- Home
- Apocalipse: Eu Tenho um Sistema Multiplicador
- Capítulo 496 - Capítulo 496: Capítulo 496: Absorção de Poder
Capítulo 496: Capítulo 496: Absorção de Poder
O tempo passava.
O Diabo não se moveu; ele sentou-se calmamente em seu assento, esperando o tempo de proteção terminar.
Ele não intimidou Su Jiyai nem falou. Era como se ele de repente tivesse perdido a voz e o interesse em falar.
Su Jiyai rangia os dentes, e mesmo sentindo-se como se estivesse no inferno, Su Jiyai aguentou e perguntou ao sistema,
“Há alguma maneira de eu sair?”
[Escaneando as possíveis rotas de fuga…]
[Nenhuma encontrada!]
“Vá se f*der.” Su Jiyai murmurou. Ela estava realmente irritada com este sistema auxiliar.
Além disso, ela estava furiosa consigo mesma por ter se precipitado em entrar em um reino completamente diferente.
“Merda! Deve haver uma maneira de sair… pense… pense… Jiyai…”
Em vez de se repreender por estar em apuros, e pensar em quão grande era o problema, ela precisa encontrar uma contramedida… uma que a manteria segura pelo menos.
De repente, ela perguntou,
“Quanto tempo levará para processar todos os superpoderes?”
Talvez se… talvez ela processasse todos os superpoderes rápido, ela conseguiria sair.
[Depende de quão rápido você pode absorver esses poderes. No seu caso, são 7 dias.]
“7? Que droga! A poeira mágica só tinha se estabelecido em seis diabos!”
[Você também havia jogado um pouco no boneco do Diabo.] A IA auxiliar lembrou.
Os olhos de Su Jiyai se iluminaram, e ela perguntou,
“Posso… posso absorver rapidamente?”
[Você pode. Mas a dor será insuportável. E você precisa identificar a maneira de como fazer isso sozinha, já que antes de você, nenhum dos usuários que usaram poeira mágica tentou tal coisa.]
Su Jiyai cerrou os punhos.
Claro. Claro que tinha que ser ela.
A primeira idiota a jogar poeira mágica como confete e acabar precisando inventar um método completamente novo para sobreviver.
Claro.
Sua cabeça latejava, sua pele ainda formigava com a dor persistente de antes, e seu corpo se recusava a se mover da maneira que ela queria.
Ainda assim, que escolha ela tinha?
“Certo,” ela sussurrou, a voz rouca.
Com determinação nos olhos, Su Jiyai fechou os olhos e tentou sentir as novas energias correndo dentro de seu corpo.
Ela não sabia que poder obteria uma vez que absorvesse o poder daquele boneco, mas ainda assim arriscava.
Só um pouco mais.
Su Jiyai pensou no boneco sentado no trono, através do qual a alma do Diabo podia ir e vir, e começou a visualizar o próprio poder.
Ela imaginou o boneco sentado no trono e repetiu em seu coração,
‘Absorva primeiro o poder que consegui daquele boneco.’
No começo, nada aconteceu.
Então, um calafrio repentino subiu pela espinha de Su Jiyai.
Seu peito apertou, e sua respiração parou quando algo dentro dela se mexeu—algo não natural. Algo estranhamente perturbador.
Não era como absorver um superpoder normal.
Este sentia-se… vivo.
Não de uma maneira calorosa e reconfortante, mas fria, calculada—como se cordas invisíveis estivessem sendo amarradas em torno de suas articulações, puxando e torcendo, testando seu corpo como uma marionete.
Os minutos passavam.
E logo, uma hora tinha acabado.
[Tempo restante: 30 segundos.]
[Tempo restante: 29 segundos.]
[Tempo restante: 28 segundos.]
[Você gostaria de estender a proteção por mais 20 minutos?]
“Sim!” Su Jiyai disse firmemente, embora soubesse que ainda estava apenas no meio do caminho e que precisaria de mais 1 hora, ela queria tentar seu melhor.
[Certo… Proteção reforçada pelos próximos 20 minutos.]
No momento em que a proteção foi estendida, Su Jiyai soltou um suspiro que não percebeu que estava segurando.
Apenas mais 20 minutos.
Não é suficiente. Mas ela faria funcionar. Ela tinha que fazer.
Seu corpo tremia violentamente enquanto ela se esforçava mais, tentando forçar a energia estranha a se fundir mais rápido.
Mas ela lutava contra ela—raspando, torcendo, curvando-se de volta como uma cobra se recusando a ser domada.
Su Jiyai cerrou os dentes tão forte que sentiu o gosto de sangue. Suas mãos cavaram o chão rachado sob ela, unhas raspando na superfície.
O suor escorria por seu rosto como um rio, e sua visão ficou embaçada pelo esforço esmagador.
Ela podia sentir o tempo escorregando.
[Tempo restante: 3 segundos.]
[Tempo restante: 2 segundos.]
[Tempo restante: 1 segundo.]
[A proteção foi encerrada.]
A barreira invisível que a separava do Diabo quebrou-se silenciosamente, como névoa se dissolvendo no ar.
Tudo ao seu redor instantaneamente ficou mais frio.
Ela não ousava abrir os olhos. Sua respiração ficou presa na garganta. O poder do fantoche ainda não estava totalmente absorvido. Ela havia falhado.
Seguiu-se um silêncio profundo. O tipo de silêncio que faz seu coração pular uma batida.
