Amaldiçoada a Desejar o Toque Lascivo dos Meus Irmãos Adotivos - Capítulo 61
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61: Partindo de Ravenhallow 61: Partindo de Ravenhallow “Nada,” Aria respondeu, sua voz tremendo enquanto tentava segurar os soluços. Seus olhos lacrimejantes brilhavam no luar fraco que entrava pela janela.
Lucien suspirou pesadamente, sua frustração evidente. “Tola…” ele murmurou, balançando a cabeça enquanto se levantava e se aproximava dela. “Você está chorando e ainda diz que nada está errado? Acha que sou um idiota? Diga-me, Aria, o que está te incomodando?”
Vendo sua preocupação, Aria sabia que tinha a atenção dele. Ela hesitou, suas mãos tremendo enquanto segurava o tecido de seu vestido. Finalmente, ela olhou para cima, seu rosto banhado em lágrimas encontrando o olhar dele. “É… são os seus irmãos,” ela sussurrou.
As sobrancelhas de Lucien se franziram em uma carranca profunda. “Meus irmãos?” ele perguntou, sua voz carregada de suspeita. “O que tem eles? O que fizeram?”
Ele fez uma pausa, sua expressão endurecendo enquanto outro pensamento lhe ocorria. “E por que você estava fora a esta hora da noite? Quando voltei mais cedo, você não estava no dormitório. Meus irmãos… por acaso… machucaram você? Eles…” Ele hesitou antes de forçar as palavras para fora, “Eles te violentaram?”
Os olhos de Aria se arregalaram diante do absurdo da pergunta, e ela não pôde deixar de zombar interiormente. Por que ele sempre tirava conclusões e respondia às próprias perguntas? Não podia simplesmente deixá-la falar?
“Não, eles não poderiam ter,” Lucien respondeu por si mesmo antes que ela pudesse. “Meus irmãos não seriam tão baixos.” Ele balançou a cabeça como se afastasse o pensamento, mas seu olhar permaneceu afiado, esperando a resposta dela.
“Bem, eles definitivamente não me violentaram,” disse Aria com um olhar penetrante, sua irritação borbulhando por baixo das lágrimas. “Mas…” Ela fez uma pausa deliberadamente, tentando medir sua reação.
“Mas o quê?” Lucien insistiu, sua voz agora mais impaciente.
Aria o olhou, suplicando silenciosamente que ele parasse de interromper e deixasse ela explicar. Tomando uma respiração profunda, ela continuou, “Eu saí para pegar um pouco de ar fresco. Vaguei sem querer e acabei perto da Seção dos Treinadores. Foi quando ouvi seus irmãos falando sobre mim… sobre querer que eu deixasse a academia.”
A expressão de Lucien se tornou ainda mais carrancuda,
Aria continuou, sua voz quebrando enquanto lágrimas frescas rolavam por suas bochechas. “Eles disseram que encontrariam uma forma de me reprovar nos exames de entrada… mesmo que eu passasse.” Ela limpou as lágrimas com as mãos trêmulas, seu coração doendo ao reviver as palavras que tinha ouvido.
Lucien a encarou, sua mente acelerada. Será que seus irmãos tinham perdido completamente o senso? Estariam mesmo dispostos a ir tão longe só para expulsá-la? Suas mãos se fecharam em punhos ao lado do corpo enquanto sentia uma onda de raiva.
Vendo a reação dele, Aria acrescentou suavemente, “Eu… Eu não sei por que eles me odeiam tanto. Eu não fiz nada a eles, e ainda assim…” Sua voz enfraqueceu, substituída por soluços silenciosos.
Lucien fechou os punhos, sua mandíbula se apertando. Ele não podia acreditar no que estava ouvindo. Será que seus irmãos tinham perdido completamente a cabeça? Ele pensou que tinha deixado as coisas claras para eles mais cedo. No entanto, parecia que suas palavras tinham caído em ouvidos surdos. Ele olhou para Aria, seus ombros tremendo enquanto ela tentava conter os soluços, e seu coração se amoleceu.
“Não se preocupe, Aria,” ele disse firmemente, sua voz agora mais resoluta. “Vou falar com eles. Isso é inaceitável e não deixarei que aconteça.”
Aria olhou para ele com olhos grandes e esperançosos, e embora a culpa piscasse brevemente em seu coração por manipulá-lo, ela rapidamente a enterrou. Ela não podia se dar ao luxo de perder a chance de permanecer na academia.
Lucien gentilmente passou a mão sobre sua cabeça. “Pare de chorar e vá dormir. Eu vou cuidar disso.” Com isso, ele voltou para sua cama. Aria o observou se acomodar novamente, um pequeno sorriso puxando seus lábios. Seu plano tinha funcionado, e embora uma parte dela se sentisse mal por mentir, ela sabia que era necessário.
Na manhã seguinte, Lucien informou que tinha falado com os seus irmãos e deixado claro que eles não interfeririam no seu exame de entrada. Ele lhe garantiu que tudo correria bem e que eles haviam prometido não sabotar suas chances. Aria lhe agradeceu profusamente.
Uma semana e mais havia passado desde a chegada de Aria à Academia Ravenhollow. O exame de entrada era daqui a apenas dois dias, e hoje era o último dia para pagar as taxas de admissão. Segurando firmemente seu formulário de admissão, ela decidiu confirmar se seus pais finalmente haviam pago as taxas.
Após perguntar no escritório de administração, seu coração afundou quando foi informada que o pagamento ainda não havia sido feito. O pânico se instalou rapidamente, seu peito se apertando enquanto o desespero ameaçava dominá-la.
“Está tudo bem,” ela murmurou para si mesma, tentando se manter calma. “Vou ligar para eles. Talvez tenham esquecido.” Mas por mais vezes que ligasse, o resultado era o mesmo—suas ligações não completavam. Era exatamente como no outro dia, quando ela também não conseguiu alcançá-los.
Justamente quando estava prestes a perder a esperança, uma voz familiar interrompeu seus pensamentos. “Com licença,” o tom de superioridade de Helena preencheu o ar. Aria se virou para ver sua irmã postiça em pé no balcão, seus lábios curvados em um sorriso confiante.
Helena lançou um olhar breve a Aria antes de se dirigir ao administrador. “Vim verificar se minhas taxas de admissão foram pagas,” ela disse docemente, embora o sorrisinho em seu rosto revelasse suas verdadeiras intenções.
Aria observava atentamente, seu coração afundando ainda mais quando o administrador confirmou que as taxas de Helena haviam sido pagas integralmente.
Helena virou-se para Aria com um sorriso vitorioso, acenando de forma zombeteira antes de se afastar altivamente.
As mãos de Aria tremiam enquanto ela segurava o formulário de admissão, seus dentes afundando no lábio inferior para impedir que tremesse. Seus pais haviam escolhido Helena ao invés dela novamente. Haviam lhe dado esperança apenas para esmagá-la impiedosamente.
Por que me mandaram para cá se sabiam que não iriam me apoiar? Por que sempre favorecem Helena? A mente de Aria girava com pensamentos dolorosos. Seu peito se apertava enquanto as lágrimas ameaçavam transbordar. Rapidamente as limpou, respirando fundo para se acalmar.
Não posso ficar aqui e me humilhar quando me expulsarem por não pagar as taxas, ela pensou amargamente. É melhor ir embora com a dignidade que me resta.
Resolvida, Aria se levantou com determinação e virou-se em direção ao escritório de seus irmãos.