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95: Capítulo 95 95: Capítulo 95 Capítulo X: A Teia Embaraçada de Mentiras
“Aria?!?”

A voz aguda e incrédula fez o coração de Aria despencar.

Sentada na beira da cama, enrolada em lençóis de seda caros, estava ninguém menos que Selene Valtoria—sua arrogante, mimada e insuportável colega de quarto na academia.

Aria sentiu seu corpo inteiro ficar rígido. Por que tinha que ser ela?!

Seu olhar desviou para o lado, onde Dario estava sentado, a camisa pendurada frouxamente em seu corpo definido, sua expressão inescrutável—exceto pelo perigoso divertimento dançando em seus olhos dourados.

Selene conhecia Dario?

Uma realização a atingiu como um raio.

O motivo de Dario estar observando Selene outro dia… a tensão no ar quando ele travou olhares com ela… a maneira como Selene tinha desaparecido na noite passada apenas para reaparecer aqui, na cama dele…

Eles estavam envolvidos.

Oh, merda.

Aria forçou um sorriso rígido, quase doloroso, seu cérebro buscando freneticamente uma resposta. “Selene…”

Dario se recostou, apoiando-se em um cotovelo, seus lábios se curvando numa lentidão, num sorriso entretido. “Bem, isso ficou interessante,” ele refletiu. Sua voz tinha a mesma petulância que ela tinha aprendido a detestar. “O quê? Vocês duas se conhecem?”

A resposta veio em duas vozes conflitantes:
“Não!”

“Sim, nós nos conhecemos.”

Aria sentiu seu estômago se retorcer. Ela lançou um olhar desesperado para Selene, implorando silenciosamente para que ela seguisse a mentira. A última coisa que ela precisava era que Dario soubesse a extensão completa de sua miséria.

Mas, para seu horror, Selene estava furiosa.

“Como assim nós não nos conhecemos?” ela estalou, os olhos verdes ardendo. “Ela é aquela que eu te falei! A garota que eu queria que você expulsasse da academia! Ela é Aria!”

Aria ficou parada, atônita, enquanto o peso das palavras de Selene se assentava sobre ela como um cobertor sufocante.

Ela… o quê?

Então era Selene desde o início—a que tramava contra ela nos bastidores.

Aquela que queria ela fora.

Quantas vezes sua estadia na academia havia sido ameaçada desde que chegou? Inúmeras.

E agora, ela tinha acabado de entrar num desastre ainda maior.

Dario deixou escapar uma risada lenta e zombeteira. “Você é inacreditável,” ele disse arrastadamente, balançando a cabeça. “Você parece fazer inimigos onde quer que vá. Que estupidez.”

As mãos de Aria se fecharam em punhos ao seu lado. Seu temperamento inflamou. “Ah, claro, porque todo mundo simplesmente decide ser meu inimigo por absolutamente nenhum motivo, né?” ela rebateu, sua voz carregada de sarcasmo.

O sorriso de Dario desapareceu instantaneamente, sua expressão escurecendo para algo muito mais perigoso.

Aria imediatamente se arrependeu de suas palavras.

Então—
“O que diabos você está fazendo aqui?!” A voz estridente de Selene cortou a tensão densa como uma lâmina.

Aria estremeceu, voltando-se para a loira furiosa, que agora estava em pé, os lençóis de seda envolvendo sua forma nua.

“Eu… Eu—” Aria gaguejou, mas então seu olhar pousou em Dario, que a observava com um ar de autossatisfação exacerbada.

Sua raiva inflamou.

“Sabe de uma coisa?” ela de repente estalou, apontando para ele. “Ele me trouxe aqui contra a minha vontade!”

Os olhos de Selene se arregalaram de choque. “O quê?!”

Dario apenas ergueu uma sobrancelha, claramente divertido.

Aria ergueu o queixo desafiadoramente. “Não tive nada a ver com isso! Ele é quem me arrastou para cá!”

Ela se recusava a assumir a culpa por isso.

Ela queria ver como Dario se esquivaria desta.

Mas para seu horror absoluto, ele apenas se recostou e disse suavemente, “Te trouxe para cá? Como? Eu fiquei tão chocado quanto você ao encontrar alguém no meu quarto assim que acendi as luzes.”

O fôlego de Aria ficou preso em sua garganta.

Sua boca se abriu.

Ele estava falando sério—sério mesmo—sabotando-a desse jeito?!

“Você…” ela disse, seus punhos tremendo de raiva.

O sorriso de Dario se alargou. “Cuidado com seu tom, ratinha,” ele murmurou sombriamente. “Agora, por que você não explica como você entrou no meu quarto?” Sua voz era agora como gelo, atravessando suas defesas sem esforço algum.

“A última vez que chequei, eu só te pedi para limpar. Então, o que exatamente você está fazendo aqui?”

Seus olhos dourados brilhavam com crueldade indiscutível.

A pulsação de Aria martelava em seus ouvidos. Esse desgraçado estava mentindo com tanta facilidade!

Sua cabeça parecia que ia explodir.

“Você—!”

Mas antes que ela pudesse reagir, a voz furiosa de Selene interrompeu-os.

“Sua vadia! Você é tão obcecada pelo Dario?!” Selene praticamente guinchou. “Ao ponto de segui-lo e espioná-lo enquanto ele está na cama comigo?!”

Aria sentiu todo o sangue esvair de seu rosto.

Selene realmente acreditava que ela estava observando-os?

Oh, pelo amor dos deuses.

Ela acreditaria nela se dissesse que nem sabia que Selene era a que estava com Dario?

Ela acreditaria que ela havia sido arrastada contra a sua vontade?

Não.

Absolutamente não.

Então não havia ponto em se explicar.

Aria inalou profundamente. Ótimo.

Se eles queriam jogar sujo, então ela também poderia.

Um sorriso lento e malicioso se formou em seus lábios enquanto ela se virava em direção a Dario.

“Só para você saber,” ela disse docemente, sua voz gotejando veneno, “você é absolutamente terrível na cama.”

O sorriso brincalhão de Dario desapareceu. Seu rosto escureceu—perigosamente.

Selene soltou um gás, seus olhos se arregalando em total confusão.

E antes que qualquer um deles pudesse reagir, Aria girou nos calcanhares e saiu tempestuosamente do quarto, deixando para trás um Dario enfurecido e uma Selene furiosa.

—
Ela praticamente voou pela escada abaixo, seu coração martelando no peito.

Suas pernas se moviam tão rápido que ela nem sequer percebeu que estava prestes a colidir—
PAF.

Ela esbarrou direto numa figura sólida e masculina.

O impacto expulsou o ar de seus pulmões, fazendo-a cambalear para trás.

Seus sentidos giraram—o cheiro de álcool misturado com algo perigosamente intoxicante encheu seu nariz.

Antes que pudesse sequer registrar o que aconteceu—
Mãos quentes a agarraram pela cintura.

Seu fôlego parou.

Então—
Lábios macios capturaram os seus.

O corpo inteiro de Aria congelou.

Seus olhos se arregalaram em choque.

Quem diabos—
Assim que ela finalmente retomou o controle de seus sentidos, ela recuou apenas o suficiente para ver quem a tinha beijado.

E quando seu olhar se fixou nas feições perigosamente atraentes do homem que a segurava, seu coração parou.

—
Continua…

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