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- Capítulo 227 - 227 Capítulo 227 Capítulo Especial Final 13. 227 Capítulo 227
227: Capítulo 227 Capítulo Especial Final: #13. 227: Capítulo 227 Capítulo Especial Final: #13. A sexta-feira havia chegado e Anastasia se encontrava encarando seu reflexo no espelho, imaginando o que diabos ela estava pensando.
Sair com Lloyd era uma ideia horrível e ela tinha certeza de que as consequências a assombrariam no final, mas mesmo assim, lá estava ela, se olhando enquanto vestia o vestido que Megan havia recomendado.
“Se você vai fazer isso, pelo menos esteja deslumbrante.” Era o que Megan havia lhe dito, mas honestamente, estar deslumbrante não era o que preocupava Anastasia.
Não, ela estava preocupada com as próprias emoções.
Ela sabia que podia parar agora, mas o desejo de ver o que havia além de seus medos a impulsionava.
Segurando o tecido de seu vestido, ela deu a si mesma um único aceno de encorajamento.
Não há volta agora.
Logo após esse pensamento, o som da campainha podia ser ouvido lá embaixo.
Lloyd estava aqui.
Respirando fundo, ela caminhou até a porta e a abriu.
“Você chegou cedo.” Ela disse assim que abriu a porta.
Lloyd estava prestes a falar, mas ao ver o vestido que ela usava, um belo vestido preto que abraçava suas curvas e terminava logo acima dos joelhos, ele não pôde deixar de encarar.
E não ajudava que o cabelo dela estava preso em um coque bagunçado.
“Sim.” Ele disse assim que encontrou sua voz, tentando o melhor para não secá-la com os olhos enquanto direcionava seu olhar para outro lugar.
Hã? Anastasia não resistiu à vontade de inclinar a cabeça. Ele estava sendo gentil agora? O Lloyd que aparecera em sua porta da última vez não hesitara em devorá-la com os olhos.
A mudança trouxe um leve sorriso aos seus lábios.
“Enfim,” Ele pigarreou. “Você está pronta?”
“Sim.” Ela respondeu, saindo de seu apartamento e permitindo que a porta se fechasse atrás dela. Logo depois, o som do sistema de bloqueio acionado chegou aos seus ouvidos.
“Ótimo, então vamos?” Ele estendeu seu braço.
Anastasia hesitou, sabendo muito bem que no momento em que pegasse em sua mão, seria o momento em que selaria o destino de seus sentimentos.
Lloyd notou sua hesitação. “Você ainda está com dúvidas? Pode cancelar se quiser.”
“Não,” Deixando de lado qualquer sentimento que pudesse arruinar a noite, ela entrelaçou seu braço no de Lloyd e, pela primeira vez, sorriu para ele. “Só estou surpresa com os seus modos. Você os pegou emprestado de Christian ou aprendeu a ser gentil sozinho?”
Lloyd riu. “Eu sempre fui um cavalheiro. Você que nunca notou.”
“É isso?” Anastasia respondeu enquanto ela era conduzida até o carro dele. Ele segurou a porta aberta para ela, esperando até que ela estivesse sentada antes de fechar a porta e ir para o lugar do motorista.
“Aqui, comprei estes para você.” Ele pegou do banco de trás um buquê de rosas e as entregou a ela.
Anastasia as recebeu, surpresa com sua atitude, e olhou para as flores antes de olhar para ele.
Ele realmente estava fazendo o melhor.
Isso aquecia seu coração, por mais que ela tentasse se dizer para não ceder às suas demonstrações de carinho.
Talvez ele também pudesse mudar seus modos de playboy.
“Obrigada.”
“Tudo por você.”
O passeio de carro foi silencioso e o único som que Anastasia podia ouvir era a música vindo do rádio e o ocasional murmúrio de Lloyd.
Anastasia se pegou observando-o pelo canto dos olhos, estudando cada movimento dele inconscientemente.
“Chegamos.” A voz de Lloyd rompeu o silêncio e ela rapidamente olhou para frente.
“Ah.”
Ele estacionou o carro e veio abrir a porta para ela. Ela hesitou em pegar sua mão, mas após um momento de hesitação, aceitou.
Assim que saiu, ela se voltou para o lugar à sua frente.
Era o museu de arte local.
“Eu não tinha certeza se você gostava de arte,” Lloyd começou, colocando as mãos no bolso. “Mas pensei que não seria uma má ideia te trazer aqui.”
“Eu não visito um museu de arte desde que eu era criança.” Ela murmurou, sorrindo carinhosamente da lembrança. Ela se virou para ele e com um sorriso maroto, disse, “Bem, pelo menos, é melhor do que um clube de strip.”
“Era o único lugar em que pensei naquela hora.”
“Claro, coloque a culpa no lugar.” Anastasia revirou os olhos brincalhona.
Lloyd não conseguiu segurar sua risada. “Vamos, vamos entrar.”
Anastasia assentiu e ambos fizeram seu caminho para dentro.
