Apaixonando-se pelo Rei das Feras - Capítulo 45
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45: Perdendo o Controle 45: Perdendo o Controle RETH
Após mais beijos e um gemido de despedida, Reth se vestiu, arrumou um rolo de viagem e saiu da Caverna, cada músculo em seu corpo o puxando de volta, em direção à Elia. Ele ainda estava trêmulo pelo choque de ter o acasalamento interrompido, sua pele sentindo de uma só vez, muito frouxa, e muito justa. Ele queria rosnar, queria rugir, e queria voltar correndo para a caverna, trancar a porta e mergulhar em Elia.
Às vezes ser Rei era uma droga.
Behryn o esperava na clareira, conversando baixinho com os outros homens Leoninos que ele havia trazido para a caça. A lua estava alta e quase cheia, a luz tão brilhante quanto o dia para os olhos de Reth. Ele fez uma rápida varredura da clareira, verificando que os guardas Equinos permaneciam com as costas voltadas para a caverna, observando a floresta ao redor. Ele odiava deixar Elia – mas odiava ainda mais a ideia de alguém ir atrás dela enquanto ele estivesse fora.
— Garanta que os guardas se revezem enquanto ela estiver aqui, — disse Reth a Behryn assim que se juntou aos homens. — Não quero que ela fique sozinha um só momento e tampouco quero homens sonolentos cometendo erros.
Behryn acenou com a cabeça, mas Reth olhou de volta para a caverna e franziu a testa. Ele nunca havia precisado de guardas em sua própria casa antes, mas o fato de ele não se sentir confortável em sair enquanto estava fora lhe dizia o quão séria a situação era. — Você tem certeza que sou necessário para isso? — perguntou, rolando os ombros e esticando o pescoço. Sua maldita pele queria se transformar, e ele não queria desistir do espaço mental para lutar contra isso.
Behryn escancarou a testa e o puxou para o lado, longe dos outros homens. Reth deu toda a sua atenção ao seu Segundo. Behryn não o tiraria da cama à toa, e também não tentaria manter uma conversa em privado só por diversão.
— O que é? — Perguntou.
Behryn lhe deu um olhar sério. — Tenho certeza de que você é necessário para isso — os jovens ainda não têm força de caráter — mas também tenho certeza de que você está tão errático quanto um potro sentindo seu cio agora. Que diabos foi aquilo, Reth?
Reth lançou-lhe um olhar severo por sob as sobrancelhas pesadas. — Você precisa que eu explique a você, Behr?
— Preciso que me diga por que acabei de ver meu Rei quase se transformar em fera sem escolha. Eu não lhe vejo fazer isso desde seu primeiro acasalamento.
Reth resmungou. — Caramba, eu tinha esquecido disso.
— Estou falando sério, Reth. O que está acontecendo?
— O que está acontecendo é que eu estava prestes a tomar minha parceira pela primeira vez, e quatro homens derrubaram minha porta enquanto minha parceira estava desprotegida. Você quer tentar, Behr, e ver como se sente estável no momento?
Mas Behryn não iria ceder. — Eu já lhe vi sob todo tipo de estresse e pressão na última década, Reth. Nunca te vi lutar pelo controle assim. Seus olhos mudaram.
— É só o laço de acasalamento agindo em mim. Tenho certeza que depois que eu desfrutar minha parceira, e ela desfrutar de mim, isso vai passar.
— Bom, isso não vai acontecer enquanto você estiver na trilha.
— Não, não vai. Sua hora foi impecável, meu amigo, — Reth tentou brincar, mas fez uma careta contra outra onda de formigamento nas costas e teve que inclinar a cabeça.
Behryn suspirou. — Talvez atrasemos um dia e deixemos vocês dois—
— Você não está prestes a me dizer que interrompeu a gente por algo que não precisa de atenção imediata? — Reth rosnou.
Behryn o fitou. — Não. Estou prestes a lhe dizer que acho que você está com muito mais problemas do que pensa se não conseguir controlar isso, e estou avaliando qual risco é maior: Deixar um Silencioso alcançar as fêmeas, ou deixar meu Rei se soltar para se tornar um ele mesmo.
Reth revirou os olhos, mas ainda estava se contorcendo e tentando esconder do amigo. — Não consigo pensar em uma maneira melhor de aliviar a tensão do que ir cara a cara com um grande Silencioso. Será bom bater em algo e não ter que me conter.
— A menos, é claro, que você perca o controle e nós o perdamos.
— Behryn, por favor. As chances de eu ir tão fundo são tão pequenas—
— Se você tivesse me perguntado há uma semana, eu teria dito a mesma coisa. Mas eu acabei de ver sua pele borbulhar quando você não queria. Seus olhos mudaram, Reth!
— É, eu ouvi você da primeira vez, — ele resmungou, puxando o rolo de viagem para cima no ombro. — Foi ruim, eu entendo. Mas como eu disse, não há nada que possamos fazer sobre isso agora. Vocês acabaram com o clima, e o fizeram bem. E além do mais, eu não quero apressar aquilo. É a primeira vez dela.
Behryn o encarou por um longo momento, então inalou profundamente e levantou uma sobrancelha. — O cheiro dela está seguindo você, — disse ele. — Interessante.
Reth deu de ombros como se fosse uma resposta, mas na verdade estava tentando alcançar a coceira entre as omoplatas. — Eu te disse que só seria questão de tempo. Antes de irmos, me diga o que você está vendo nos lobos — se eu estiver fora… estamos deixando o povo vulnerável?
— Acho que não, — disse Behryn, escaneando a floresta ao redor. — Você está salvando o mundo e o povo te ama por isso. Ninguém esqueceu daquele Silencioso de alguns anos atrás. Se os lobos tentarem te derrubar enquanto você estiver fazendo isso, encontrarão muitos argumentos, eu acho… Contanto que mantenhamos uma boa guarda em Elia. Ela é o único ponto fraco.
Reth rosnou baixo em sua garganta e Behryn acenou com a cabeça. — Não deixe que ela saia do alcance dos Guerreiros.
— É um pouco difícil quando não queremos que ela saiba que estamos seguindo-a, mas faremos o melhor. Ela não ficará sozinha e desprotegida, pode ter certeza disso.
Reth acenou com a cabeça e bateu nas costas do amigo. — Obrigado. Ok, quanto mais rápido eu cuidar desse cara, mais rápido voltarei e poderemos resolver tudo isso. Em que direção ele está?
— Quando os batedores saíram, ele estava a três dias a Leste. Mas tinha acabado de sentir o cheiro, então ele estará viajando mais rápido agora.
Reth rosnou novamente e acenou para os outros Leoninos se aproximarem. — Melhor nos apressarmos então. Obrigado, Behryn. E não se preocupe, dominância é o que faço de melhor, — ele sorriu. Behryn revirou os olhos.
— É exatamente isso que me preocupa.