Após Sobreviver ao Apocalipse, Construí uma Cidade em Outro Mundo - Capítulo 1122

Capítulo 1122: Os Novos Prisioneiros de Guerra

Nota do Autor: Estamos recebendo um capítulo extra hoje~! Não estamos no T1 Dourado esta semana, mas quero mostrar apreço por tornarem o T1 do mês passado tão estável!

Obrigado pelo apoio de todos!

…

____

O dia estava terminando e a maioria das pessoas — incluindo aquelas que estavam nos bunkers — já tinham ido para casa ou foram assistir aos julgamentos acontecendo na Praça Principal.

Na verdade… exceto por aqueles que estavam demasiadamente cansados ou feridos da guerra e dos distúrbios, a maioria realmente optou por se juntar ao segundo grupo.

Eles queriam saber o que essas pessoas fizeram — seja para se solidarizar com elas ou para se protegerem delas.

Embora os prisioneiros de guerra trabalhassem frequentemente nas minas, coletando recursos, limpando e assim por diante — havia definitivamente alguns cruzamentos de caminhos entre eles e os cidadãos.

Eles queriam saber se eram dignos de piedade… ou desprezíveis.

Porque a Vila Resso era legitimamente um território inimigo, não seria certo simplesmente lhes conceder a opção de se libertarem após obterem algum dinheiro.

Todos daquele lado seriam ‘Prisioneiros de Guerra’, independentemente de serem escravos do sistema ou não, e se eram de Resso ou um dos territórios aliados.

Os Rosses[1] lidaram com os novos prisioneiros. Após a guerra, Matilda foi diretamente para o Centro com Jun[2] e seus filhos para supervisionar os recém-chegados. Eles começaram mesmo enquanto os distúrbios estavam acontecendo, começando pelos ‘escravos’ a quem permitiram entrar no início.

Essa era a última leva de escravos que resgatariam de territórios atacantes, então ela esperava alocá-los impecavelmente.

Quando os distúrbios foram completamente aniquilados, essa leva ainda não estava nem pela metade, então todos sabiam que isso levaria um tempo. Eles também não queriam fazer pausas, então Matilda e Jun decidiram trabalhar em turnos, assim como Gwen e Gill, com as mulheres para checarem durante a noite após mais algumas horas.

Montaram mesas na praça. Cada um dos prisioneiros seria solicitado a fazer um juramento (ou morrer) antes de qualquer outra coisa. O juramento também era extremamente detalhado — criado por Matilda e Jun elas mesmas — para garantir que eles ainda tivessem alguns direitos, mas ainda assim garantisse a segurança de Alterra a todo custo.

Depois de fazerem um juramento, eles então confessariam o que tinham feito na praça, sendo tão honestos quanto os juramentos os obrigavam a ser. A partir daí, julgar-se-ia o tempo de seu estado como prisioneiros de guerra aqui.

Se fosse um assassino, então os pontos de expiação refletiriam isso — precisando de anos em serviço árduo, se não décadas. Alguns dos menores — por exemplo, aqueles que foram vítimas de guerras por anos — teriam muito menos.

Falando nisso, havia muitos prisioneiros de guerras anteriores que tinham penas mais curtas. Alguns deles já haviam se tornado ‘escravos livres’ — isto é, aqueles que poderiam começar a guardar seu dinheiro para economizar para a liberdade.

Na verdade, apenas no mês passado, houve um cara da guerra de Fargo que já se libertou.

O nome do homem era Ghetto[3], e foi Silvia[4] quem o julgou após a Guerra de Fargo-Alterra.

Ele havia sido um guarda lá, mas se recusou a se juntar ao mal. Pelo contrário, ele se voluntariou para guardar os portões com Vítor e outros naquela época para defender, enquanto evitava as coisas repugnantes que aconteciam por dentro.

Um mês atrás, ele finalmente juntou dinheiro suficiente — alguns eram empréstimos pessoais dos amigos que fez pelo caminho — para se libertar. Ele imediatamente se candidatou para ser um guarda e agora estava em status probatório.