“Ah, Riley!” O proprietário do museu, um homem baixo chamado John, cumprimentou quando entraram.
“Ei, John. Não pensei que você estaria aqui.”
“Bem, estou. De qualquer forma, a exposição está aberta.” Ele fez uma pequena reverência. “Divirta-se.”
“Obrigado.” Lloyd assentiu, sua mão encontrando as costas de Anastasia enquanto a conduzia mais para dentro do museu.
“Exposição?” Anastasia perguntou enquanto Lloyd a conduzia mais para dentro do museu.
“Você vai ver.” Foi tudo o que ele disse.
Eles pararam em frente a uma porta, e no momento em que passaram por ela, Anastasia se viu em uma sala cheia de pinturas, as mesmas pinturas que ela havia visto pela última vez durante os dias de sua infância.
Quando sua família consistia apenas dela, Fiona e seu pai.
Sua família inteira.
“Como…?”
“Eu fiz algumas pesquisas.” Lloyd explicou, com um leve rubor corando suas bochechas. “Eu esperava que você as reconhecesse, no entanto.”
Anastasia ficou em silêncio por um tempo. Ela não queria saber como Lloyd havia feito isso, mas estava grata por ele ter feito.
“Você… Gosta?” Lloyd questionou seu silêncio.
Ele estava prestes a pensar que havia trazido más lembranças, quando Anastasia balançou a cabeça.
“Sim.” Ela olhou para ele e lhe deu um daqueles sorrisos deslumbrantes que aceleraram o coração de Lloyd. “Obrigada.”
“Vamos dar uma volta.”
“Claro.”
Eles caminharam, admirando as obras de arte e conversando sobre suas pinturas favoritas. Anastasia até compartilhou uma história sobre seu passado, e Lloyd compartilhou algumas recordações sobre sua infância.
“Você era uma criança fofa.” Ela elogiou enquanto paravam diante de uma pintura.
“Claro que era. E ainda sou fofo agora.”
“Se ao menos a aparência pudesse te levar a algum lugar.” Ela retrucou e Lloyd riu.
“Ei, aparência pode te levar a qualquer lugar, até mesmo ao coração da advogada mais competente e bonita do mundo.”
“Você acabou de…” Anastasia se virou para olhá-lo e ele já a encarava, um sorriso suave em seus lábios.
“Sim, eu disse.”
Anastasia podia sentir seu coração acelerar e uma sensação de calor espalhar-se pelo peito. “P-pare de ser atrevido Lloyd, não vai te levar a lugar nenhum.”
Lloyd riu, aproximando-se e acariciando suavemente sua bochecha. “Isso seria considerado ‘atrevido’?”
A respiração de Anastasia prendeu quando ele fez o gesto e, antes que percebesse, sua mão tinha afastado a dele com um tapa.
A expressão de Lloyd foi de choque, para ferida e depois para compreensão. “Me desculpe, fui ousado demais?”
“Não”, Anastasia balançou a cabeça, seu tom suave. “Não é você, sou eu.” Ela beliscou a ponte do nariz e suspirou.
Claro que ela não poderia superar tudo tão facilmente.
“Você quer ir embora?” Lloyd ofereceu.
“Não, tá tudo bem.” Ela deu a ele um pequeno sorriso e fez um gesto em direção às outras pinturas. “Vamos aproveitar o resto da noite, sim?”
“Certo.”
Lloyd concordou com a cabeça, sem querer insistir no assunto, e em vez disso, voltou sua atenção para a arte.
Mas a atmosfera entre eles havia mudado, e o calor deslocou-se para o constrangimento.
Anastasia podia sentir o olhar de Lloyd sobre ela, mas ela não conseguia se obrigar a olhar de volta para ele, não quando ainda estava lutando com o fato de ter reagido àquele toque dele.
O que isso significava? Seus sentimentos por ele eram mais profundos do que ela esperava?
Ela estava incerta, mas uma coisa era certa, e era o fato de que ela gostava da sensação da mão dele em sua bochecha.
“Ei, vamos sair daqui. Tá abafado.” Lloyd sugeriu depois de um tempo.
“Hã? Não podemos, a exposição está chegando na melhor parte.” Anastasia respondeu.
“E John entenderia.” Lloyd afirmou, deslizando sua mão na dela. Ele a olhou, esperando uma reação após esse gesto, mas quando nada aconteceu, ele sorriu. “Vamos, vamos.”
“Para onde estamos indo?” Ela perguntou enquanto permitia que ele a levasse para fora da exposição.
“Para um lugar onde possamos clarear nossas mentes.”
“Ah, então você também tem algo para esclarecer.”
Lloyd a olhou de relance. “Sim, muitas coisas.”
Ele guiou-os para fora do museu e de volta ao carro, conduzindo os dois até o destino.
Anastasia estava confusa porque não tinha certeza de para onde Lloyd estava levando-a, mas ele estava determinado.
“Para onde estamos indo?”
“Para o meu lugar favorito.”
