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  3. Capítulo 94 - 94 Beijo Roubado 94 Beijo Roubado Aria
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94: Beijo Roubado 94: Beijo Roubado “Aria?!?”

A voz aguda e incrédula fez o coração de Aria despencar.

Sentada na borda da cama, enrolada em lençóis de seda caros, estava ninguém menos que Selene Valtoria—sua arrogante, mimada e insuportável colega de quarto na academia.

Oh. Meu. Deus.

A pessoa com quem Dario tinha acabado de… ter relações sexuais… era Selene?!

A mente dela girava.

Aria sentiu seu corpo inteiro ficar rígido. De todas as pessoas… por que tinha que ser ela?!

O olhar dela desviou para o lado, onde Dario estava sentado, sua camisa pendurada frouxamente em seu corpo tonificado, sua expressão ilegível—exceto pelo perigoso divertimento dançando em seus olhos dourados.

Selene conhecia Dario?

Uma realização a atingiu como um raio.

O motivo pelo qual Dario estava observando Selene outro dia… o jeito que Selene tinha desaparecido na noite passada só para reaparecer aqui, na cama dele…

Eles estavam envolvidos.

Oh, merda.

Aria forçou um sorriso rígido, quase doloroso, seu cérebro buscando desesperadamente uma resposta. “Selene…”

Dario se recostou, apoiando-se em um cotovelo, seus lábios se curvando em um sorriso lento e entretido. “Bem, isso acabou de ficar interessante,” ele refletiu. Sua voz tinha aquele mesmo tom presunçoso que ela tanto detestava. “O quê? Vocês duas se conhecem?”

A resposta veio em duas vozes conflitantes:
“Não!”

“Sim, nós conhecemos.”

Aria sentiu seu estômago torcer. Ela lançou um olhar desesperado para Selene, implorando silenciosamente para que ela simplesmente acompanhasse a mentira. A última coisa que ela queria era que Dario tirasse mais satisfação em atormentá-la.

Mas, para seu horror, Selene estava furiosa.

“Como assim nós não nos conhecemos?” ela estalou, olhos verdes brilhando. “Ela é a que eu te falei! A garota que eu queria que fosse expulsa da academia! Ela é Aria!”

Aria ficou lá, atônita, enquanto o peso das palavras de Selene se acomodava sobre ela como um cobertor sufocante.

Ela… o quê?

Selene… tinha planejado se livrar dela?!

Aria ficou paralisada, olhando para Selene com incredulidade.

Quantas vezes o lugar dela nesta academia havia sido ameaçado desde que ela chegou?

Ela nem conseguia mais contar.

E agora, ela tinha acabado de entrar em um desastre ainda maior.

Dario soltou um riso lento e zombador. “Você é inacreditável,” ele disse arrastadamente, balançando a cabeça. “Você parece fazer inimigos onde quer que vá. Que estupidez.”

Ela cerrou os punhos. “Como se eu estivesse fazendo inimigos—talvez seja apenas que todo mundo aqui quer ser meu inimigo!” ela retrucou.

No momento em que as palavras saíram de sua boca, ela se arrependeu.

A face de Dario escureceu. Seu divertimento desapareceu num instante, substituído por algo perigoso.

Um calafrio percorreu a espinha de Aria.

Então a voz afiada de Selene cortou a tensão.

“Que diabos você está fazendo aqui?!” A voz estridente de Selene cortou a tensão densa como uma lâmina.

Aria estremeceu, voltando-se para a loira furiosa, que agora estava de pé, os lençóis de seda enrolados ao redor de sua forma nua.

“Eu… Eu—” Aria gaguejou, mas então seu olhar caiu sobre Dario, que a observava com um prazer demasiadamente presunçoso.

Sua raiva inflamou.

“Sabe de uma coisa?” ela de repente estalou, apontando para ele. “Ele me trouxe aqui contra minha vontade!”

Os olhos de Selene se arregalaram em choque. “O quê?!”

Dario simplesmente ergueu uma sobrancelha, claramente divertido.

Aria levantou o queixo desafiadoramente. “Eu não tinha nada a ver com isso! Foi ele quem me arrastou para cá!”

Ela se recusava a assumir a culpa por isso.

Ela queria ver como Dario se safaria desta.

Mas para seu horror absoluto, ele simplesmente se recostou e disse calmamente, “Trouxe você? Como? Eu fiquei tão chocado quanto ao encontrar alguém no meu quarto no momento em que acendi a luz.”

A respiração de Aria falhou.

Sua boca se abriu.

Ele estava seriamente— seriamente—sabotando ela assim?!

“Você…” ela respirou, seus punhos tremendo de raiva.

“Controle seu tom,” ele disse em voz baixa e ameaçadora. Então seus olhos se estreitaram. “Agora, é melhor você explicar como entrou no meu quarto. Até onde eu sei, só pedi para você limpar. Então, o que você está fazendo aqui?”

Sua voz se tornou fria.

Seus olhos dourados brilhavam com crueldade indubitável.

Aria sentiu como se tivesse sido jogada em um banho de gelo.

Sua cabeça estava latejando pela pura absurdidade desta situação.

Dario a tinha arrastado para cá, humilhado ela, e agora ele estava distorcendo a história, fazendo ela parecer algum tipo de intrusa.

O pulso de Aria pulsava em seus ouvidos. Esse desgraçado estava mentindo tão facilmente!

Sua cabeça parecia que ia explodir.

“Você—!”

Mas antes que ela pudesse atacar, a voz furiosa de Selene os interrompeu.

“Sua vadia! Você é tão obcecada pelo Dario?!” Selene praticamente gritou. “Ao ponto de segui-lo e espioná-lo enquanto ele está na cama comigo?!”

Aria sentiu todo o sangue drenar de seu rosto.

Selene realmente acreditava que ela tinha estado assistindo eles?

Oh, pelo amor dos deuses.

Será que Selene acreditaria nela se ela dissesse que não sabia quem estava no quarto?

Que ela não tinha espionado eles?

Que Dario a tinha arrastado para cá contra sua vontade?

Não.

Não valia a pena explicar.

Selene estava determinada a vê-la como uma vilã, e Dario… Dario estava se divertindo com cada segundo disso.

Uma ideia imprudente e perversa surgiu na mente de Aria.

Ela se virou para Dario com um sorriso forçado e meloso.

“Sabe de uma coisa?” ela disse através de dentes cerrados. “Só para você saber—você é realmente péssimo na cama.”

O sorriso de Dario desapareceu.

Selene congelou.

A sala ficou mortalmente silenciosa.

E antes que qualquer um deles pudesse reagir, Aria girou sobre os calcanhares e saiu correndo do quarto, deixando para trás um Dario enfurecido e uma Selene furiosa.

Ela praticamente voou escada abaixo, seu coração martelando em seu peito.

Suas pernas se moveram tão rápido que ela nem percebeu que estava prestes a colidir—
SMACK.

Ela colidiu diretamente em uma figura masculina sólida.

O impacto expulsou o ar de seus pulmões, fazendo-a cambalear para trás.

Seus sentidos giraram—o cheiro de álcool misturado com algo perigosamente intoxicante preencheu seu nariz.

Antes que ela pudesse sequer registrar o que tinha acontecido—
Mãos quentes agarraram sua cintura.

Seu fôlego preso.

Então—
Lábios macios capturaram os dela.

O corpo inteiro de Aria congelou.

Seus olhos se arregalaram em choque.

Quem diabos—

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