Apaixonando-se pelo Rei das Feras - Capítulo 625
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625: Não Pare de Respirar 625: Não Pare de Respirar DEDICAÇÃO AO LEITOR: Assim que eu intitulei este capítulo, eu sabia que tinha que dedicá-lo à Janell_Apple. Obrigado por todo seu apoio e interesse pelos meus personagens, Janell. Eu sei que estamos numa jornada turbulenta, mas espero e rezo para que você pense que valeu a pena no final. Prenda-se! E lembre-se: Não pare de respirar.
*****
ELIA
Uma hora depois, Elia estava em frangalhos. Seu corpo estremecia sob dores crescentes e em intervalos cada vez mais curtos. E a cada respiração, cada gota de suor e cada momento que passava, ela se sentia mais fraca, não mais forte.
Algo estava errado. Ela podia sentir. Algo estava errado.
Quando outra contração passou e ela finalmente conseguiu respirar novamente, Elia se recostou no travesseiro, já úmido de seu suor, e pingos das compressas frias que Aymora continuava colocando em sua testa durante as contrações.
Ela só queria puxar um cobertor sobre a cabeça e chorar.
Ela era uma mulher—uma leoa! Era para isso que ela foi feita! Ela deveria estar enfrentando isso com os dentes cerrados e punhos apertados, lutando contra isso. Ela deveria ser uma guerreira à altura do seu companheiro.
Em vez disso, ela se sentia como o pano que Aymora estava torcendo na água—flácida e pingando.
Ela chorou e gritou. Ela suportou em silêncio e quase desmaiou. Ela ficou com raiva e se encolheu de terror… e nada mudou. Seu corpo estava avançando para o fim—o nascimento de seu bebê—e não havia nada que ela, ou os curandeiros, pudessem fazer para parar.
— Por que… estou… tão fraca… já? — ela ofegava enquanto Aymora esfregava a mão por seu braço.
Sua mãe deu um sorriso suave. — Mães são todas frágeis, cada uma, — ela disse. — Produzir uma vida é a coisa mais dolorosa e aterrorizante que a maioria delas fará. Mas é aí que você encontra sua força, Elia. Este dia vai passar—ele vai. E em troca de sua fraqueza e dor, você receberá uma nova vida. Um novo amor. Um novo propósito. É uma coisa linda. A coisa mais valiosa que qualquer Anima pode fazer. Então, se você se sente fraca, sinta-se fraca. Mas saiba que você não será vista dessa maneira quando tudo isso terminar.
Elia fechou os olhos por um momento, sabendo que as palavras eram tocantes e lindas, desejando que pudesse senti-las. Desejando que pudesse sentir algo além de dor ou medo.
— Mas a Anima… — ela murmurou um momento depois, — elas não são… tão frágeis.
Aymora franziu a testa, observando Jayah que agora voltava a ouvir o batimento cardíaco da Elreth, agora que a contração tinha acabado.
— Elia, seu corpo foi taxado muito além do que qualquer Anima foi solicitado, — ela disse em voz baixa. — Não apenas para carregar o filhote maior e mais forte do Orgulho, mas para fazê-la crescer tão rapidamente… francamente estou impressionada que você ainda esteja viva.
Elia piscou. — Você achou… que isso poderia me matar?
— Quando percebi o quão rápido seu corpo estava desenvolvendo o bebê e… sim, Elia, eu temi que você não se fortalecesse nesta última semana. Mas você se fortaleceu. Então, eu agradeço ao Criador. E tenho certeza de que você se fortalecerá novamente para enfrentar isso também. E então você vai se recuperar.
Elia lambeu os lábios, prestes a fazer outra pergunta quando seu corpo se retorceu e ela não conseguiu respirar, não conseguiu falar, não conseguiu fazer nada além de deitar ali sob o domínio da dor—uma dor ainda mais intensa do que as contrações anteriores. Elia sentiu como se seu corpo inferior estivesse sendo esmagado em um torno. Lágrimas escorriam por suas bochechas.
Ela queria gritar. Ela queria arrancar sua barriga, removê-la de seu corpo. Mas ela não podia fazer nada além de se debater, sua mão descendo sobre o braço de Aymora e segurando até que suas unhas cortassem a pele de sua mãe.
— Shhhhh, está tudo bem, Elia, apenas respire. Continue respirando. Você precisa respirar.
— O filhote mudou de posição, — disse Jayah calmamente, urgentemente, suas mãos no estômago de Elia. — A dor é pior porque ela é tão grande e está engajada na pélvis.
Elia ofegou de medo, mas não conseguiu fazer mais porque todo o seu corpo gritava.
Aymora fez um ruído que Elia sabia que não podia ser bom, mas ela não podia pensar naquele momento. Não podia fazer perguntas. Nem sequer podia falar.
— Não se preocupe, Elia, — disse Aymora, fazendo sinal para Elia respirar. — Mudar na barriga é um bom sinal. Sua filha é forte—and completamente Anima. Agora… tente respirar e relaxar. Não deixe que ela sinta seu medo. Deixe ela se reajustar e encontrar segurança com você aí. Vamos. Respire, Elia. Respire…
Mas Elia estava desmoronando. Algo dentro dela estava cedendo. E Reth não estava aqui.
Onde estava sua força?
Onde estava sua resolução?
Onde estava seu companheiro?
*****
Cinco contrações depois—agora apenas a dois minutos de intervalo—Elia soluçava e aspirava o ar enquanto a última contração desaparecia, mas já ela podia sentir seu corpo se preparando para a próxima.
— Eu não consigo… — ela chorou. — Eu não consigo…
— Você consegue, e conseguirá, — disse Aymora firmemente, mas calmamente. — Nossa preocupação não é sua capacidade de dar à luz, Elia. Toda fêmea atinge seu limite quando a hora se aproxima—isso é bom. Significa que provavelmente temos uma hora ou menos até você conhecer sua filha. Concentre seus pensamentos nisso, Elia. Essa é a alegria que a espera. Concentre sua mente nisso.
Elia soluçava, agarrando as peles, encharcadas com seu suor. — Onde está Reth?! — ela soluçava.
Aymora olhou para Jayah, seu rosto claro e calmo, mas Elia podia dizer que ela também estava preocupada que Reth não tivesse voltado. Ela havia enviado o mensageiro atrás dele para dizer que Elia estava em trabalho de parto duas horas atrás. Em forma de besta, era mais do que tempo suficiente para voltar.
— Jayah, — disse Aymora, — você pode ir falar com os guardas e descobrir se o mensageiro já voltou? Se há alguma notícia?
— Claro. — Enquanto o lobo saía do quarto, Aymora voltava-se para Elia, que começava a tremer.
— Você tem que me ajudar, Aymora, — Elia sussurrou, as palavras se atropelando enquanto ela se apressava em falar antes da próxima contração.
— Farei tudo que eu—
— Não, ouça… por favor… você tem que me ouvir, Aymora.
Sua mãe pegou sua mão, suas sobrancelhas franzidas sobre seu nariz. — Estou ouvindo.
Elia respirou fundo. — Você tem que me fazer uma promessa, — ela disse.