Apocalipse: Eu Tenho um Sistema Multiplicador - Capítulo 525
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Capítulo 525: Chapter 525: Variável
Um minuto passou. Então dez minutos se passaram, mas nada aconteceu.
Su Jiyai entrou em pânico um pouco.
‘Que lugar é esse…?’ ela sussurrou em sua mente.
‘Esta gaiola… não é normal.’
Ela olhou ao redor lentamente. Não havia pontos fracos, nem rachaduras, nem sequer uma única amolgadela no chão.
Tudo era perfeito. Perfeito demais.
‘Alguém planejou isso antecipadamente…’
…….
De volta no RV
O sol havia se posto e nascido novamente, e ainda não havia sinal de Su Jiyai.
Xi Ping andava de um lado para o outro dentro do RV, roendo suas unhas.
“Ela já deveria ter voltado! Ela sempre volta…”
Qin Feng estava sentado perto da mesa, seus dedos tamborilando nervosamente.
“Sim. Algo está errado. Ela nem sequer enviou um sinal. Nem mesmo uma mensagem mental.”
Xi Ping parou de andar. “E se… e se a princesa percebeu algo? E se ela—?”
“Não.” Qin Feng levantou-se. “Vamos não entrar em pânico. Mas não vamos esperar mais.”
Ele olhou para fora da janela do RV para a cidade capital brilhando à distância.
“Eu vou entrar. Você virá também.”
Xi Ping piscou. “Mas—”
“Eu nos tornarei invisíveis,” Qin Feng disse firmemente. “Nós vamos entrar furtivamente no palácio. Nós a encontramos. Nós a trazemos de volta.”
Xi Ping concordou rapidamente. “Vamos.”
…..
De volta ao Palácio – Naquela Mesma Noite
Su Jiyai se enrolou em uma pequena bola no centro da gaiola. Suas orelhas caídas, sua cauda permanecia imóvel, e seus olhos estavam pesados de exaustão.
[Meus poderes… estão todos bloqueados.]
Ela tentou por horas. Mas a pressão invisível ao redor da gaiola era como uma parede espessa, parando tudo—sua voz do sistema, sua melodia, até mesmo sua comunicação mental.
Ela suspirou, seu hálito embaçando o chão de vidro.
Então, a porta rangeu ao abrir.
O som de saltos ecoou na câmara.
Era a princesa.
Ela entrou graciosamente, segurando um leque em uma mão e um sorriso suave nos lábios.
“Ora, ora,” ela disse. “Ainda fingindo ser fraca, pequenina?”
Su Jiyai não se moveu.
A princesa caminhou mais perto da gaiola e olhou para baixo.
“Você é esperta. Eu posso perceber. Por isso, vou tornar isso simples.”
Ela se ajoelhou ao lado da gaiola, tocando-a levemente com seu anel.
“Vou fazer um acordo com você,” ela disse docemente. “Forme um contrato comigo. Jure lealdade. Vou deixá-la sair. Você estará livre… comigo.”
Ela estendeu a mão e tocou gentilmente as barras da gaiola.
“Seja minha.”
Su Jiyai virou o rosto sem dizer uma palavra.
A princesa riu.
“Ah, eu gosto de você. Você tem fibra.”
Ela se levantou lentamente e abriu seu leque novamente.
“Você tem três dias,” ela disse. “Se não aceitar até lá, não receberá nem uma única mordida de comida.”
Su Jiyai estremeceu.
Por fora, parecia que ela estava com medo.
A princesa ficou satisfeita. “Já com medo? Bom.”
Ela se virou para a empregada que estava à porta.
“Não lhe dê nenhuma comida. Nem mesmo água.”
Os olhos da empregada se arregalaram. “Sim… Sua Alteza.”
Com isso, a princesa saiu, sua risada ecoando atrás dela.
…
Mais Tarde Naquela Noite
A empregada estava ao lado da gaiola, observando Su Jiyai.
O lobinho não falava, não se movia.
Ela apenas estava deitada lá, orelhas baixas e olhos tristes.
Depois de um momento, Su Jiyai soltou um gemido suave e triste.
Ela se arrastou até a borda da gaiola e estendeu uma pata através das barras.
Ela mexeu sua pata gentilmente, como se quisesse um abraço.
A empregada suspirou suavemente. “Aww…”
Ela caminhou mais perto, os olhos arregalados.
“Você é… realmente tão fofa…”
Su Jiyai gemeu novamente e fez grandes olhos marejados.
Então, ela lentamente juntou suas patas, esfregando-as como se estivesse implorando.
“Uwah…” A empregada segurou o peito. “Você está partindo meu coração.”
Su Jiyai sentou-se sobre as patas traseiras e acenou com a pata lentamente, como uma criança triste dizendo “por favor.”
Os olhos da empregada brilharam.
“Você é… Você é muito humana!”
Ela desviou o olhar rapidamente. “Não, não, não! Eu-eu não posso! Eu te amo, mas não posso abrir a gaiola! A princesa vai me matar!”
Su Jiyai piscou. Ela colocou gentilmente ambas as patas no vidro e inclinou a cabeça como um suave e silencioso choro.
A empregada fez um som engasgado e virou-se de costas.
“Eu… eu não vou olhar mais! Se eu olhar, realmente vou te soltar!!”
Ela cobriu os olhos e correu para o canto, recusando-se a olhar para trás.
Su Jiyai soltou um grande suspiro ao ver a empregada correr em pânico.
“Fingir ser fofa é tão difícil esses dias,” ela murmurou em sua mente, caindo de volta dentro da gaiola.
