Amaldiçoada a Desejar o Toque Lascivo dos Meus Irmãos Adotivos - Capítulo 60
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60: Escutando uma conversa alheia 60: Escutando uma conversa alheia Essa face era dela.
Aria exalou bruscamente, sua respiração irregular enquanto seus olhos se abriam. Seu peito subia e descia rapidamente, seu coração batendo devido à intensidade persistente do sonho. Ela se sentou, colocando uma mão trêmula sobre seu coração acelerado. Fechando os olhos, ela respirou fundo e pausadamente, se acalmando lentamente. O ar frio do quarto parecia cortante contra sua pele suada, trazendo-a de volta à realidade.
“Era só um sonho”, ela sussurrou a si mesma, sua voz trêmula, mas resoluta.
Ela repetia as palavras em sua cabeça, tentando se convencer. Mas, à medida que seus pensamentos começavam a se assentar, uma realização a atingiu como um raio, fazendo-a congelar no lugar. Ela tinha sonhado em fazer sexo grupal com seus irmãos? A ideia era tão absurda e horrível que ela imediatamente deu um tapinha leve nas próprias bochechas, seus lábios se pressionando numa linha dura.
“O que diabos está errado comigo?” ela murmurou baixinho, balançando a cabeça enquanto tentava banir as memórias do sonho. “Por que eu sonharia com algo tão… tão errado?”
Aria se inclinou para a frente, passando as mãos em seu rosto corado, e suspirou profundamente. O que esse sonho significava? ela se questionava. Por que seu subconsciente conjuraria algo tão íntimo e perturbador? Seria a maldição brincando com sua mente novamente? Ou será que ela estava simplesmente se tornando mais pervertida, com seus pensamentos se espalhando para lugares onde não deveriam?
“Oh, droga,” ela gemeu baixinho, pressionando as palmas contra seu rosto ardente. Mas o pior era que seu corpo a traía. Uma súbita e dolorida sensação de calor se estabeleceu no seu abdômen inferior, e ela se encontrou constrangedoramente excitada enquanto fragmentos do sonho brilhavam vivamente em sua mente. Uma parte selvagem dela desejava que não fosse um sonho, mas realidade…
“Pare, Aria”, ela rosnou, balançando vigorosamente a cabeça como se a ação fosse apagar as imagens de sua mente. Mas uma pequena parte traiçoeira dela sussurrava algo que ela não queria ouvir, que ela quase desejava que não tivesse sido um sonho. O pensamento a fazia querer se enterrar de vergonha.
“Deus, estou piorando”, ela se repreendia em voz alta. “Estou ficando mais mimada e pervertida a cada dia.”
Incapaz de suportar o tumulto em sua mente, Aria decidiu sair para respirar um pouco de ar fresco, esperando que a brisa fresca da noite clareasse seus pensamentos. Envolvendo-se em um xale leve, ela saiu de seu quarto para a noite fria. O frio agudo cutucava sua pele, fazendo-a se arrepiar. Sua tez clara e lisa ganhava um delicado tom de vermelho à medida que o ar gelado mordia sua carne.
Mas funcionou. A cada respiração que tomava, ela sentia sua cabeça ficar mais leve, o caos de seus pensamentos começando a desaparecer. Ela soltou um suspiro aliviado, grata pela clareza que o ar noturno proporcionava. Não querendo voltar para o quarto ainda, decidiu dar um passeio tranquilo pelo terreno da academia.
Seus passos ecoavam suavemente enquanto ela vagava pelos caminhos escurecidos, seus pensamentos agora mais compostos. Mas, à medida que andava, ela percebeu que havia, sem saber, se aventurado na seção dos treinadores e funcionários da academia. Era uma área da qual os estudantes eram explicitamente desencorajados a entrar sem permissão. Percebendo seu erro, ela virou para sair, mas então ela ouviu uma voz familiar falando em tons baixos, porém urgentes.
