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- Capítulo 195 - 195 Capítulo 195 Sendo Seguido. 195 Capítulo 195 Sendo
195: Capítulo 195 Sendo Seguido. 195: Capítulo 195 Sendo Seguido. Parada do lado de fora com o casaco de Owen sobre os ombros, Leonica suspirou e observou sua respiração tornar-se visível antes de desaparecer.
Hoje tinha se mostrado um sucesso muito maior do que ela havia imaginado.
Ela deu uma risada, pensando que todos os seus medos eram, afinal, infundados.
O sentimento de seu celular vibrando a tirou de seus pensamentos. Ela alcançou o aparelho na sua bolsa, um sorriso leve surgindo em seus lábios quando viu que era uma mensagem de Gabriel.
[Oi, como você está?]
Era o que estava escrito.
[Estou bem. Aconteceu alguma coisa?] Ela respondeu, esperando apenas um segundo pela resposta dele.
[De maneira alguma, só queria saber como você está. Como está o seu tornozelo?]
Leonica encarou a mensagem dele por alguns segundos e não pode deixar de rir. A perda de memória realmente o afetou.
O Gabriel que ela conhecia nem mesmo se importava quando a abandonou na estrada no dia do funeral de sua avó, mas agora ele estava aqui, perguntando como o tornozelo torcido dela estava.
Delicioso. Ela poderia se acostumar com algo assim. Mas não muito acostumada, afinal, ainda tinha que manter certa distância entre eles, senão ele poderia interpretar mal a situação. E isso ela não queria.
[Meu tornozelo está bem, obrigada por perguntar.] Ela digitou sua resposta e enviou, observando enquanto mais uma resposta dele chegava segundos depois.
[Que bom. Tenho trabalho a fazer, espero que aproveite o resto da sua noite.]
Ela com certeza aproveitaria, Leonica pensou enquanto ouvia os passos de Owen se aproximando.
Ela guardou seu celular na bolsa, fazendo uma nota mental de tentar melhorar a relação entre ela e Gabriel como bons pais, uma vez que ele estava fazendo vários esforços para ser uma pessoa melhor.
“Pronto?” Ela perguntou enquanto Owen lhe dava um beijo no rosto e pegava sua mão.
“Sim, deixei a mensagem para meu pai.” Owen respondeu, recebendo um aceno de Leonica.
Por alguns segundos, eles caíram em um silêncio confortável, andando lado a lado.
“Bem, isso foi um sucesso.” Leonica refletiu, quebrando o silêncio. “Um grande sucesso, acrescento.”
Owen murmurou, não muito certo do que mais dizer.
A aprovação de seu pai era algo que ele sempre esperou obter do homem e agora que tinha conseguido, não sabia bem o que sentir.
Cadê a excitação que ele sempre imaginou? Felicidade? Alívio?
Todas essas emoções não estavam em lugar algum, e em seu lugar, havia um peso pesado, um sentimento de decepção que Owen não conseguia entender.
“Owen?” Leonica o encarava com olhos preocupados. “Você está bem?”
Ele estava. Claro que estava, ele apenas não conseguia entender seus sentimentos em relação ao seu pai.
Ele não odiava o homem, mas também não o amava da mesma forma.
“Estou,” Ele respondeu, sorrindo tranquilizadoramente para sua Noiva. “Só pensando.”
“Em quê?” Ela perguntou, seus olhos fixos em seu rosto como se tentasse perceber a menor mudança em seu humor.
“Meu pai.” Ele respondeu sinceramente enquanto abria a porta do carro para Leonica se sentar, indo em seguida para o assento do motorista e entrando uma vez que isso foi feito. “Eu sempre quis sua aprovação, ansiava por isso desde criança, caramba, até me esforcei demais tentando preencher o papel do filho perfeito. Mas agora que finalmente obtive sua aprovação no meu noivado, não sinto nada.”
Ele suspirou e ligou o motor, sem lançar um olhar a Leonica enquanto dizia, “Sinto como se um grande peso tivesse sido tirado dos meus ombros, mas não estou feliz.”
