Após Sobreviver ao Apocalipse, Construí uma Cidade em Outro Mundo - Capítulo 1330

Capítulo 1330: Escapando da Cidade de Basset

Águia foi direto para o muro, usando as árvores e sua habilidade para passar rapidamente por cima dele. Ele não tinha muito mana sobrando depois disso, mas felizmente seu time estava escondido onde ele os havia instruído.

“Águia! Chris!” Tambai gritou quando o viram.

Águia balançou a cabeça para eles. “Sem tempo para conversa fiada. Vamos!”

“Ah, você ainda tem alguma poção de mana? Me dê um pouco.”

Tanod assentiu. Ele não precisou usar muito, mesmo que tenha ficado aqui por um bom tempo.

Depois que Águia engoliu uma poção de mana (e mastigou mais alguns biscoitos de mana), o grupo correu pelas ruas, aproveitando o caos que já estava acontecendo entre os dois lados. Na verdade, estava no ápice.

Agora que o Senhor havia caído, haveria uma reorganização de poderes no território. Porque a guerra ainda não tinha acabado oficialmente, qualquer um ainda podia pegar o token, então algumas forças achavam que tinham uma chance, pensando que os outros estavam esgotados por causa da guerra.

Quanto a outros… eles viram o caos e aproveitaram. Porque a maioria dos homens fortes havia partido… algumas das pessoas de camada mais fraca que ficaram para trás no território decidiram que era a hora deles de brilhar.

Então… as ruas estavam compreensivelmente caóticas com pessoas golpeando, roubando coisas de lojas e outras pessoas, e assim por diante.

“A seção mais próxima do muro está a apenas algumas centenas de metros de distância,” Águia disse. “Eu tenho uma escada no meu espaço, podemos usá-la para sair.”

Sua escada também foi especialmente projetada para estabilidade e retratabilidade. Ela até tinha alguns mecanismos de mola e borracha. Era muito melhor do que o que Fargo introduziu na Cidade de Basset, embora eles compreensivelmente não tivessem muitos conjuntos porque nunca foram o território agressivo depois da primeira guerra.

“Entendido.”

Eles correram entre as multidões, protegendo as costas uns dos outros.

Um grupo de pessoas abaixo do nível 20 avistou seu grupo e decidiu caçá-los. Muitos deles eram arqueiros que começaram a atirar.

O grupo de Águia era rápido e às vezes fazia manobras em ziguezague para confundir os inimigos. Eles também não se importavam em se esconder atrás de alguns locais aleatórios que estavam aproveitando o caos e que por acaso estavam no caminho deles.

Quando estavam cercados, eles desaceleravam ou aceleravam, cronometrando de forma que alguns dos inimigos até atingiam uns aos outros.

No entanto, eles ainda estavam cercados no final e era inevitável que fossem atingidos. Eles podiam sentir seus amuletos de proteção rachando pouco a pouco.

Isso era especialmente verdadeiro para Águia, cujo amuleto de proteção já havia quebrado. Ele também sentiu que o de Chris estava prestes a sucumbir, e ele teria que protegê-lo.

Os locais sorriram ao ver sangue e estavam prestes a atacar novamente. “Finalmente te pegamos—”

Um dos caçadores disse, exibindo aqueles dentes amarelos feios. Ele saltou, pronto para apunhalar Águia até a morte. No entanto, quando estava a apenas um metro de distância, uma faísca de luz apareceu de uma direção.

Whoosh!!

Foi direto pela boca do nível 20, matando-o com um único tiro. Quando ele caiu, sua cabeça parecia ter sido queimada até virar cinzas.

“QUÊ—”

Os outros lutadores, vendo que este não era um time fácil de lidar como pensavam, correram e foram procurar uma luta mais fácil em outro lugar.

Aquele prisioneiro misterioso emergiu de um beco, ele ainda estava desarrumado por ter sido torturado, mas estar fora da prisão lhe permitiu recuperar sua força e charme.

Águia piscou. “Obrigado.”

“Bem, você tem sorte que eu queria matar alguém,” o ruivo disse, dando de ombros. Eles assentiram e Tambai até lhe entregou uma gaze.

Suas sobrancelhas se ergueram, olhando para o grupo com interesse. Ele então olhou para o ainda inconsciente Chris.

Eles estavam fazendo de tudo para ajudar aquele homem sem uma perna e—para ele—já era um desperdício de espaço. Na Cidade Natal dele, teriam eutanasiado uma pessoa assim.

“Meu nome é Virion,” o homem disse, como se ele não tivesse acabado de fulminar um homem até a morte com um raio laser de forma casual. “Para onde vocês estão indo?”

“Lar,” Águia disse, colocando gentilmente Chris em suas costas novamente.

“Eu adoraria ir com vocês para ver que tipo de lugar pessoas como vocês vivem,” ele pausou, olhando para Águia e Chris, sabendo que eles não eram aborígenes. “Infelizmente, há muito que preciso fazer. De onde vocês são?”

Águia pensou por um momento, mas decidiu dizer no final. “…Alterra,” ele disse. Apesar da volatilidade do cara, ele não parecia uma pessoa má.

“Vou me lembrar disso,” Virion disse, e se virou, seguindo seu caminho como se ele não tivesse acabado de escapar da prisão.

…

O grupo logo chegou à muralha e, enquanto Tanod carregava Chris, Águia montou a escada retrátil. Ela podia se estender por cinco metros, o que era mais do que suficiente para os muros externos da Cidade de Basset.

Parecia simples, mas era na verdade um design especial do Centro de Pesquisa. Era feita de corda forte mas leve e durável, confeccionada com vários materiais que eles não tinham acesso. Ocupava um pequeno espaço nos seus espaços, e era fácil jogá-la acima de um muro de cinco metros, especialmente com uma habilidade elemental.

O grupo subiu um por um, com Tanod e Tambai protegendo suas costas caso algumas pessoas os encontrassem e atacassem.

Bem, algumas pessoas os encontraram.

“Esperem!”

Inesperadamente, foram dois jovens garotos que os encontraram. As sobrancelhas de Águia levantaram-se enquanto olhava para as crianças. Eram duas, ambas relativamente magras, mas uma em pior condição que a outra.

Ele os reconheceu como as crianças da ‘sala do tesouro’ de Bentro.

Eram desnutridas, machucadas e fracas, mas seus olhos eram afiados. “Deixem-nos ir com vocês!”

“O quê?”

“Por favor! Faremos qualquer coisa—”

Águia era uma das últimas pessoas a subir antes de Tambay e Tanod. Ele olhou para as crianças com os olhos semicerrados. “Não vamos protegê-los,” ele disse. Ele literalmente tinha as mãos ocupadas!

Isso não parecia ter desanimado as crianças, porém. “Tudo bem! Apenas deixe-nos segui-los!”

“Estamos acostumados com isso!”

“Tanto faz,” Águia disse, sabendo que não tinha tempo para discutir sobre isso. Quando viu que a escada já estava livre, ele se certificou de que Chris estivesse bem preso nele e começou a subir.

Após ele, foram as duas crianças, e finalmente os irmãos mendigos.

As crianças não faziam ideia de que haviam encontrado as melhores pessoas para se relacionar.