Ela olhava fixamente para o teto da câmara dourada, sua cauda tremendo.
Desconhecido por ela, no fundo do espaço do sistema, uma tela brilhante reproduzia toda a cena em loop.
Uma pequena voz digital soltou um suspiro sonhador.
[Anfitrião é adorável demais… Realmente o melhor ator da galáxia. Tais orelhas macias… tais olhos tristes…]
O sistema brilhou em admiração enquanto salvava o vídeo em uma pasta especial de “Coleção de Fofura”.
Su Jiyai, sem saber que agora era uma estrela dentro de seu próprio sistema, estava ocupada pensando em planos de fuga.
“Certo, vejamos… Se eu pudesse apenas causar um curto-circuito nas runas… talvez se eu fingir uma febre? Ou fingir estar morta? Ou… mastigar as barras?”
Ela estava em pensamento profundo quando de repente —
BOOM!
Todas as luzes no palácio piscavam —
Então se apagaram completamente.
A escuridão encheu todo o prédio.
A empregada gritou do outro lado da sala e correu de volta para a gaiola de Su Jiyai.
“Não se preocupe, pequeno filhote!” ela disse com olhos arregalados e apavorados. “As luzes estão apenas apagadas! Está tudo bem! Ninguém vai te roubar! Você pertence à princesa!”
Su Jiyai revirou os olhos.
“Como se eu tivesse medo de alguém me roubar. Eu só preciso sair desta caixa estúpida…”
Ela piscou.
“Espere… esse blecaute… poderia ser?”
Ela pensou em Qin Feng. Em Xi Ping.
“Eles devem ter descoberto. Talvez… eles estejam aqui.”
Foi então que —
WHACK!
A empregada nem viu vindo.
Uma sombra se moveu na escuridão como o vento.
No segundo seguinte, a empregada foi nocauteada, caindo com um baque suave no chão do palácio.
Su Jiyai nem teve tempo de reagir quando seu mundo inteiro se inclinou.
“Whoaaa—!!” ela gritou quando sua gaiola foi pega como uma sacola de compras.
“Ei! Ainda estou dentro disso!”
A figura que segurava a gaiola não parou. Correu pelo corredor como um relâmpago, se entrelaçando através da escuridão, pulando sobre móveis caídos e guardas confusos.
Su Jiyai rolava e esbarrava dentro da gaiola como uma bola em uma máquina de pinball.
“Owww! Meu nariz!! Minha cauda!! AHHH!”
Justo quando ela pensou que iria vomitar ou desmaiar, a figura deslizou até parar.
Su Jiyai pressionou o rosto nas barras e gemeu.
“Finalmente…”
Mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, uma voz feminina ecoou acima de sua gaiola.
“Eu não vou desperdiçar esta vida,” disse a voz com orgulho aguçado. “Na minha vida passada, a princesa se tornou poderosa apenas porque formou um contrato com o Lobo Prateado.”
As orelhas de Su Jiyai tremeram.
“Prata… Lobo?”
“Ela subiu ao poder, governou o mundo da invocação e construiu um império sobre a linhagem divina daquele lobo.”
A voz riu, suave e sinistra.
“Mas agora? Aquele poder é meu. Eu renasci com minhas memórias… e desta vez, eu reclamarei a besta antes dela.”
Su Jiyai piscou fortemente.
“Renasceu…? Está dizendo que é como Leticia do mundo interestelar?”
Ela olhou para suas próprias patas e cauda.
“Mas eu sou azul. O lobo lendário era prateado, certo?”
Ela apertou os olhos.
“Ela… pegou o lobo errado?!”
A mulher riu novamente e começou a correr mais uma vez, segurando a gaiola como se fosse um baú de tesouro.
Su Jiyai foi arremessada novamente e bateu na parede da gaiola.
“Ugh! Vou vomitar aqui!!”
De volta ao Palácio
As luzes se acenderam novamente.
Guardas estavam correndo por toda parte.
“O filhote de lobo azul está desaparecido!”
“Ela foi embora!”
“Verifique todas as saídas! A princesa está furiosa!!”
A princesa atravessava os corredores com fúria nos olhos.
“ENCONTREM-SE!” ela gritou. “Não me importo se vocês virarem o reino inteiro de cabeça para baixo!”
Invisível nas Sombras
Qin Feng e Xi Ping estavam escondidos atrás de uma grande coluna perto do salão do tesouro. Por causa da invisibilidade de Qin Feng, ninguém podia vê-los.
Mas ambos pareciam completamente atônitos.
Xi Ping estava congelada.
“Ela… está desaparecida?! Mas—ela estava na gaiola! Como alguém pode tê-la roubado?!”
Qin Feng estreitou os olhos, examinando o palácio caótico.
“…Alguém interferiu. Isso não fazia parte do plano.”
“EU SABIA que isso era uma má ideia!” Xi Ping sussurrou. “Por que eu concordei em deixá-la fingir ser um prêmio?!”
Qin Feng fechou os punhos. “Não podemos discutir agora. Temos que encontrá-la.”
Ele tirou uma pequena pedra preta de sua túnica e fechou os olhos.
Um suave brilho cintilou sob seus pés.
Então —
Pegadas apareceram no chão. Brilhantes, suaves e recentes.
“O ladrão…” Qin Feng disse calmamente. “Eles foram por aqui.”
Xi Ping concordou. “Vamos.”
Sem perder mais um segundo, eles seguiram a trilha de pegadas brilhantes.