Após Sobreviver ao Apocalipse, Construí uma Cidade em Outro Mundo - Capítulo 53

53: Pequena Ajuda 53: Pequena Ajuda “E se acrescentássemos outras frutas?” Um dos comensais questionou em voz alta, e seu companheiro balançou a cabeça negativamente.

“Aí o custo seria ainda mais caro. A Fruta Gouji ainda é a mais prática.” 
A Fruta Gouji (Lv1) era a fruta mais comum da área. Basicamente, pelo menos 50% de todas as árvores frutíferas eram de Fruta Gouji. 
O sabor era bastante decente, como uma pequena pera menos adocicada e sem o caroço. 
Comer algumas seria o suficiente por alguns dias e uma pessoa não morreria de fome. 
Claro que, apenas isso não era suficiente para atender à metade dos padrões de vida que eles costumavam ter. 
No final, ela balançou a cabeça, deixando o problema para outro dia. 
Hoje ela estava determinada a encontrar um lugar para estabelecer seu território, então ela havia feito preparativos amplos. Por um lado, o espaço de Fufi estava cheio de comida cozida. 
Não era que ela tivesse pedido por isso. Aconteceu que quando Harold e os outros descobriram que Fufi tinha seu próprio espaço, eles estavam determinados a dar a ela todo o conforto possível nessa viagem.

No entanto, antes que eles pudessem chegar ao portão, alguém com um megafone anunciou algumas notícias, exigindo que todos fossem para a Praça (que era basicamente um espaço aberto de caminho pedregoso localizado em frente ao Castelo do Senhor). 
Todos devem comparecer, dizia o anúncio, ou seriam colocados na lista negra. 
Porque os outros ainda tinham que ficar na vila por mais algum tempo, Althea e seu grupo não tiveram escolha a não ser seguir a multidão.

Eles tomaram uma posição discreta quase escondida pelos edifícios ao lado da praça, apenas observando a agitação na praça com interesse desapegado. 
“Recebi uma missão do sistema!” Bobby King disse com um tom imitando um certo político. Althea pôde perceber que o que ele ia dizer em seguida era pura baboseira. 
“Uma é coletar mil unidades de madeira e pedra. E a outra é aumentar os residentes!”

“Isto é, todos devem se registrar como residentes! Temporários ou não, ou serão expulsos.”

Murmúrios explodiram ao redor, até Althea se viu franzindo a testa. O custo da residência temporária era de 1 ouro, com validade de um mês. Para ela não era nada, mas para muitos outros era pelo menos metade de suas economias. 
O que esse cara estava planejando dessa vez?

Naturalmente, queixas da multidão explodiram, algumas eram furtivas enquanto outras eram francas, e cada decibel ouvido irritava Bobby até o limite. 
“Não pense que encontrará outro território antes dos monstros lhe despedaçarem!” 
Isso acalmou a covarde multidão. Bobby sorriu, satisfeito com o efeito, e lançou a isca. 
“Se fizermos o que o sistema instruiu, teremos muros mais fortes!” 
“A partir de então, o território ficará cada vez melhor. E o que isso significa? Cada um dos residentes também estará melhor!” 
Ele encarou cada residente para dar ênfase, como se estivesse olhando cada um deles pessoalmente, desafiando-os a discordar. 
Essa era uma ‘jogada de poder’ ensinada por sua personalidade de TV favorita. Ele achava que estava muito charmoso ao aplicá-la. 
Contudo, seu olhar logo recaiu sobre Sheila, fazendo seus olhos brilharem. E então ele viu Althea, e seus olhos brilharam. 
Animado, ele desceu do palanque e passou pela onda de pessoas que abriam caminho para seu corpulento eu. “Senhoras!” Ele disse, em um tom que acreditava ser suave e charmoso. 
Ele encarou Althea com um olhar lascivo, ignorando ostensivamente sua barriga muito grande”Vocês podem ser residentes permanentes imediatamente. Só têm que me acompanhar para casa, que tal?” 
E sem esperar por uma resposta dela, ele se virou para olhar para Harold com uma expressão de hostilidade. “Você é tão velho. Certamente não é marido de nenhuma destas senhoras, não é?”

