Amaldiçoada a Desejar o Toque Lascivo dos Meus Irmãos Adotivos - Capítulo 55
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55: Ficando com a Irmã Dele 55: Ficando com a Irmã Dele Ela não queria lidar com interações constrangedoras quando ele saísse. Poucos momentos depois, ela ouviu o farfalhar das roupas e o fraco ranger da porta ao se abrir e fechar novamente. O quarto ficou silencioso, indicando que Lucien tinha ido embora.
Aria se sentou devagar, o silêncio ampliando o som de sua própria batida do coração. Seu rosto parecia inexplicavelmente quente, e ela pressionou suas mãos nas bochechas frustrada. “Oh, Deus”, ela sussurrou para si mesma. “Como vou conseguir sobreviver dividindo um quarto com ele?”
Após alguns dias, Aria estava lentamente se acostumando à vida em Ravenhollow. Dividir um quarto com seu irmão de criação, Lucien, não era o ideal, mas ela tinha pouca escolha. Sua rotina diária havia caído em um ritmo previsível — dormir, comer e fazer treinos simples e aquecimento para se preparar para os exames de entrada que se aproximavam. Os exames estavam a apenas uma semana de distância, e embora a enchessem de temor, sabendo que determinariam sua aceitação na academia, ela não poderia deixar de sentir um lampejo de antecipação.
Por quê? Porque, uma vez que os exames terminassem e os novos estudantes chegassem, ela não teria mais que dividir um quarto somente com Lucien. Só essa ideia já lhe dava um estranho sentido de alívio.
Mas enquanto Aria antecipava essa mudança, Lucien, sentado no escritório de seus irmãos, estava temendo o mesmo evento.
Lucien se recostou em uma das poltronas do lounge, com os braços cruzados sobre o peito e uma expressão de profunda carranca em seu rosto. Ele não entendia completamente por que o pensamento dos exames — e a subsequente chegada de novos alunos — o incomodava tanto.
Não era como se ele gostasse particularmente da companhia de Aria. Ela era irritante, teimosa e ingênua demais para o seu próprio bem. No entanto, de alguma forma, suas pequenas manias e hábitos irritantes haviam se tornado parte dele. Ele se descobria estranhamente entretido por suas brigas brincalhonas e por como ela ficava facilmente perturbada quando ele a provocava.
Agora, a ideia de outros se juntando a eles — de Aria dividindo espaço e interagindo com pessoas fora de sua pequena bolha — o preenchia com um inexplicável sentido de inquietação. Ele não gostava disso. Nem um pouco.
Seus pensamentos foram interrompidos quando a voz de Medrick cortou a sala, tirando-o de seu devaneio.
“Ah, então você finalmente teve tempo de nos visitar, hein?” Medrick disse, com uma entonação carregada de surpresa fingida. Ele estava sentado com uma perna cruzada sobre a outra, observando Lucien com um sorriso zombeteiro.
A carranca de Lucien se aprofundou. Desde que chegaram a Ravenhollow, ele não passou muito tempo com seus irmãos, e hoje foi a primeira vez em muito tempo que ele decidiu passar pelo escritório deles.
Medrick não deixaria isso passar.
Lucien se endireitou na cadeira e pigarreou. “Eu estive ocupado”, ele disse secamente. Tentando soar o mais casual possível.
“Ocupado, é?” Medrick ecoou, erguendo uma sobrancelha ceticamente.
Lucien franziu a testa, sentindo-se meio acuado pelo comentário de Medrick. A verdade é que ele gastou a maior parte do seu tempo dormindo, provocando Aria ou discutindo com ela sobre coisas triviais. Claro, ele não poderia dizer isso aos irmãos. Caramba, ele nem poderia deixá-los saber que estava dividindo um quarto com ela. Se descobrissem, isso só causaria problemas. Então, optou por uma mentira.
“Sim, ocupado com trabalho”, ele disse.
Assim que as palavras deixaram sua boca, ele se arrependeu delas. Até ele poderia dizer quão ridículo aquilo soava. Ele não era um treinador como seus irmãos; ele havia escolhido ser um aluno. Não havia “trabalho” que ele pudesse estar fazendo que o tornaria mais ocupado que eles.
O riso de seus irmãos confirmou seu erro.
“Trabalho?” Medrick repetiu, erguendo uma sobrancelha. “Você está matriculado como um aluno no momento, Lucien. Que tipo de ‘trabalho’ você está falando?”
Lucien revirou os olhos, tentando mascarar seu embaraço.
Antes que ele pudesse inventar outra desculpa, Dario interveio, encolhendo os ombros casualmente. “Eu tenho quase certeza que o ‘trabalho’ do qual ele está falando envolve pegar garotas.”
Lucien lançou um olhar fulminante para ele, embora um sorriso tentasse surgir no canto da sua boca. “Para com isso, cara. Que diabos você está dizendo?”
Dario deu um sorriso provocador, imperturbável. “Vamos lá, Lucien. Você não poderia estar mais ocupado que nós. O único ‘trabalho’ que você pode estar fazendo é satisfazer suas necessidades sexuais.”
Medrick se recostou na cadeira, juntando-se à provocação. “Dario está certo. A menos que você seja secretamente um superdotado, a única explicação lógica é que você passou todo seu tempo transando com garotas.”
Lucien sorriu mais abertamente, entrando na brincadeira apesar de seu desconforto crescente. “Bem, não é minha culpa que vocês dois não têm garotas para pegar”, ele retrucou, seu tom carregado de arrogância fingida.
Dario riu, balançando a cabeça. “Não, tenho quase certeza que você tem uma colega de quarto gostosa, e é lá que todo o seu tempo está indo. Admita — você tem transado com ela, não é?”
Lucien paralisou. O sorriso provocante desapareceu do seu rosto quando as palavras tocaram um ponto sensível.
O comentário fez o rosto de Lucien corar com embaraço e culpa. Sua colega de quarto era Aria — sua irmã de criação — e a implicação das palavras de Dario despertou memórias que ele estava tentando suprimir. Ele não pôde deixar de lembrar de seu último encontro no palácio real, onde quase cruzaram uma linha que não deveriam…
A ideia de “transar com sua colega de quarto”, que também acontecia de ser sua irmã de criação, provocou uma onda de culpa. Mas ao mesmo tempo, um pensamento indesejado surgiu em sua mente: e se ele pudesse? De repente, ele antecipou transar com sua irmã. A mera ideia fez sua garganta secar, e ele rapidamente balançou a cabeça para se livrar dela.
Medrick e Dario, notando sua reação, trocaram olhares cúmplices.
“Parece que acertamos em cheio”, disse Medrick, com um largo sorriso de satisfação no rosto.
Lucien lançou um olhar irritado para eles, sua irritação crescendo.
Medrick se inclinou para a frente, apoiando os cotovelos nos joelhos. “Bem, não esqueça uma coisa, Lucien”, ele disse, com um tom mais sério.
Lucien ergueu uma sobrancelha, cauteloso com o que viria a seguir. “O que é?” ele perguntou.