Amaldiçoada a Desejar o Toque Lascivo dos Meus Irmãos Adotivos - Capítulo 76
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76: Novos Colegas de Quarto 76: Novos Colegas de Quarto “Eu disse, vamos apenas deixá-la em paz… Ela não fez nada de mal”, disse Dario, com uma voz calma, mas firme. Ele se lembrou das palavras de Aria do dia anterior sobre confiar em Lucien. Ela parecia tão sincera, e algo em seu apelo havia tocado em um ponto sensível nele. Dario decidiu que era hora de realmente darem uma chance a ela — ou pelo menos confiar nas intenções de Lucien ao lidar com ela.
Merdrick encarou Dario, descrença gravada em suas feições. “Você tem noção do que está falando?” Seu tom era afiado, quase acusatório. Era claro que ele não conseguia compreender a súbita mudança de atitude de Dario.
Dario exalou lentamente, relaxando os ombros enquanto se recostava levemente na cadeira. “Sim, eu sei. Estou dizendo que ela não nos causou nenhum problema recentemente, e ela não está ativamente nos atrapalhando. Então por que não apenas deixá-la em paz?” Sua voz era estável, embora um traço de cansaço se revelasse. Ele estava cansado das constantes maquinações contra Aria, especialmente quando pareciam desnecessárias. No fundo, ele não compartilhava o ódio implacável de Merdrick por ela, e pela primeira vez, ele queria pôr um fim ao constante planejamento.
“Você está fora de si!” Merdrick exclamou, sua voz aumentando enquanto ele se levantava abruptamente, punhos cerrados de raiva. Ele não entendia por que Dario, dentre todas as pessoas, a defenderia. “O que ela fez a você para agir assim? Você tem passado tempo demais com ela? É isso? Ela te enfeitiçou também?”
A calma de Dario não vacilou apesar do surto de Merdrick. Ele não respondeu, apenas observou enquanto seu irmão mais velho saía do escritório, batendo a porta atrás de si. Os passos de Merdrick ecoavam pelo corredor enquanto ele partia frustrado.
Enquanto ele se afastava, a mente de Merdrick fervilhava com raiva. Era desconcertante para ele como qualquer um que passasse um pouco de tempo com Aria parecia acabar defendendo-a. Primeiro Lucien, agora Dario? Ele não conseguia entender. Como eles podiam ser tão facilmente influenciados por ela. Para ele, parecia que ela estava de alguma forma os manipulando. O pensamento apenas alimentava sua frustração enquanto ele desaparecia pelo corredor.
Enquanto isso, de volta ao quarto de Aria, a excitação borbulhava dentro dela enquanto ela observava os trabalhadores se movimentando, arrumando móveis novos. Eles estavam movendo duas camas, pequenas estruturas e outros móveis para o espaço. Pela primeira vez desde que chegou à academia, Aria não dividiria o quarto apenas com Lucien. Seus colegas de quarto chegariam amanhã, e a ideia de ter outras pessoas por perto era emocionante para ela. Ela não conseguiu conter um pequeno sorriso que se espalhou em seu rosto enquanto observava a cena.
No entanto, sua excitação não era compartilhada por Lucien, que ficava por perto supervisionando os trabalhadores com uma carranca profunda. Ele dava ordens a eles, seu tom agudo e cheio de irritação.
“Não coloque isso ali! Você é cego?”
“Mova com cuidado! Você sabe o que está fazendo?”
“Pare! Não é aí que deve ir!”
Sua constante desaprovação era evidente, e seu tom ficava mais áspero a cada segundo que passava. Os trabalhadores, conhecendo seu lugar e plenamente cientes do status de Lucien, não ousavam discutir ou reclamar. Apesar de seus insultos, eles apenas respondiam com reconhecimentos tímidos, como, “Sim, Mestre,” ou “Imediatamente, Mestre.”
Aria não pôde deixar de notar seu humor péssimo e se sentiu intrigada com seu comportamento. Por que ele estava tão chateado? Ele não deveria estar feliz por haver outras pessoas no quarto em breve? Afinal, ele a odiava. Ter mais duas pessoas por perto significava que ele não teria que lidar tanto com ela. Ainda assim, ali estava ele, repreendendo os trabalhadores como se o arranjo fosse uma ofensa pessoal para ele.
A curiosidade venceu, e ela se aproximou dele. “Por que você está tão irritado? Você deveria estar feliz”, disse ela, inclinando a cabeça levemente enquanto o estudava.
Lucien a encarou, o vinco entre suas sobrancelhas se aprofundando enquanto seus lábios se curvavam em um esgar. “Não se iluda”, ele respondeu, claramente irritado.
Sua reação apenas aguçou ainda mais a curiosidade dela, e ela insistiu, seu tom leve e provocador. “Ou será… que você de repente não suporta a ideia de não ficar sozinho comigo?” Ela sorriu maliciosamente, meio brincando, meio testando sua reação.
Suas palavras pareceram atingir um nervo. O esgar de Lucien se aprofundou enquanto ele zombava. “Não se engane, Aria. Ficar sozinho com você já era insuportável o suficiente. A ideia de dividir esse espaço com mais duas pessoas é absurda”, disse ele friamente. Ele fez uma breve pausa antes de adicionar com um tom mais cortante, “Se eu pudesse trocar uma delas para me livrar de você, eu faria isso num piscar de olhos.”
O coração de Aria afundou com suas palavras, a aspereza de seu tom cortando-a como uma faca. Ela estava brincando, meio esperando que sua irritação fosse enraizada em algo menos cruel. Mas sua resposta não deixava espaço para dúvidas, ele realmente a desprezava.
Naquela noite, Aria adormeceu em paz apesar do encontro anterior com Lucien. Ela ainda estava animada com seus novos colegas de quarto, e a ideia de compartilhar seu espaço com outros mantinha seu ânimo elevado.
Na manhã seguinte, no entanto, ela foi acordada abruptamente pelo toque insistente de seu telefone. Confusa, ela o pegou, seus olhos se apertando com a tela brilhante. Seu coração disparou quando viu o nome piscando na tela: “Mãe”.
Ela se sentou abruptamente, sua sonolência desaparecendo num instante. Sua mãe estava ligando para ela? Ela rapidamente passou por suas chamadas perdidas e percebeu que havia várias de seus pais. Seus pais.
Aria encarou a tela em descrença, sua mente turbilhonando com confusão. Seus pais nunca haviam ligado para ela antes. Eles sempre foram indiferentes a ela, tratando-a mais como um incômodo do que como uma filha. Eles nem sequer atendiam suas ligações quando ela os chamava antes..
Por que eles ligariam agora? Será que acordaram do lado errado da cama? Ou estava acontecendo algo mais?