“Talvez porque lá no fundo, você já sabia que ele aprovaria.” Ela respondeu e Owen olhou para ela por um momento, vendo a sinceridade em seus olhos e assentiu. “Você mesmo disse, ele não teria motivo para desaprovar de mim.”
Owen deu uma risada, um pequeno sorriso surgindo em seus lábios. Isso sim, era uma explicação mais razoável.
“Mas mesmo que não seja isso,” Leonica pegou sua mão, entrelaçando seus dedos. “Eu estarei aqui com você o tempo todo, para que possamos descobrir isso, juntos.”
Owen olhou para a mão dela, particularmente para o anel em seu dedo e assentiu. “Juntos.” Ele ecoou e saiu da entrada da garagem, dirigindo de volta para a casa de Leonica quando teve uma ideia.
“A noite ainda é uma criança, seria uma pena apenas voltar para casa, luce mia.” Ele olhou para Leonica e sorriu.
Ela deu uma risada. “O que você tem em mente, Owen? Já estou cheia de toda a comida que os empregados do Felipe nos serviram.”
Owen murmurou pensativo. “Que tal o teatro?”
Onde tiveram seu primeiro encontro? Leonica riu. Ela adorava a ideia, mas justo quando estava prestes a responder, seus olhos pegaram o carro atrás deles pelo espelho retrovisor.
Ele vinha seguindo-os por um tempo, ela pensou franzindo a testa. Desde o cruzamento e até agora, não podia ser coincidência.
Sem perder tempo, a mente de Leonica se voltou para Jamil, lembrando-se do espião que ele havia colocado atrás dela. Ela deveria ter suspeitado de algo desde o início, já que ele estava quieto nos últimos dias.
“Ei Owen,” Ela chamou a atenção do homem enquanto desviava o olhar do espelho, não querendo alarmar. “Pode diminuir um pouco a velocidade, por favor?”
Ele fez como pedido. “Eu estava indo rápido demais? Você está se sentindo enjoada?” Ele perguntou, mas sua pergunta caiu em ouvidos surdos enquanto Leonica estava ocupada observando o carro atrás deles.
Ela suspirou aliviada quando ele ultrapassou eles.
“Luce mia, está tudo bem?” Ele perguntou preocupado, notando uma leve mudança no humor dela.
“Está tudo bem.” Ela o tranquilizou, não querendo causar mais preocupações desnecessárias. Afinal, a pessoa ao volante poderia simplesmente ser um transeunte inocente.
“Então, vamos para o teatro?” Owen perguntou, o entusiasmo em sua voz fazendo Leonica rir.
“Sim, vamos lá.”
~•~
Leonica se viu aproveitando o espetáculo no teatro mais do que imaginava. Ao final da cena de encerramento, ela havia esquecido completamente seus pensamentos sobre Jamil, desfrutando de sua noite com Owen.
Quando as cortinas se fecharam e o espetáculo terminou oficialmente, Leonica e Owen bateram palmas, junto com o público, numa ovação de pé para os atores e atrizes que tinham dado um excelente desempenho.
“Isso foi bastante divertido,” Leonica sorriu, segurando no braço de Owen enquanto saíam do prédio. “Obrigada.”
Owen refletiu sua expressão. “Eu só ofereço o melhor para minha esposa.” Ele piscou, fazendo Leonica dar uma risada calorosa.
“Esposa, ah, não se adiante tanto, garanhão.” Ela provocou e Owen apenas riu.
“Ah, eu não estou me adiantando, luce mia.” Ele se aproximou de seu rosto, seus lábios a poucos centímetros ao adicionar. “Estou confiante, sei que em breve você será minha.”
Suas palavras a fizeram corar, e antes que ela pudesse retorquir, Owen deu um selinho em seus lábios e se afastou.
“Agora vamos para casa, certo?” Ele abriu a porta para ela e foi para o assento do motorista.
Justo quando Leonica estava prestes a entrar, ela ouviu o som de um motor de carro ligando e, por algum motivo, virou-se e escaneou o estacionamento cheio de pessoas.
“Algum problema, luce mia?” Ela balançou a cabeça negativamente à pergunta de Owen e entrou no carro.