De qualquer forma, seu caso foi bastante inspirador entre os prisioneiros de guerra.

Isso continuou e mais algumas centenas de prisioneiros passaram, confessando seus crimes — especialmente seus crimes de guerra — a maioria dos quais causava alta pressão sanguínea por toda a praça.

Quando colocavam os particularmente irritantes de lado (eles seriam escoltados em grupo para a prisão ou nos dormitórios dos prisioneiros), muitos dos cidadãos cuspia neles, talvez os agredisse, e eles não podiam fazer nada a respeito!

Eles rangiam os dentes e os cidadãos continuavam a perturbá-los. Quando eles ousavam atacar — especialmente para escravos não-sistêmicos — eles iriam diretamente para a prisão e, junto com isso, as sentenças aumentadas.

Em algum momento, alguns guardas apareceram arrastando um homem ensanguentado. Eram guardas que estavam em serviço de limpeza do lado de fora, e isso significava que encontraram mais pessoas fora do território.

Um deles foi um pouco inesperado, porém.

“Dona Matilda!” Ângelo gritou. “O senhor inimigo está aqui!”

Senhores eram imunes a se tornarem escravos, contanto que segurassem o token, então ele teve que ser arrastado até lá em vez de simplesmente receber ordens.

De qualquer modo, o anúncio de sua identidade fez com que todos o olhassem mal, fazendo Tout querer se enterrar no chão novamente.

Ângelo o arrastou para a frente da mesa. O jovem rapaz — bastante orgulhoso — também tirou algo do bolso. “Ele também tem o token”, ele disse, entregando o token a ela.

Os guardas estão obrigados a entregar tokens que encontram para as lideranças, enquanto os cidadãos podem ficar com o token — assumindo que o merecem. Isso é aplicável apenas a tokens encontrados em Alterra ou em qualquer um de seus satélites. Caso contrário, era uma competição aberta.

Entretanto, os guardas podem optar por ficar com ele, em troca de pagar metade do preço mínimo de venda do token (e eles até poderiam fazer empréstimos para auxiliar na compra).

Claro, a condição era que o território seria subsidiário de Alterra pelos próximos 5 anos — embora ninguém achasse isso injusto.

Agora que Alterra se tornou uma Cidade, muitas vilas estavam lutando para se tornarem subsidiárias dela! No entanto, Alterra era seletiva e talvez nem mesmo olhasse para elas!

Seria uma honra se tornar uma subsidiária!

Por outro lado, se eles escolhessem entregá-lo, eles receberiam um bom pagamento e pontos de contribuição em troca. Se eles decidissem vendê-lo, então o descobridor poderia obter 10% do lucro.

Qualquer uma das ofertas seria muito boa e era um incentivo para as pessoas caçarem senhores inimigos também.

Naturalmente, eles também queriam evitar que os cidadãos brigassem por tokens ou até mesmo se apunhalassem pelas costas por causa dele.

Portanto, adicionaram uma regra de que a recompensa seria dada a quem encontrou — não necessariamente a quem entregou. Eles só precisavam fazer um simples (e barato) juramento temporário de honestidade enquanto o submetiam.

As sobrancelhas de Matilda se franziram enquanto olhava para ele. Eles não tinham Guardas dos Tokens disponíveis naquele momento, então teriam que devolvê-lo ou entregá-lo a alguém.

Althea havia dado a ela permissão para fazer a maioria das coisas pelo território, e o que fazer com os tokens de territórios inúteis era uma delas.

Definitivamente eles não venderiam de volta ao Senhor anterior, então só podia ser o último. Mas para quem eles venderiam?

[1] Matilda, Gill e Gwen

[2] Advogado. Um dos primeiros refugiados e havia sido o braço direito de Matilda desde o começo

[3] Mostrado no Capítulo 617 como um dos guardas de Fargo que foi relativamente bem tratado

[4] Uma das assistentes de Matilda que agora ajudava a administrar as Montanhas de Ferro com Rowan