salvaram nossas vidas.”

Ele parecia muito sincero (e era!) e Sheila não teve escolha senão aceitar sua gratidão. “Bem, está certo, eu usarei isso para a equipe.” Ela disse e Harold assentiu.

“Eu também.”

Tendo o tato de não discutir a noite passada novamente por um curto período, eles se sentaram no espaço livre que lhes foi dado em volta da panela.

Eles ficaram boquiabertos enquanto Harold tirava mais alguns pacotes de macarrão instantâneo de seu espaço.

“É incrível! Vocês ainda têm tanto?” Jesse exclamou, os olhos brilhando de fome. Harold instintivamente recuou para manter seu espaço pessoal.

“Está tudo certo. Quando chegamos aqui, comemos principalmente materiais locais.”

Barão, apesar dos olhares constantes de enamorado que enviava a Sheila, ainda estava atento o suficiente para ouvir informações importantes. “Materiais locais? Como carne de monstro e plantas?”

“Sim.”

Jesse fez uma careta, parecendo lembrar de algo no passado recente, “As carnes de monstro são tão duras e azedas!”

“Eu tenho uma panela de pressão.” Harold disse com um encolher de ombros, e não pôde deixar de acrescentar: “Ela é alimentada por energia solar.”

“Caramba– o quê? Por quê?” Quem levaria uma panela de pressão durante o apocalipse?!

“Eu sou fã de cozinhar.” Harold disse, como se fosse óbvio.

O grupo o olhou estranhamente. Seria este o lendário cozinheiro hardcore é hardcore? E mais importante—
“E como vocês sabem qual planta é venenosa?” Barão perguntou. Quantos de seus companheiros iniciais caíram por comer algo duvidoso, ele não conseguia contar.

Harold sorriu orgulhoso e virou a cabeça em uma direção. “A Chefe aqui é especialista em plantas.”

Os homens seguiram seu olhar e congelaram, boquiabertos com a beleza. Althea estava de costas para eles, então eles não puderam vê-la claramente.

Vendo-os olhando idiotamente, Harold franziu a testa. “Que falta de educação.”

Os homens foram tirados de seu transe e olharam para Harold e Althea com olhares ansiosos.

“Podem… nos ensinar?” Barão pausou. “A determinar quais plantas podem ser comidas, isso é.”

Quantas pessoas eles viram morrer por comer a coisa errada, e como eles passaram fome porque não ousavam comer aleatoriamente…
Althea olhou para eles com interesse. De fato, dentro do território, nenhum item intrinsecamente venenoso permaneceu.

Por magia, quando o território foi construído todas essas plantas foram movidas para fora do território (o que também significava que haveria mais plantas venenosas por metro quadrado logo fora do território do que era antes).

Althea sorriu, dando tapinhas em sua barriga, ela concordou com um aceno de cabeça. “Bem, dentro do território eu posso mostrar quais são comestíveis. Eu os mostrarei quando tiver tempo.”

De qualquer forma, os residentes seriam autorizados a pegar uma certa quantidade de recursos por pessoa, o suficiente para sobreviver.

Isso fez seus olhos brilharem e eles a olharam como uma deusa. Eles não tiraram o olhar até o irresistível visual e aroma da comida ir diretamente para debaixo de seus narizes.

Harold não queria que a Chefe Althea se sentisse desconfortável com os olhares de estranhos, então ele apressadamente entregou as tigelas de macarrão instantâneo para os três recém-chegados.

Olhando para a iguaria, seus estômagos roncavam de ganância.

“AHHHH! FINALMENTE!”

Ninguém mais falou depois disso, e todos comeram até se saciarem.

Ela lucrou um total de 30 moedas de ouro com esta refeição sozinha.

Althea deu uma risada. A galinha dos ovos de ouro, mesmo.