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Capítulo 486: Capítulo 486: Barreira Protetora
O pergaminho que Su Jiyai lhe deu… ele não conseguiu ativá-lo.
Precisava de um vínculo.
Mas o Diabo havia cortado isso.
“Você… você me cortou…” Qin Feng murmurou, sua voz dentro do corpo de Madame Rainha falhando.
O Diabo sorriu. “Claro que sim. Não sei quem você é, mas você não vai ficar aqui.”
Os dedos de Qin Feng tremeram.
Ele não tinha escolha.
Ele tinha que lutar.
Qin Feng ergueu a mão de Madame Rainha e concentrou sua energia da alma. Poder psíquico surgiu da palma dela, uma onda de força invisível correu em direção ao Diabo.
BUM!
Atingiu o Diabo no peito—mas ele não se mexeu.
“Hum.” O Diabo olhou para si mesmo, então para cima. “Isso fez cócegas.”
Os olhos de Qin Feng se arregalaram.
“O quê?!”
“Você realmente pensou que isso funcionaria?” disse o Diabo, aproximando-se. “Você é fraco, pequena alma. Forte o suficiente para se infiltrar. Mas não forte o suficiente para sobreviver.”
“Não,” Qin Feng murmurou. “Eu ainda não terminei!”
Ele recuou. Rápido.
Sua alma estava começando a tremer novamente.
O Diabo ergueu a mão novamente, e desta vez Qin Feng podia sentir—como se uma garra estivesse se alcançando seu peito, tentando arrancá-lo completamente do Madame Rainha.
Ele não tinha escolha.
Qin Feng olhou para a mão esquerda de Madame Rainha.
Lá. O anel. Uma pequena faixa de prata. Simples. Parece normal. Mas não era apenas uma joia.
Era seu anel de armazenamento. Seu plano de backup.
“Se as coisas piorarem… esconda-se,” a voz de Su Jiyai ecoou em sua memória. “Você tem um lugar, certo?”
Qin Feng não esperou.
Com um último empurrão, ele deslizou sua alma para dentro do anel.
Como caindo em um túnel. Então silêncio. Escuridão. E segurança. Por enquanto.
………………………….
Lá fora, o Diabo piscou.
O corpo da mulher—o corpo de Madame Rainha—estava ali… vazio.
Sem mais sorrisos estranhos. Sem olhos brilhantes. Apenas vazio.
O Diabo franziu a testa.
“Para onde ele foi?”
Os outros Diabos se olharam.
“Ele fugiu?” perguntou Foice.
Corvo balançou a cabeça. “Nenhuma alma escapou. Eu teria sentido isso.”
“Então ele ainda está dentro,” disse o Diabo lentamente.
Ele estreitou os olhos para o anel na mão de Madame Rainha.
Mas ele ainda não se moveu.
Em vez disso, ele sorriu sombriamente.
“É um jogo de esconde-esconde, não é?” ele disse. “Bem. Eu vou despedaçar este corpo, se precisar.”
……………………………………….
Dentro do anel, Qin Feng estava sentado em completa escuridão.
Mas ele podia respirar novamente.
Ele estava encolhido no canto de seu próprio espaço de armazenamento. Havia ervas, armas, pergaminhos e comida flutuando ao seu redor—coisas que ele havia coletado ao longo dos anos.
Era como um pequeno quarto. Apertado mas tranquilo.
E seguro.
Ele soltou uma respiração trêmula.
“Isso… foi por pouco,” ele sussurrou.
Ele tocou seu peito. Sua alma ainda estava ferida. Mas ainda estava íntegra. Mal.
……………………………………
O Diabo não se levantou.
Ele não precisou.
Ainda sentado preguiçosamente em seu trono escuro, ergueu um dedo—apenas um dedo envolto em um tecido preto e fluido. Sua presença era silenciosa… mas fazia o ar parecer mais pesado, como se o próprio oxigênio tivesse medo de se mover.