Whoosh. No segundo seguinte, uma mão a agarrou e a tirou do túnel. O aperto era tão forte que por um momento, Su Jiyai sentiu como se fosse ser esmagada até a morte.
No entanto, ela ainda não abriu os olhos e continuou a absorver.
Vendo sua tentativa fútil, o Diabo zombou,
“Luz do Mundo. Acho que você terá que morrer hoje.”
Com isso, o aperto se tornou mortalmente apertado.
Su Jiyai podia sentir a energia maliciosa e maligna se infiltrando do Diabo. Era seu primeiro encontro com o Diabo.
Sua respiração tornou-se irregular devido à imensa pressão que o Diabo estava liberando. O aperto apertado bloqueou a passagem de seu oxigênio, e Su Jiyai lentamente começou a sentir tontura.
Seus membros balançavam impotentes enquanto os dedos ossudos do Diabo se apertavam mais em torno de seu corpo como uma garra monstruosa.
Suas costelas rangiam sob a pressão, e estrelas dançavam diante de seus olhos.
Ainda assim, Su Jiyai não parou.
Dentro dela, o poder estranho se contorcia como uma besta presa em correntes.
Era selvagem, furioso e totalmente alienígena—mas ela se forçou a continuar mantendo-o.
Para moldá-lo, para absorvê-lo. Ela não podia desistir. Não agora.
O Diabo inclinou a cabeça lentamente, como se estivesse observando um inseto tentando rastejar para fora de uma chama. Sua voz caiu para um quase sussurro, baixo e arrepiante.
“Você é teimosa,” ele disse, quase divertido. “Mas você é apenas humana.”
Seu aperto apertou novamente, e desta vez Su Jiyai soltou um suspiro agudo.
Um estalo doloroso ecoou—talvez uma costela. Talvez duas. Seu peito parecia que estava afundando.
Mas ainda assim—ainda assim—ela não parou.
Ela ignorou a voz do Diabo, seu aperto sufocante, e a tontura que a pressionava como uma onda. Ela foi para dentro. Profundamente em si mesma. Procurando.
A energia do fantoche, agora uma confusão de fios frios e linhas fantasmas, estava emaranhada profundamente em seu núcleo.
Cada vez que ela tentava puxá-la, ela resistia e tentava revidar.
O Diabo percebeu.
“Oh?” ele murmurou, sua mão esquelética se contraindo. “O que é isso…?”
Ele também podia sentir— a ligeira oscilação em seu corpo, o agitar de algo não natural. Algo que ele não esperava.
Os lábios de Su Jiyai tremeram. Sangue escorria do canto de sua boca, mas um leve sorriso aparecia no canto dela.
Ela estava perto.
Ela não sabia como sabia—mas ela sabia. Mais um esforço. Apenas um.
O Diabo, percebendo a estranheza, estreitou seus olhos escuros. O sorriso em seu rosto vacilou pela primeira vez.
“O que você está fazendo?” ele sibilou.
De repente ele sentiu como se sua alma estivesse sendo sugada e imediatamente soltou Su Jiyai.
A altura era equivalente a um prédio de 2 andares, fazendo com que Su Jiyai sofresse uma lesão na cabeça, e o sangue lentamente se acumulava sob seu corpo, ainda assim, seu corpo permanecia fechado.
O Diabo deu um passo cauteloso para trás, suas vestes negras tremulando com um vento repentino que não tinha fonte. Seus olhos ardentes se estreitaram enquanto ele olhava para a garota agora ensanguentada no chão.
Su Jiyai não estava se movendo. Seu corpo parecia frouxo, frágil, como uma boneca quebrada jogada descuidadamente sobre a pedra. Sua cabeça estava sangrando, e seus olhos estavam bem fechados—mas dentro de seu peito, algo estava mudando.
Os dedos do Diabo se contraíram.
Ele podia sentir isso.
Um puxão.
Um terrível, antinatural puxão dentro de sua alma.
Sua essência… estava sendo drenada.
“O que…?” o Diabo sussurrou, a confusão lentamente dando lugar ao medo. “Que truque é esse?”
Ele ergueu a mão, chamas escuras enrolando-se em torno de sua palma. Com um movimento, ele enviou uma explosão de poder mortal direto para ela.
Mas no momento em que o ataque tocou Su Jiyai, as chamas não a queimaram.
Em vez disso—elas desapareceram.
Não—elas foram devoradas.
O Diabo cambaleou um passo para trás.
“Não… Não! Isso está errado!” ele rosnou.
Ele tentou novamente, lançando uma picada afiada de energia amaldiçoada—preta e vermelha como veneno—mas como antes, foi absorvida no momento em que tocou sua pele.
Na verdade, desta vez, a sucção foi duas vezes mais forte.
Não apenas seu poder estava desaparecendo—algo mais profundo estava sendo arrancado dele.
Sua alma.
O Diabo ofegou, segurando o peito. Um frio arrepiante subiu por sua espinha.
Sua alma—um ser que vivera por milhares de anos—estava sendo lentamente arrancado de seu corpo e alimentado na própria criatura que ele estava tentando destruir.
Su Jiyai.
A garota que estava quebrada… mas não derrotada.
Seus dedos se contraíram.
Então sua mão se fechou em um punho.
O sangue em seu rosto começava a secar, mas algo novo pulsava sob sua pele. Um brilho espectral.