“De jeito nenhum.” Ela mentiu, sabendo a fonte de seu desconforto.
“Vamos levá-la para casa.”
Leonica assentiu, mas não desviou o olhar, mantendo seus olhos fixos no espelho retrovisor enquanto Owen dirigia.
E suas suspeitas foram confirmadas quando um carro com aparência similar ao de mais cedo apareceu atrás deles.
“Ei Owen,” Leonica chamou, sua voz soando mais séria do que antes. “Você pode acelerar um pouco? Preciso checar uma coisa.”
Owen a olhou estranho, mas fez como pedido.
“O que você quer dizer com ‘checar uma coisa’?” Ele perguntou. “O que você está procurando?”
Leonica não respondeu, mantendo seus olhos no espelho retrovisor e isso chamou a atenção de Owen, que percebeu a presença do mesmo carro familiar.
“O quê? Estamos sendo seguidos?” Ele questionou.
“Não sei ainda.” Ela respondeu e conforme Owen acelerava um pouco, o carro atrás deles também acelerou, confirmando suas suspeitas.
Leonica suspirou alto. “Estamos.” Que maneira excelente de Jamil arruinar sua noite.
“E eu que estava marcando esta noite como a perfeita.” Owen murmurava em voz baixa enquanto aumentava a velocidade do seu carro. “Coloque o cinto, Leonica.”
Ela fez como mandado sem mais palavras, sabendo exatamente o que viria a seguir. Mas Owen podia ver a leve preocupação que passou pelo rosto dela.
Ele alcançou sua mão e a apertou levemente. “Não se preocupe, vou garantir que nada aconteça com você.”
Claro que ela sabia disso. Era ele quem ela estava preocupada. Ele não tinha nada a ver com as besteiras de Jamil, e ainda assim estava sendo arrastado para isso.
Mas Leonica não disse uma palavra, não querendo distrair Owen de sua direção.
Sua mão, no entanto, apertou a dele quando o carro acelerou. Por sorte, a estrada estava livre, dando a eles espaço suficiente para manobrar. Mas isso não foi o suficiente para despistar quem quer que os seguisse, mas também permitiu a Owen aprender uma coisa.
“Eles não estão nos perseguindo,” Ele afirmou. “Eles não tentaram nem uma vez colidir conosco.”
“Então eles são seguidores?” Leonica perguntou.
“Bom, só vamos descobrir se confrontá-los.”
Hã? Leonica pensou mas antes mesmo que pudesse dizer uma palavra, Owen de repente parou seu carro, bem no meio da estrada vazia. O outro carro que os seguia teve de frear bruscamente para evitar uma colisão.
Percebendo que haviam sido pegos, tentaram dar ré, mas para o seu desgosto, o carro de repente desligou, talvez devido à parada súbita fazendo a bateria deslocar.
Owen viu isso como sua chance. “Fique aqui,” Ele instruiu, desafivelando o cinto de segurança e saindo do carro.
Leonica seguiu o exemplo. “Vou junto.”
Owen não objetou, em vez disso, ele prestou mais atenção em encontrar algo, qualquer coisa. Por sorte dele, e azar de seus seguidores, ele avistou um cano abandonado e o pegou.
Mas ele fez nenhuma tentativa de balançá-lo ou atirá-lo, em vez disso, deixou-o arrastar pelo chão enquanto caminhava em direção ao carro, batendo na janela escurecida quando estava ao lado dela.
“Sei que podem me ouvir, então saiam antes que eu os arranque daí.”
Não houve resposta e Owen pegou o cano com as mãos, levantando-o, mas antes que pudesse quebrar o vidro, a porta se abriu.
Atrás dele, Leonica inclinou a cabeça e observou, querendo ver o rosto estúpido de quem Jamil havia colocado para espioná-la.
Era uma Florença ou aquele outro cara que estava com ele naquele dia? Ela pensou, apertando os olhos.
No entanto, para sua surpresa, a pessoa que saiu estava longe das duas que havia previsto, mas igualmente alguém familiar.
Billy Cadel, o assistente de Gabriel.