Assim que o dedo do Diabo se moveu em direção ao corpo da Madame Rainha—
“Espere!” uma voz gritou, aguda e desesperada.
Todos se viraram.
O Almirante Ru caiu de joelhos. Seu rosto estava pálido, olhos selvagens de medo.
“Por favor!” ele gritou novamente, batendo a testa contra o chão frio. “Por favor, não a machuquem! Ela é minha irmã! Minha única irmã!”
Os olhos do Diabo brilharam, levemente vermelhos por trás das sombras de seu capuz.
“Sua irmã?” ele repetiu lentamente, como se provasse as palavras.
“Sim,” o Almirante Ru ofegou. “Juro que ela é inocente! Não é culpa dela que alguém tomou seu corpo! Por favor, meu Senhor, poupe-a!”
A sala ficou em silêncio mortal.
Então—
O Diabo riu.
Um som baixo e sem alegria que enviou um calafrio pela espinha de todos.
“Que tocante,” ele disse, com voz suave como uma lâmina deslizando de uma bainha. “Você finalmente se importa com alguém além de você mesmo.”
Os ombros do Almirante Ru tremeram. “Eu farei qualquer coisa. Só não a mate—”
Mas antes que ele pudesse terminar—
CRACK!
Com um leve movimento de seu dedo, o Diabo enviou um raio negro diretamente através do peito do Almirante Ru.
Os olhos do Almirante se arregalaram. Sangue jorrou de sua boca.
Ele caiu para a frente. Morto antes de atingir o chão.
O chão estava silencioso mais uma vez.
“Não me interrompa quando estou pensando,” o Diabo murmurou, a voz agora mais fria. “Tão irritante.”
Ele lentamente ergueu novamente sua mão envolta em tecido. Ninguém podia ver se ele tinha dedos por baixo daquele pano—apenas o movimento oscilando do tecido, como se a escuridão tivesse tomado forma.
Sua mão pairou no ar, então se fechou.
Ele estava procurando.
A sala ficou mais fria enquanto ele se concentrava. Fios escuros de energia torciam-se pelo ar, como veias rastejando para fora de sua palma.
Ele estava tentando sentir.
Sentir a alma que havia escapado.
Qin Feng.
Sua voz caiu para um sussurro, mais para si mesmo do que para qualquer outra pessoa.
“Ele ainda está aqui… Eu posso sentir. Ele não escapou do corpo. Mas ele está se escondendo. Se escondendo bem.”
Ele abriu os olhos, a frustração começando a se agitar sob a superfície de seu tom geralmente divertido.
“Certo,” ele estalou. “Todos vocês—procurem o corpo.”
Os Sete Demônios se endireitaram.
Foice estalou os dedos, sorrindo. “Com prazer.”
“Se for necessário,” o Diabo continuou, “cortem os membros. Quebrem os ossos. Eu quero essa alma encontrada nos próximos vinte minutos.”
Elisha hesitou. “Precisamos dela viva?”
A cabeça do Diabo inclinou-se apenas ligeiramente. “Só se ela tiver valor. Se não…” Ele deu de ombros. “É só um corpo agora.”
Corvo deu um passo a frente primeiro. “Vamos começar, então.”
Eles se aproximaram do corpo imóvel da Madame Rainha, sua cabeça abaixada, olhos vazios como uma marionete sem cordas.
Foice estendeu-se para seu ombro.
Então—
FLASH!
Um forte, zunido ecoou pelo salão.
Uma luz dourada-azulada explodiu ao redor da forma da Madame Rainha, empurrando os Demônios alguns passos para trás.
“O que diabos—?!” Véu sibilou, levantando os braços.
Uma barreira brilhante havia aparecido.
Não era grossa. Parecia uma bolha de luz entrelaçada, quase frágil. Mas a energia pulsante dela era real. Viva.
“Aquele maldito Almirante Ru!” O Diabo vociferou com uma voz furiosa.
O que ninguém entendeu, ele entendeu.