“Isso não é um nome, Lloyd. Quero um nome.”
“Não se preocupe, estamos quase lá.”
Anastasia não fez mais perguntas, em vez disso, decidiu focar sua atenção fora.
Estava escuro, o céu iluminado pela lua e estrelas e as únicas fontes de luz eram os postes que alinhavam as ruas.
Eles estavam adentrando mais na cidade e quanto mais dirigiam, mais Anastasia se perguntava que tipo de lugar poderia haver no meio do nada.
E então, depois de dirigir por cerca de quinze minutos, eles pararam.
“Chegamos.”
Anastasia olhou pela janela e seus olhos se arregalaram. “Um lago? Não sabia que tinha um lago aqui.”
“Há muitas coisas que as pessoas não sabem sobre a cidade.” Lloyd riu, saindo do carro e indo abrir a porta para ela.
Ela pegou a mão dele e saiu, depois o seguiu até uma pequena colina.
“Você vem aqui com frequência?” Ela perguntou.
“Sim, sempre que preciso esclarecer minha cabeça.” Lloyd explicou, sentando-se à beira da colina e olhando para a água.
Anastasia silenciosamente sentou-se ao lado dele e ambos olharam para a lua em silêncio.
Depois de um longo tempo, Lloyd falou. “Sabe, outro dia, Gabriel veio reclamar para mim,” Sua escolha aleatória de tópico fez Anastasia olhar para ele, curiosidade instigada. “Aparentemente, ele não conseguia lidar com o fato de que Leonica parecia mais feliz com Owen do que com ele. Parecia um tolo apaixonado, e eu o compadeci…”
“Mas você não o compadece agora.” Anastasia terminou por ele e ele riu.
“Não, porque sei por que ele não conseguia lidar. Amar é complicado.” Ele a olhou. “Especialmente quando acontece sem aviso e a segunda pessoa não está pronta. Isso pode tornar as coisas mais complicadas do que deveriam ser.”
Anastasia olhou de volta, seus lábios entreabertos enquanto esperava que ele dissesse algo, qualquer coisa, que confirmasse seus medos.
Ela tinha medo de que ele fosse confessar seus sentimentos por ela. Porque então, ela não teria como definir os limites, sem retorno.
E, apesar de seu desejo de descobrir a verdade, uma pequena parte dela desejava que ele não dissesse nada, porque a verdade a assustava.
“Mas,” Ele continuou. “Mesmo que seja complicado, mesmo que a segunda pessoa não queira retribuir seus sentimentos, isso não significa que você não deve amar. Afinal, amar é a coisa mais linda.”
Ele estava falando sobre si mesmo, ela sabia.
“Amar é assustador, Lloyd.”
“É.”
“E complicado.”
“É.”
“E mesmo sabendo disso, você ainda quer amar?”
“Amar é humano, Anastasia.” Enquanto falava, ela sentiu o dedo mindinho dele tocar o dela. “Não é crime se apaixonar. E se dói, então é melhor aceitar e seguir em frente do que negar que aconteceu. Essa é a única maneira de nos curarmos, não acha?”
Anastasia não pôde deixar de pensar, ele fala como se já tivesse passado por algo.
E o fato de ele não estar pressionando-a a retribuir seus sentimentos, fez uma grande parte dela querer fazê-lo.
E a essa altura, ela não podia mais ignorar essa parte.
Lloyd não era Derek.
Lloyd poderia mudar.
E se ele fizesse… Ela simplesmente seguiria em frente, assim como Leonica tinha feito.
“Amar é assustador,” Ela começou, entrelaçando seus doutores mindinhos e se certificando de que podia sentir o calor da mão dele. “Mas se eu tivesse que, eu arriscaria tudo para ver onde o caminho me leva.”
Lloyd olhou para os dedos dela. Embora estivesse escuro, ele podia ver como se encaixavam bem um no outro.
“Você está dando um salto de fé?”
“Estou tentando.”
“Tem certeza que não vai se arrepender.”
“Quem sabe. Você me faria me arrepender, Riley?” Ela perguntou uma vez que seus olhos se encontraram novamente.
Lloyd riu, o som ecoando pela área vazia. “Só um homem tolo faria isso.”
“Então está decidido.” Ela olhou de volta para o lago. “Mas, teremos que levar isso devagar.”
“Sim Senhora.”
Ficaram em silêncio novamente, suas mãos entrelaçadas e ambos desfrutando a paz e tranquilidade.
E, embora este fosse seu primeiro relacionamento em anos, Anastasia esperava que este não fosse tão ruim quanto aquele que ela suportou com Derek.
Ela ia aproveitar este.
Afinal, ela agora havia decidido deixar os laços do passado para trás e Lloyd era uma pessoa diferente e também se importava com ela, tanto que estava disposto a arriscar sua empresa.
Isso, por si só, foi um gesto impressionante para ela e conquistou a maior parte de sua afeição.
Ela daria uma chance e deixaria o resto por conta do cupido.