Amaldiçoada a Desejar o Toque Lascivo dos Meus Irmãos Adotivos - Capítulo 81
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81: Caçoando do Seu Irmão 81: Caçoando do Seu Irmão Ela não respondeu, mas o pequeno sorriso em seus lábios traiu o caos que girava dentro dela.
Lucien acabou de… chamar-me abertamente de irmã? Ela não sabia o que fazer disso, mas por alguma razão inexplicável, seu peito se encheu com uma estranha sensação de calor. Apesar da maneira fria e distante como ele geralmente a tratava, ouvi-lo declarar seu laço de irmãos – mesmo que a contragosto – despertou uma pequena faísca de felicidade em seu coração.
Lucien, por outro lado, ao ouvir a observação de Ronan, ficou visivelmente tenso. Seu maxilar se contraiu, e sua postura inteira gritava desconforto, como se não pudesse acreditar nas palavras que acabara de pronunciar. Seu orgulho, suas cuidadosamente construídas muralhas de indiferença, pareciam ter desmoronado naquele único momento. A frustração irrompeu em seu peito, não por causa de Aria, mas por ele mesmo por perder o controle.
Sem dizer mais uma palavra, ele deu uma risada de escárnio, seu tom cheio de irritação, e virou-se bruscamente sobre seu calcanhar. Caminhou até sua cama, seus movimentos rápidos e deliberados, como se tentasse se distanciar daquele momento. Jogando-se na cama, ele pegou seu telefone e começou a rolar a tela, sua expressão fria e indecifrável.
Aria não disse mais nada, no entanto, porque ainda estava tentando entender o que acabara de acontecer. Lucien… de fato admitiu. Para alguém tão orgulhoso e frio quanto ele, um momento de reconhecimento parecia surreal, mesmo que tivesse sido arrancado dele no calor do momento.
Ronan continuou olhando para ela, sua expressão atônita quase a fez rir. Ela se virou e caminhou até o pequeno armário no quarto, pegando um conjunto de roupas frescas. Sem dar aos dois garotos um segundo olhar, ela desapareceu no armário para se trocar.
Quando ela emergiu alguns minutos depois, seus cabelos levemente úmidos e vestida com roupas casuais, a atmosfera no quarto parecia diferente. Ronan havia se esparramado em uma cadeira perto da janela, suas longas pernas estendidas à frente dele enquanto ele olhava preguiçosamente para o teto. Lucien, como esperado, não tinha se mexido de sua cama. Ele ainda estava grudado em seu telefone, seu rosto tão frio e inexpressivo como sempre, embora houvesse uma tensão sutil no modo como ele se portava.
Aria ignorou a energia estranha entre os dois e caminhou em direção à sua cama, seus pensamentos brevemente vagando para o teste que se aproximava. Enquanto subia no colchão, um pensamento súbito a atingiu e ela virou a cabeça para Ronan.
“A propósito,” ela disse, seu tom curioso, “onde está nossa última colega de quarto? Ela não chegará antes do teste amanhã?”
Ronan soltou um suspiro pesado, afundando ainda mais na cadeira. Ele inclinou a cabeça para olhar para ela preguiçosamente, uma sobrancelha levantada como se a pergunta fosse um esforço demais para responder.
“Eu não sei,” ele murmurou, sua voz carregando um traço de irritação. “Ela—”
“Ela?” Aria interrompeu, endireitando-se em sua cama.
Ronan deu um leve sorriso, levantando a cabeça para encontrar o olhar dela. Esfregando as mãos no rosto, ele disse. “Sim, ela. De qualquer forma,” ele continuou com um encolher de ombros, “eu não sei onde ela está. Talvez ela nem chegue hoje.”
Aria franziu a testa, sua sobrancelha se acentuando em confusão. “Como ela pode não chegar?” ela perguntou, sua voz entrelaçada com preocupação. “Amanhã é o teste. Se ela não participar, ela será desqualificada, não será?”
Ronan riu baixinho, inclinando a cabeça para trás contra a cadeira. “Pessoas ricas, Aria,” ele falou arrastado, seu tom tingido de zombaria. “O pai dela é podre de rico. Tenho certeza que ele vai mexer seus pauzinhos e garantir que ela entre de qualquer maneira. As regras não se aplicam exatamente quando você tem dinheiro para queimar.”
“Ah,” Aria murmurou, recostando-se contra a parede enquanto processava suas palavras. Pessoas ricas realmente tinham o poder de dobrar as regras ao seu favor, não tinham? Era apenas mais um lembrete de quão injusto o mundo podia ser. Ela sabia muito bem como a riqueza podia manipular qualquer situação, dobrar toda regra. Isso a lembrava de seus próprios irmãos – como eles podiam ter tudo que queriam simplesmente por causa de suas conexões e seu status. Um gosto amargo se instalou em sua boca, mas ela não deixou transparecer em seu rosto.
Mas antes que ela pudesse se apegar ao pensamento por muito tempo, a voz de Ronan cortou seus pensamentos.
“De qualquer forma,” ele disse, seu tom mudando para algo mais leve – brincalhão, até. Seus lábios se curvaram em um sorriso provocante enquanto seus olhos brilhavam com travessura. “A verdadeira coisa com que você deve se preocupar esta noite não é se nossa última colega de quarto aparecerá ou não.”
Aria levantou uma sobrancelha, olhando para ele com cautela. “Ah é? E com o que exatamente eu deveria me preocupar?” ela perguntou, seu tom seco, mas curioso.
Ronan inclinou-se para frente em sua cadeira, seu sorriso ampliando-se em um grande sorriso. Sua voz abaixou para um tom baixo e flertante ao dizer, “Você deveria se preocupar com o fato de que eu vou te manter acordada a noite toda.”
Os olhos de Aria se arregalaram um pouco, suas bochechas corando vermelhas com sua declaração ousada. Por um momento, ela ficou completamente pega de surpresa, insegura de como responder.
Ronan não parou por aí, claramente se divertindo com a reação dela. Ele inclinou a cabeça, seu sorriso se tornando ainda mais diabólico. “O que eu posso dizer? Dividir o quarto com uma garota linda como você… é claro que vou me distrair um pouco.”
Aria rapidamente recuperou a compostura, estreitando os olhos para ele mesmo enquanto seu rubor se intensificava. “Você não tem vergonha,” ela murmurou, embora não houvesse calor verdadeiro em suas palavras.
Ronan riu, inclinando-se para trás em sua cadeira com um encolher de ombros exagerado. “O que eu posso dizer? Eu gosto de manter as coisas interessantes.”
Do canto do olho, Aria notou a postura de Lucien endurecer. Embora sua expressão permanecesse fria e indiferente enquanto ele olhava para seu telefone, o leve tensionar de seu maxilar e o sutil cerrar de seus punhos o denunciavam. Ele estava ouvindo. E ele não estava feliz.
Aria sorriu levemente, decidindo ignorar Lucien por enquanto. Ela voltou sua atenção para Ronan, um brilho brincalhão em seus olhos enquanto cruzava os braços.
“Bem,” ela disse, seu tom provocante, “se você vai me manter acordada a noite inteira, é melhor estar preparado para as consequências. Não sou exatamente fácil de lidar.”
O sorriso de Ronan se alargou, seus olhos iluminando-se com diversão. “Ah, eu não queria de outra maneira,” ele respondeu suavemente, seu tom pingando de flerte.
A pegada de Lucien em seu telefone apertou, e por uma fração de segundo, sua máscara fria rachou, um vislumbre de algo mais escuro piscando em seus olhos.