- Home
- Amaldiçoada a Desejar o Toque Lascivo dos Meus Irmãos Adotivos
- Capítulo 83 - 83 Quinze Por Cento 83 Quinze Por Cento Aria e Ronan se
83: Quinze Por Cento 83: Quinze Por Cento Aria e Ronan se misturaram rapidamente à multidão, movendo-se com o fluxo de estudantes até se encontrarem apertados entre os demais candidatos. O número colossal de pessoas reunidas no vasto espaço aberto era impressionante. Pelo que ela conseguia estimar, havia mais de cem estudantes aqui, todos lutando por uma vaga na Academia Ravenhallow.
Após alguns minutos de murmúrios e sussurros se espalhando pela multidão, uma voz alta ecoou pelo campo.
“Atenção!”
Um comando incisivo cortou o burburinho, e imediatamente, os estudantes inquietos se acalmaram. O mar de esperançosos se virou para a frente, onde uma plataforma elevada havia sido montada.
Várias figuras estavam em cima dela—pessoas de importância.
No centro havia um homem que exalava autoridade, claramente um dos principais administradores. Ele estava ladeado por outras figuras de alto escalão, provavelmente instrutores e organizadores do exame. Entre eles, Aria avistou seus irmãos parados ao lado—Medrick, Lucien e Dario. Eles estavam altivos, suas expressões indecifráveis ao observarem a multidão.
Uma pontada de nervosismo atravessou o peito de Aria. Vê-los lá em cima, em posições de poder e influência, lembrava-lhe o quanto pouco pensavam dela.
O administrador no centro levantou a mão, sua voz forte e imperativa.
“Bem-vindos ao exame oficial de entrada da Academia Ravenhallow. Todos vocês se reuniram aqui hoje em busca de um lugar em nossa renomada instituição. Mas deixem que fique claro—Ravenhallow não é uma escola para os fracos, os indignos ou os indisciplinados. Nós aceitamos apenas os mais capazes, os mais determinados e os mais merecedores.”
Aria engoliu em seco.
“Enquanto vocês estão aqui agora, podem se sentir confiantes em suas habilidades, acreditando que seu talento ou origem garantirá sua admissão. Mas deixem-me deixar uma coisa clara—este teste será a verdadeira medida do valor de vocês. Sua origem não importa. O nome da sua família não importa. A única coisa que importa é a sua capacidade de provar-se.”
Houve um leve murmúrio na multidão.
Outro instrutor deu um passo à frente, sua voz igualmente firme. “Nenhuma trapaça será tolerada. Se forem pegos tentando manipular os resultados ou quebrar as regras, serão imediatamente desqualificados e banidos permanentemente de quaisquer tentativas futuras de entrar em Ravenhallow.”
Ronan, de pé ao lado de Aria, deixou escapar um assobio baixo. “Duro.”
Ela não respondeu, demasiado focada no peso das palavras do administrador.
“E o mais importante,” continuou o primeiro palestrante, “vocês devem compreender as probabilidades contra as quais estão lutando. Dos mais de cem estudantes reunidos aqui hoje, apenas quinze por cento serão admitidos.”
O estômago de Aria afundou.
Quinze por cento.
Sua pegada em seus braços se apertou involuntariamente. Isso significava que, de todos esses estudantes—fortes, ambiciosos, talentosos—apenas quinze de cada cem o conseguiriam.
Ronan, percebendo o leve empalidecimento do rosto dela, inclinou-se com um sorriso matreiro. “Ficando nervosa, querida?” ele sussurrou de forma provocadora.
Aria fez uma careta para ele, forçando-se a permanecer composta. “Estou bem”, ela murmurou, embora seu coração acelerado dissesse o contrário.
Assim que todos os anúncios necessários foram feitos pela equipe e organizadores, os estudantes foram conduzidos para uma parte mais isolada do terreno de Ravenhallow.
Enquanto Aria seguia a multidão, ela percebeu que esta era uma seção à qual não havia ido desde sua chegada. Era isolada dos principais campos de treinamento e prédios acadêmicos, cercada por árvores densas e altas muralhas de pedra.
Quanto mais caminhavam, mais a atmosfera mudava.
O cenário formal da academia desaparecia. Em vez disso, entraram em uma parte mais selvagem e indomada da terra. O ar estava denso com o cheiro de terra úmida e folhas frescas. A luz do sol mal filtrava através do dossel denso acima, projetando padrões inquietantes no chão.
No centro desta área estava um enorme portal de pedra, antigo e imponente. Estranhos símbolos brilhantes foram esculpidos em sua estrutura, pulsando levemente com energia.
A multidão silenciou quando chegaram.
Uma das instrutoras seniores, uma mulher com olhos azuis penetrantes e uma cicatriz descendo pela sua bochecha, deu um passo à frente.
“Este é O Portal de Provação”, ela anunciou. “E além dele jaz o seu teste.”
Os olhos de Aria piscaram em direção ao arco, seu coração batendo fortemente.
“O exame consistirá de uma prova baseada em sobrevivência”, continuou a instrutora. “Vocês serão colocados dentro do Labirinto de Veilthorne, um labirinto desenhado para testar sua capacidade física, pensamento estratégico e trabalho em equipe.”
Um burburinho de excitação e ansiedade se espalhou pela multidão.
“Vocês serão designados a grupos de quatro, e juntos, devem navegar o labirinto enquanto superam diversos obstáculos, armadilhas e desafios. Dentro do labirinto, haverá criaturas, quebra-cabeças e perigos ocultos destinados a levar vocês aos seus limites. Seu objetivo é alcançar a saída antes que o tempo acabe.”
Mais murmúrios encheram o ar.
As mãos de Aria se cerraram em punhos.
Um labirinto? Isso era muito mais intenso do que ela esperava.
A voz da instrutora cortou o ruído.
“Deixem-me deixar uma coisa clara: isso não é um simples teste. Vocês enfrentarão ameaças reais, e falhar em agir com sabedoria pode resultar em sérias consequências. Lesões são esperadas, e aqueles que demonstrarem covardia não serão admitidos.”
Aria engoliu. Ameaças reais? Lesões?
Ronan, entretanto, sorriu divertido. “Agora isso está ficando interessante.”
A instrutora continuou.
“Vocês serão julgados com base em seu desempenho individual, bem como em quão bem trabalham com sua equipe designada. Aqueles que se destacarem receberão notas mais altas. Aqueles que mostrarem ser um fardo serão eliminados da consideração.”
Alguns estudantes estremeceram com aquela última declaração.
“Quanto às regras, elas são simples:
Nenhuma assistência externa.
Não usar magia proibida ou ferramentas.
Não sabotar seus colegas de equipe.
E o mais importante—se você desejar desistir, não há volta. Uma vez que você entrar no labirinto, deve ou ter sucesso ou falhar.”
O peso dessas palavras se instalou sobre a multidão como uma névoa espessa.
“Agora, começaremos a parear estudantes em grupos de quatro. Prestem muita atenção quando seu nome for chamado.”
Um instrutor diferente deu um passo à frente, segurando um pergaminho.
Um por um, nomes foram chamados, e os estudantes foram agrupados de acordo. Alguns reagiram com satisfação, outros com frustração.
Então, finalmente—
“Aria.”
Ela tensionou ao ouvir seu nome ser chamado.
Ela deu um passo à frente, seu coração batendo forte em seus ouvidos.
Quem estaria em seu grupo? Seria ela colocada com estranhos? Seria forçada a trabalhar com alguém em quem não confiasse?
Enquanto o instrutor olhava para baixo, em direção ao pergaminho, o próximo nome foi seguido—