Harold estremeceu de medo com a mera possibilidade.

“Não… Eu era um mordomo.”

Esta resposta satisfez Bobby, e seu olhar dirigido a Althea tornou-se ainda mais intenso. Ela tinha o temperamento de uma jovem senhora, e ele confundiu Harold por ser seu servo.

“Não, obrigada, não estamos planejando ficar por aqui.” Ela disse, com uma polidez relativa considerando seu aborrecimento. 
No entanto, sua tática não foi apreciada pelas pessoas que imediatamente soltaram um número de suspiros de horror na multidão assim que ela terminou de falar. 
Bobby também ficou surpreso e sua expressão levemente lasciva se contorceu para uma de irritação.

“Às vezes gosto de joguinhos de difícil, mas às vezes não.” Ele fez uma pausa, respirando pesadamente. 
“Essa é uma dessas vezes.” Bobby não conseguiu evitar de olhar para a multidão que observava e apertou os dentes. 
‘Como essa mulher ousa discordar de mim? E em público!’
Althea pôde ver o que ele estava pensando. Esse cara era obviamente um filhinho de papai mimado até apodrecer e transformado num adulto inútil. 
Ela não odiava esse tipo especificamente, mas odiava quando eles se colocavam em seu caminho. 
Elas apenas olhou para seu grupo e fez um sinal para que fossem embora. De qualquer maneira, sempre carregavam suas coisas em seu espaço, não havia nada deixado na casa alugada, e eles podiam partir quando precisassem.

Mas este senhor era muito arrogante e estava decidido a fazê-la ser sua mulher. Como poderia deixá-la escapar? “Mulher grávida quer ser arrogante comigo?!” Ele gritou, estendendo suas mãos grudentas para agarrá-la. 
No entanto, antes que ele a alcançasse, um braço rapidamente tocou seus braços flácidos. 
“Meu Senhor, não é bom bater nos fracos. Não se rebaixe ao nível deles.” Disse a voz suave, e Bobby visivelmente se acalmou com essa intervenção. 
A dona da voz era Mina, e parecia que o que quer que ela tivesse prometido fazer por Bobby na noite passada o havia satisfeito muito. 
Mina se aproximou deles e os olhou nos olhos. “O Senhor Bobby foi bondoso o suficiente para dar a vocês abrigo, mas vocês ousam desrespeitá-lo assim. 
“Pelo bem de serem mulheres, não vamos puni-las severamente, mas vocês devem deixar este território.”

Eles ficaram um pouco surpresos com a ajuda inesperada, mas mesmo assim assentiram cooperativamente. 
Mina olhou para eles por um momento antes de levantar o braço e entregar-lhes alguma prata. 
A visão do dinheiro fez o rosto de Bobby escurecer, e ele agarrou seu braço. “O que você está fazendo? Esse é o dinheiro que eu te dei!” 
“Meu Senhor, não é bom ser demasiadamente severo na punição, especialmente com mulheres. Elas não lhe causaram nenhum mal, não é mesmo?” Ela explicou calmamente, se soltando dele. 
“Ela carrega a prole de nossa raça Terran. Quantos de nós morreram naquela catástrofe e quantos continuam a morrer depois que viemos para cá. Matar uma criança é um pecado. Eu não quero esse fardo sobre você, meu Senhor.”

Bobby fez uma pausa por um momento e seus ombros caíram em relaxamento. 
Obviamente, ele foi muito acalmado pelas palavras dela. Ele se virou para Althea e seu grupo e simplesmente acenou com a mão para que eles partissem em paz, parecendo o governante mais benevolente. 
“Agradeça por eu ser um cavalheiro.” Ele disse, “Mas se você me implorar mais tarde, ainda posso aceitá-la.” 
Ao partirem, Althea virou a cabeça e seus olhos encontraram os de Mina. 
Antes de seus olhares se separarem, a outra garota fez um pedido baixo:
Ajude-o