Após Sobreviver ao Apocalipse, Construí uma Cidade em Outro Mundo - Capítulo 1183

Capítulo 1183: Planejamento de Aniversário

Depois de um tempo, Maya e Horus—também em uniforme escolar—chegaram e os três bebês imediatamente foram cumprimentá-los.

Os maiores sorriram para os pequenos e retribuíram o cumprimento, mas em vez de brincarem, sentaram-se onde os adultos estavam relaxando.

Ao ver isso, os três bebês também seguiram atrás do irmão mais velho e da irmã mais velha.

“Então os primeiros aniversários devem ser grandiosos…” Ansel disse enquanto se sentava em uma das poltronas. Ele até puxou uma pequena lousa para o seu lado. “Então vamos tratar como um evento de verdade!”

O ruivo sempre assumia o papel de Organizador Principal de Eventos sempre que havia uma celebração em sua equipe e todos ficavam felizes por não terem que lidar com as partes problemáticas. “Eu vou reservar um salão no hotel e performers… Harold fica encarregado do buffet…”

Enquanto Ansel falava em voz alta, o público meio que ouvia e meio que brincava com as crianças. (Não tinha jeito; a atenção das pessoas é limitada).

Em algum ponto—durante o solilóquio de Ansel—todos estavam sentados no chão carpetado com as crianças fazendo suas próprias coisas.

Maya estava brincando de bonecas com Pepper no carpete, enquanto Horus e Theo começaram a ler livros de aventura—a variedade nas livrarias era grande—e estavam deitados ao lado de Harold com eles.

Pequeno Almôndega estava com o pai porque se acalmava melhor com ele. Literalmente ele andava ao redor dele nesse momento, engatinhando para todo lado.

Uma hora ele estava no colo do pai, depois escalava sua camisa, e talvez até alcançasse sua cabeça.

“Dada… dada…” ele murmurou, agarrando a cabeça do pai enquanto tentava passar por cima dele.

Garan estava tão acostumado que sua expressão não mudava mesmo quando o garoto batia em seu rosto e apertava seu nariz.

Ele só puxava o garoto de volta se ele começasse a comer seu cabelo…

Em certo momento, o cardápio foi discutido. O cardápio tinha muitas comidas que as crianças amavam, incluindo espaguete e frango frito.

Eles queriam fazer algo impressionante e criar um bar de café para os adultos e uma fonte de chocolate para a área de sobremesas, também.

“Você tem amostras do café e do chocolate?” Althea perguntou, seu tom era supostamente de pesquisa profissional, mas o brilho nos seus olhos dizia o contrário.

Harold sorriu. Ele estava esperando que eles perguntassem!

Enquanto o resto discutia sobre o local, Harold—sob os olhares ansiosos de crianças e adultos—foi à cozinha preparar as ‘amostras’.

“Já que são gêmeos, as decorações devem ser unissex,” alguém disse.

“Ou uma combinação das cores deles,” outro adicionou.

Eles olharam para os bebês super fofos fazendo suas próprias coisas, sem saber que eram o atual tema da discussão.

“As cores não importam tanto,” Althea disse, dando de ombros. “As crianças vão se lembrar mais das atividades e dos programas.”

Eles concordaram. Isso fazia sentido.

Alguns minutos depois, Harold finalmente chegou com as bebidas. Ele serviu chocolate quente e café de acordo com os gostos deles, embora as mulheres grávidas estivessem estritamente autorizadas a beber somente chocolate quente.

Os adultos engoliram, tanto empolgados quanto preocupados.

Os primeiros lotes tinham alguns… problemas que precisavam ser corrigidos.

O chocolate estava muito amargo e quem quer que o provasse cuspiria. Eles se lembravam de ter ficado tão animados naquele momento, e se sentindo traídos pelo sabor depois.

Ao mesmo tempo, adicionar uma montanha de açúcar ou sal para neutralizá-lo era insalubre.

Por outro lado, a cafeína nas versões iniciais do café estava tão forte que quem bebesse uma xícara ficaria acordado por dois dias direto. Isso seria bom, mas depois eles perderiam energia de repente, fazendo com que ficassem de cama.

Depois de mais alguns testes, eles descobriram que o cacau tinha teobromina demais enquanto o Café tinha cafeína demais. Claro, alguns energéticos foram derivados daquele primeiro lote da colheita, então não foi totalmente uma perda.

Eles controlaram isso, no entanto, na esperança de que o aumento de teobromina no chocolate ainda não fosse venenoso para os cachorros—não que eles tivessem tentado, claro.

De qualquer forma, todos deram goles juntos e seus olhos brilharam. Era isso!

Eles já podiam imaginar os vários produtos derivados daquelas duas bebidas e sentiram uma empolgação crescente. Althea e os outros já sentiam a cultura gastronômica de Alterra atingindo novos patamares, enquanto Ansel já podia ver o ouro entrando!

Por outro lado, as crianças só podiam olhar curiosamente para as novas bebidas. Como ainda era novidade, Althea e os outros não se atreviam a dar para as crianças, especialmente não para os bebês.

