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- Capítulo 86 - 86 Saindo do Labirinto 86 Saindo do Labirinto
86: Saindo do Labirinto 86: Saindo do Labirinto “””
Os olhos prateados de Zephyr demoraram nela por um momento a mais antes de ele virar-se. “Precisamos nos mover. Esse não era o único Guardião aqui.”
Como se tivesse recebido um sinal—
Um rugido distante ecoou pelo labirinto.
O rugido distante fez Aria arrepiar.
Eles podem ter derrotado um Guardião, mas era claro que o labirinto ainda não tinha terminado de testá-los.
Zephyr já estava em movimento, seu olhar afiado e calculista enquanto liderava o caminho adiante. “Não temos muito tempo. Se nos atolar em lutar contra cada Guardião, nunca sairemos.”
Selene deu de ombros, tirando a poeira de sua roupa impecável. “Isso é óbvio. A verdadeira questão é se todos nós conseguiremos acompanhar.” Seus olhos cintilaram para Aria.
Aria apertou os punhos, mas não disse nada.
Ela sabia que era o elo mais fraco. Ela não possuía as refinadas habilidades de combate de Selene, os instintos afiados de Ronan, ou a precisão e força avassaladoras de Zephyr. Mas ela havia feito uma observação que os ajudou antes. Talvez pudesse fazer de novo.
“Vamos lá,” disse Ronan, seu tom de costume brincalhão substituído por algo bem mais sério. “Eu preferiria não ter outro monstro feio respirando na minha nuca.”
O grupo acelerou o passo, serpenteando pelos corredores de pedra do labirinto.
Quanto mais se moviam, mais Aria se conscientizava do próprio labirinto—como as paredes mudavam sutilemente quando eles não estavam olhando, o zumbido fraco de magia incrustada na pedra, as tochas oscilantes que pareciam guiá-los mais para o fundo.
Não era só um teste de combate. Era um teste de percepção.
Aria inspirou profundamente quando uma nova realização a atingiu. “O labirinto é projetado para nos enganar,” ela sussurrou.
O olhar afiado de Zephyr cintilou em direção a ela. “Explique.”
Ela gesticulou em direção às paredes. “Ele muda quando estamos distraídos. Se não estivermos focados nele, o caminho que tomamos mudará sem percebermos. É assim que eles separam os times—não é só uma questão de passar pelos Guardiões.”
Selene revirou os olhos. “E daí? Vamos ficar encarando as paredes até tropeçar em outro monstro?”
Aria ignorou a provocação, sua mente a mil. “Não… precisamos rastrear pontos fixos. Qualquer coisa que não se move, como as tochas ou as entalhaduras. Se as usarmos como marcadores, não nos perderemos.”
Zephyr considerou as palavras dela antes de acenar com a cabeça. “É uma teoria sólida. Vamos testá-la.”
Ronan sorriu. “E eu achando que você estava aqui só para ficar bonita, Princesa.”
Aria franzou o cenho com o apelido, mas não discutiu.
Com uma nova estratégia em mente, eles seguiram adiante.
O labirinto continuava a atirar obstáculos neles, becos sem saída súbitos, paredes móveis, e até mesmo armadilhas ilusórias projetadas para confundi-los. Em certo ponto, Ronan jurou ter visto uma porta de saída, só para Selene atirar uma adaga direto nela, revelando ser nada mais que uma projeção.
“Você quase fez papel de idiota,” ela provocou.
“Yeah, yeah,” murmurou Ronan, enfiando as mãos nos bolsos. “Na próxima vez, só deixe eu caminhar para dentro.”
Aria, enquanto isso, focava nos padrões do labirinto. Cada vez que algo mudava, ela tomava nota de quanto tempo levava, para onde movia, e se havia algum ritmo nisso.
E então ela viu.
A saída.
Não um truque, não uma ilusão—a verdadeira saída.
Mas havia um problema.
Um massivo Guardião, duas vezes o tamanho do primeiro, parado diretamente em seu caminho.
Diferente da besta anterior, este estava blindado da cabeça aos pés em placas obsidianas serrilhadas, suas massivas mãos garradas segurando uma grande espada enferrujada que parecia capaz de cortar pedra.
Ele não se mexeu. Ainda não.
A expressão de Zephyr permaneceu ilegível enquanto estudava a criatura. “Este é diferente.”
Selene estreitou os olhos. “Então vamos lidar com ele de forma diferente.”
Ronan assobiou baixinho. “Então, temos um plano, ou vamos correr direto para o inferno?”
A mente de Aria trabalhava freneticamente. Lutar de frente era suicídio. Mas… se o labirinto respondia à magia…
Ela inspirou fundo. “Eu tenho uma ideia.”
Selene bufou. “Ah, isso deve ser bom.”
Ignorando-a, Aria olhou para o Guardião. “E se não lutarmos com ele?”
Ronan piscou. “Como assim?”
Aria apontou para o chão sob os pés do Guardião. “O labirinto muda baseado em magia, certo? E se usarmos isso contra ele?”
Os olhos prateados de Zephyr escureceram em compreensão. “Você quer desmoronar o chão debaixo dele.”
Aria assentiu. “Exatamente. Se canalizarmos magia suficiente na área ao redor, o labirinto pode reagir como antes e mover o solo sob ele. Ele vai cair direto.”
Selene franziu a testa. “Isso é um risco.”
“É um risco melhor do que enfrentá-lo,” apontou Ronan.
Zephyr já estava tomando sua decisão. “Vamos fazer isso. Ronan, Selene, canalizem sua magia para a pedra. Concentrem-se em desestabilizar a área.”
Selene não parecia empolgada em seguir o plano de Aria, mas ela girou o pulso, invocando energia azul crepitante para as pontas dos dedos.
Ronan, sorrindo, ergueu as mãos, sombras enrolando em volta de seus dedos. “Vamos quebrar um pouco de chão, certo?”
Aria recuou enquanto Zephyr erguia sua espada. “No meu sinal.”
O Guardião finalmente moveu-se, seus olhos vermelhos brilhantes travando neles.
Ele rugiu.
A espada de Zephyr cortou o ar em sinal.
Ronan e Selene liberaram sua magia no chão.
O labirinto tremeu.
As runas nas paredes brilharam intensamente, então o chão desmoronou.
Com um estrondo ensurdecedor, o Guardião deixou sair um brado furioso enquanto o chão sob ele se partia, enviando-o ao abismo escuro abaixo.
Uma rajada de ar passou por eles enquanto a poeira assentava.
Silêncio.
O coração de Aria martelava em seu peito. “…Funcionou?”
Damon avançou, espiando o abismo. Após uma longa pausa, ele se virou. “Ele se foi.”
Aria exalou aliviada.
Selene cruzou os braços, seus lábios prensados em uma linha fina. “Bom. Isso foi eficiente.”
Ronan sorriu. “Eu te disse que ela era mais do que só um rostinho bonito.”
Aria franziu o cenho. “Parem de dizer isso.”
Damon ignorou a brincadeira, seu foco na agora clara saída à frente. “Vamos.”
Ninguém discutiu.
Eles correram em direção ao arco luminoso, o último obstáculo para trás deles.
Assim que atravessaram o limiar, a magia do labirinto se dissolveu.
Eles conseguiram.
O teste estava concluído.
E eles tinham sobrevivido.
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