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  3. Capítulo 92 - 92 Tortura (ligeiramente 18) 92 Tortura (ligeiramente 18) As
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92: Tortura (ligeiramente 18+) 92: Tortura (ligeiramente 18+) As coxas dela se apertaram involuntariamente, o coração batendo freneticamente no peito.

O que estava acontecendo com ela?

Por que seu corpo estava reagindo àquilo?

A voz de Dario rompeu seu transe.

“Mantenha os olhos abertos”, ele ordenou.

A respiração de Aria prendeu.

Ela sabia que ele estava falando com a garota.

Mas por que parecia que aquelas palavras eram destinadas a ela?

O corpo de Aria tremia violentamente, as costas pressionadas contra a parede de madeira fria enquanto ela lutava para silenciar suas respirações ofegantes. Seus dedos cavavam o tecido do vestido, segurando-o como se fosse a única coisa que a mantivesse ancorada.

Ela tinha apenas fechado os olhos por alguns minutos, tentando bloquear os sons obscenos que preenchiam o quarto mal iluminado. Mas, por mais que tentasse, o ranger ritmado da cama, o bater molhado da pele contra a pele e os gemidos ofegantes que preenchiam o ar se infiltravam em sua mente como um veneno.

A curiosidade era uma coisa perigosa.

Começou com apenas uma espiada – um olho mal abrindo.

Mas quanto mais ela via, mais difícil se tornava desviar o olhar.

Agora, seus olhos estavam bem abertos, trancados na cena desenrolando à sua frente como se ela estivesse sob algum tipo de feitiço.

O quarto estava banhado em um brilho suave e trêmulo da lareira, lançando sombras alongadas que dançavam pelas paredes. No centro da cama, Dario se movia com estocadas lentas e controladas, suas mãos fortes segurando os quadris da garota enquanto ele se impulsionava nela. Suas costas arqueavam, os dedos se enrolando nos lençóis, gemendo seu nome com uma desesperança ofegante.

“Ahh… Dario—mais fundo!”

O ritmo dele acelerou. Os movimentos antes lentos e sensuais tornaram-se bruscos e intensos, cada estocada provocando gritos mais altos da garota abaixo dele.

Aria sentiu seu corpo tensionar, o calor se acumulando entre suas coxas, uma dor surda pulsando dentro dela.

Isso era tortura.

Ela apertou as pernas com força, tentando afastar o calor crescente. Mas foi inútil. Seu corpo a traiu.

Ela podia sentir a umidade entre suas coxas.

Dario era um demônio.

Esse era o único pensamento que passava pela sua cabeça.

Ela acreditava ingenuamente que, contanto que ele não a castigasse por estar espionando, ela teria escapado do pior resultado. Mas agora, ela percebia a cruel realidade.

Ele sabia.

Ele sabia que ela estava lá.

E ele estava fazendo isso de propósito.

Sua respiração vinha em soluços superficiais enquanto ela apertava ainda mais suas coxas. Ela se sentia tonta, fraca, seu corpo inteiro tremendo com uma sensação estranha e insuportável.

Sua mente gritava para ela desviar o olhar.

Mas ela não conseguia.

Deus, não. Vou morrer se continuar assistindo isso. O pensamento ecoava em sua mente, uma prece para escapar da tortura, para parar as sensações avassaladoras. Mas não tinha acabado.

Agora, Dario tinha mudado de posição, virando a garota de bruços. Suas mãos agarravam sua cintura, puxando-a de volta para ele enquanto ele avançava com um rosnado profundo.

A garota gritou, suas mãos agarrando os travesseiros enquanto ela gemia sem vergonha.

“Ahh… Dario—! Mais… sim, assim mesmo!”

Aria mordeu o lábio, suas unhas cavando em suas palmas.

Ela podia ouvir tudo.

Os sons obscenos e escorregadios de seus corpos colidindo. Os grunhidos profundos que saíam da garganta de Dario. Os sussurros ofegantes e gritos da garota abaixo dele.

E pior de tudo – a reação de seu próprio corpo.

Uma onda renovada de calor a inundou, fazendo suas pernas tremerem.

Não. Não. Não!

Isso estava errado.

Ela era sua irmã.

Mesmo que não fossem de sangue, ele ainda era seu irmão.

Ela repetia as palavras como um mantra em sua cabeça, desesperadamente se agarrando à lógica, tentando suprimir os desejos torcidos ameaçando consumi-la.

Mas seu corpo se recusava a ouvir.

Sua mente estava nublada, sobrecarregada pelo calor, os sons, o cheiro de suor e sexo que enchiam o ar.

E se…

Não.

Ela nem sequer podia deixar o pensamento se formar.

Ela cerrou os dentes, determinada a não deixar seu corpo trair seus pensamentos. Inferno, não, ela pensou. Ela não poderia – ela não iria – ceder a isso.

O pensamento de Dario rejeitá-la, de rotulá-la como algo sujo, algo errado, era suficiente para mantê-la centrada. Era suficiente para abafar a dor crescente entre suas pernas, para lembrá-la da vergonha que viria se ela permitisse ser consumida por esse desejo proibido.

Mas a atração era tão forte. Ela não conseguia desviar o olhar. Seu corpo, contra sua vontade, respondia ao ato – cada estocada, cada suspiro, cada gemido.

Mas então –
A garota ofegou, sua voz quebrando enquanto seu corpo se tensionava.

“Dario—ahhh! Eu vou—”
Ela soltou um gemido longo e prolongado, seu corpo se contorcendo violentamente abaixo dele.

“Ahhmmm—!”

Dario grunhiu baixo, seus movimentos crescendo erráticos. Seus músculos tensionaram, as veias visíveis ao longo de seus braços enquanto ele se impulsionava nela pela última vez.

Um gemido profundo e rouco saiu de seu peito enquanto ele liberava na camisinha, sua respiração pesada e ofegante.

Aria ficou congelada.

Ela não conseguia desviar o olhar.

Mesmo enquanto seus corpos finalmente se acalmavam, emaranhados em uma bagunça de suor e satisfação, ela permanecia imóvel, de olhos arregalados e atordoada.

Então é assim que parece…

Um pensamento estranho e sombrio se infiltrou em sua mente.

Eu quero tentar.

Suas bochechas queimaram de humilhação.

Como ela poderia pensar em algo tão vergonhoso?

Mas ela não podia negar a verdade – assistir Dario, ouvir tudo, sentir tudo, tinha despertado algo dentro dela.

Algo que ela não podia ignorar.

Ela queria experimentar.

Ela queria saber como era.

Seus dedos tremiam ao lado do corpo, seu fôlego trêmulo enquanto ela apertava as coxas mais uma vez.

Ela precisava sair. Agora.

Mas antes que ela pudesse se mover –
Dario falou.

“Vamos acender as luzes e nos limpar.”

O coração de Aria parou.

Seu sangue gelou.

Não. Não. Não.

Ele estava louco?!

Por que estava torturando ela assim?!

Seu pulso martelava contra seu crânio enquanto o pânico a atingia como uma onda de maré.

Se a garota a visse – a reconhecesse – seria o fim.

Quão humilhante seria ser pega assistindo alguém transando?!

Sua mente gritava uma coisa –
CORRA!

Mas antes que ela pudesse se mexer –
Clique!

A luz piscou.

Aria congelou.

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