“Não podemos arriscar”, disse a voz firmemente.
Os olhos de Aria se arregalaram. Ela reconheceu aquela voz imediatamente. Era Dario. Sua curiosidade aguçada, ela se aproximou da fonte das vozes, seus passos lentos e cautelosos. Pressionando-se contra a parede, ela arqueou os ouvidos para escutar, esforçando-se para pegar cada palavra.
“Eu sei que não podemos arriscar”, veio outra voz—essa, pertencente a Merdrick. “Mas mal tenho ideia do que poderíamos fazer, exceto…” Sua voz se perdeu.
“Exceto o quê?” Dario perguntou, seu tom agudo e impaciente.
Merdrick suspirou antes de continuar, “A única opção que tenho é tirar Aria desta academia.”
Aria congelou, sua respiração presa na garganta. Tirar-me da academia? ela pensou, sua mente acelerada. O ódio deles por mim é realmente tão profundo? O que ela poderia ter feito para que a odiassem a ponto de querê-la fora do único lugar que poderia ajudá-la a se tornar mais forte?
“Bem, é uma opção”, Dario murmurou, embora ele não parecesse inteiramente convencido. “Mas como vamos executá-lo?”
“É uma tarefa fácil”, disse Merdrick com um encolher de ombros casual. “Podemos simplesmente reprová-la diretamente nos exames de entrada. Como basicamente estamos no comando de tudo, não seria difícil.”
“Certo, está decidido”, concordou Dario.
Ela sentiu seu estômago se contorcer enquanto a realização afundava. Eles estavam planejando sabotá-la. Eles estavam dispostos a manipular seus resultados e garantir que ela falhasse—apenas para se livrarem dela.
Recontar suas palavras enviou um calafrio pela espinha de Aria. Ela se afastou da cena, seu coração batendo enquanto seus pensamentos corriam selvagens. O arrependimento a preencheu ao perceber que não havia levado seu telefone consigo. Se ao menos eu tivesse gravado a conversa deles, ela pensou amargamente. A gravação poderia ter sido a prova de suas intenções, uma maneira de expor seus planos antes que eles pudessem sabotá-la.
Ela brevemente considerou voltar para confrontá-los diretamente, mas rapidamente descartou a ideia. Se as coisas escalassem, ela poderia facilmente ser acusada de invasão na seção da equipe sem permissão, o que poderia levar à sua expulsão. E sem evidências para apoiar suas alegações, seria a palavra dela contra a deles.
Percebendo que não tinha escolha senão recuar, ela voltou para o quarto, sua mente preenchida com preocupação e frustração. Ela sabia que não podia se dar ao luxo de ficar parada e deixar seus irmãos sabotarem suas chances de se tornar mais forte na academia. Ela tinha que agir.
Quando ela chegou ao seu quarto, ficou aliviada ao descobrir que Lucien finalmente tinha voltado, e agora ele estava deitado em sua cama.
Um plano desesperado se formou em sua mente, embora ela se odiasse por recorrer a isso. Ela mordeu o lábio com força suficiente para trazer lágrimas aos olhos. Beliscando-se para intensificar o efeito, ela se forçou a entrar num estado deplorável antes de entrar.
Ao fechar suavemente a porta, seus soluços abafados preenchiam o quarto. Lucien se mexeu no sono, os ruídos fracos o tirando do seu torpor. Sentando-se sonolento, ele esfregou os olhos e olhou em volta. Quando ele viu a forma trêmula de Aria, sua expressão suavizou, embora seu tom permanecesse áspero.
“Aria, o que está errado?” ele perguntou, sua voz carregando uma mistura de preocupação e irritação.
Mas sua expressão rapidamente mudou enquanto ele gemia e passava a mão pelos cabelos. “Por que diabos você está chorando e perturbando meu sono?” ele resmungou, embora sua irritação estivesse misturada com preocupação genuína.