Por enquanto, as crianças teriam suco em copos com tampa, com Horus e Maya escolhendo suco de laranja, Theo com suco de maçã, e os bebês escolhendo suas frutas favoritas.

Hoje, no entanto, Harold fez ótimas combinações para tornar as coisas mais empolgantes para as crianças. Os adultos estavam tomando uma bebida ‘inovadora’, então as crianças também deveriam!

Por exemplo, o suco de morango da Pequena Pimentinha tinha manjericão extra, o que adicionava um frescor a ele. Enquanto isso, o suco de abacaxi do Almôndega tinha um pouco de manga que combinava a intensidade do abacaxi com a cremosidade doce da manga.

A combinação pareceu um sucesso, já que fez as crianças—principalmente os bebês—beberem seus sucos com mais entusiasmo do que o habitual.

Os adultos continuaram com suas discussões, ouvindo os sons abafados dos bebês bebendo enquanto sugavam.

Foi apenas que acabou cedo demais e os dois bebês acabaram chamando a mãe.

“Mamãe…”

“Mamã…”

“Mais suco! Mais suco!” Pequeno Almôndega chamou, estendendo suas pequeninas patas para mostrar o copo de treinamento vazio. Seu vocabulário já era de cerca de duas ou três dúzias de palavras. Metade das palavras de Almôndega estava relacionada a comida.

“Nossa, Almôndega, se você continuar assim, vai realmente se transformar numa grande bola…” ela disse, cutucando a barriguinha roliça dele.

“Hmmmm…”

Vendo que sua mãe não estava planejando dar-lhe mais suco, seus pequenos pés foram em direção a Winona. “Mais suco tia Nona!” Ele parecia adorável com aquelas bochechas inchadas e olhos vidrados cheios de súplica.

Se olhos pudessem crescer corações, os de Winona teriam se transformado em um.

Pequena Pimentinha era muito mais recatada, olhando para seu copo e saboreando o gosto. Suas bochechas gorduchas estavam vermelhas e seus olhos brilhando, obviamente gostando do novo sabor.

Ela se levantou, seus pequenos pés a levaram até Harold. “Mais suco por favor titio Arold…”

Harold também derreteu.

Basta dizer que ninguém podia recusá-los. Eles beberam pacificamente mais um pouco do suco, rastejando de volta para os braços de sua mãe.

…

Mais tarde, no meio da noite — justo quando todos se acomodaram e estavam entrando em sono profundo — o silêncio foi cortado pelo uivo de Fufi.

Não foi percebido imediatamente devido ao excelente isolamento dos quartos, mas Fufi começou a arranhar desesperadamente as portas.

Awwwoooo!!!!

Ele fez tanto barulho quanto podia, uivando em desespero. Ele estava particularmente frenético ao acordar no quarto de Althea.

Felizmente para ele, ninguém estava usando o bloqueador de voz naquela noite, e os humanos logo foram alertados por seus apelos.

A porta se abriu revelando Garan, com sua espada de gelo erguida, pronta para cortar a qualquer momento.

Embora as casas feitas pelo sistema pudessem bloquear automaticamente os invasores, ele não era de correr riscos.

Althea estava logo atrás dele, e ela imediatamente correu para fora quando viu que era seu animal de batalha.

Snow! Snow!

Ela piscou e imediatamente seguiram o cachorro frenético de volta à sua casinha. Neste momento, várias outras pessoas como Ansel e Winona também estavam lá.

Dentro, Snow estava lá, mal se movendo, e sua boca estava levemente aberta como se tivesse dificuldade para respirar.

Awwwooooo!

“Oh, querida…” Althea murmurou, ajoelhando-se para verificar. Ela olhou para os outros e depois para Fufi.

“Ela não comeu chocolate por acidente, comeu?”

Awwwooooo!

Ela acariciou a cabeça do cachorro, confortando-o, o que acabou fazendo o grande cachorro chorar ainda mais lamentavelmente.

“Marido, pode ligar para Sheila, por favor?” Ela perguntou, e ele assentiu, desaparecendo de vista.

Logo, a enfermeira — que felizmente morava por perto — veio com o marido logo ao seu lado.

Águia ficou ao lado de Garan, enquanto Shiela rapidamente se ajoelhou para verificar a cachorra, fazendo um ultrassom nela.

Suas sobrancelhas, que estavam franzidas de preocupação, rapidamente se soltaram. “Isso…”

“O que é?”

Awwwooooo….

Coitado do Fufi uivou novamente, muito lastimável.

Sheila segurou o sorriso e virou-se para acariciar a cabeça do pobre rapaz. “Parabéns, Fufi,” ela disse. “Você vai ser pai.”

Isso fez todos recuarem e arregalarem os olhos. Eles olharam para os dois cachorros em choque, antes de se desmancharem em sorrisos.

Snow está grávida!

Interessantemente, no dia seguinte, essa notícia seria espalhada por todo o território, desencadeando outra série de celebrações aqui e ali.

Afinal… eles finalmente teriam filhotinhos!!