Amaldiçoada a Desejar o Toque Lascivo dos Meus Irmãos Adotivos - Capítulo 49
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- Capítulo 49 - 49 Um Conselho de um Mestre 49 Um Conselho de um Mestre A
49: Um Conselho de um Mestre 49: Um Conselho de um Mestre A respiração de Aria ficou presa diante das palavras de Kalden, seu coração batia forte como se a afirmação dele tivesse tocado algo profundo dentro dela. “Eu… Eu não tinha escolha,” ela deixou escapar, sua voz tremendo de frustração e desespero. A admissão parecia crua, como expor uma ferida que ela havia escondido por tempo demais.
Os afiados olhos carmesins de Kalden permaneceram fixos nela, inabaláveis e calmos. Ele levantou uma sobrancelha, um gesto sutil de descrença, enquanto cruzava os braços sobre o peito. Apoiando-se levemente na beira da mesa de madeira, sua postura era de autoridade composta, exalando poder e autoconfiança. “Todos têm uma escolha,” ele disse calmamente, sua voz baixa, mas firme, carregando o peso de alguém que viveu por essas mesmas palavras.
“Não eu.” A voz de Aria vacilou, suas mãos apertavam-se firmemente ao seu lado. Ela podia sentir as lágrimas se acumulando em seus olhos, mas lutava para impedir que elas caíssem. “Eu nunca tive escolha — não desde que nasci, e certamente não agora…” Seu olhar caiu para o chão, como se o peso de suas circunstâncias a tivesse levado à submissão.
Os olhos carmesins de Kalden permaneceram firmes, inabaláveis enquanto ele falava novamente. “Como eu disse, todos têm uma escolha. Ou você se levanta e expressa seus pensamentos, ou continua vivendo sem voz. A decisão é sempre sua.”
Aria soltou uma risada amarga, um som oco, tingido de dor. “Isso é fácil para você dizer,” ela murmurou, sua voz afiada com uma mistura de raiva e tristeza. “Você é o Mestre Kalden — o maior de todos. Todos te respeitam. Reinos e até os magos mais poderosos temem você. Ninguém ousa ofender você.”
Kalden inclinou levemente a cabeça, seus olhos carmesins se estreitando enquanto se inclinava para a frente — ou talvez endireitando sua postura — fazendo com que suas próximas palavras parecessem um desafio deliberado. “E como você acha que cheguei a essa posição? Foi me dado? Foi conquistado seguindo ordens, deixando outros fazerem escolhas por mim, ou me curvando a todos que pensavam estar acima de mim?”
A cabeça de Aria se ergueu abruptamente ao ouvir suas palavras, seu olhar encontrando os olhos carmesins dele. Não havia raiva em seu tom, apenas convicção — cada palavra uma verdade que cortava as camadas de sua dúvida. Seu peito apertou quando ela percebeu o peso por trás de sua afirmação. Ele estava certo, não estava?
“A resposta é não,” ele disse, sua voz crescendo em firmeza, cada palavra deliberada e clara. “Definitivamente não me curvei a ninguém. Não permiti que ninguém fizesse escolhas por mim, e não segui ordens como um fantoche sem mente. Fiz as coisas do meu jeito, e foi assim que cheguei onde estou hoje.”
“Não tenho certeza se consigo fazer isso…” A voz de Aria falhou, sua vulnerabilidade exposta. “Minha vida — é completamente controlada pelos meus pais. Cada decisão, cada passo que dou… eles ditaram tudo.”
“Isso porque você se permite ser controlada,” Kalden respondeu, seu tom calmo, mas penetrante, como se estivesse cortando as desculpas que ela havia construído ao longo dos anos.
Aria se irritou com as palavras dele. “Eu não escolhi ser controlada!” ela exclamou, sua voz subindo enquanto anos de frustração reprimida se derramavam. “Eu nunca escolhi essa vida. Se eu tivesse a chance, teria escolhido uma vida normal — uma vida em que eu pudesse ser uma pessoa comum, cercada por amor e uma família que realmente se importava comigo. Não isso… não ser uma princesa com pais e irmãos que nem se importam se eu vivo ou morro. Mas eu não posso mudar isso, posso? Então que escolha eu tenho além de me conformar?”
Sua voz trincou enquanto falava, e as lágrimas que ela lutou tanto para reprimir finalmente transbordaram. Seu peito doía com o peso de sua tristeza, as memórias de negligência e isolamento subindo à superfície.
A expressão de Kalden suavizou, embora sua voz permanecesse firme. “Não tenho ideia do que você passou, mas uma coisa eu sei: você tem escolha. Não deixe outros pisarem em você. Não importa se você é forte ou não. Quanto mais você deixa outros controlarem você, mais fraca se tornará. Levante-se por si mesma, Aria. Lidera a vida que você quer, não a que outros impõem para você.”
Suas palavras tocaram algo profundo nela, acendendo algo que ela não sentia há muito tempo — esperança. Ninguém nunca havia falado com ela dessa maneira antes. Ninguém nunca havia se importado o suficiente para guiá-la, para encorajá-la, para acreditar que ela poderia ser mais do que a família havia feito dela ser.
E se… e se ele estivesse certo? E se ela pudesse tomar controle de sua vida?
Ela enxugou apressadamente as lágrimas com o dorso da mão e assentiu ferozmente, sua resolução começando a se solidificar. “Obrigada,” ela disse suavemente, sua voz agora mais estável. “Eu… Eu tentarei seguir seu conselho.”
Os lábios de Kalden curvaram-se em um leve sorriso, que desapareceu tão rápido quanto apareceu. Ele assentiu, um reconhecimento silencioso de sua resolução.
Quando Aria se virou para sair, ela pausou na porta, olhando para trás. Ela ofereceu um pequeno aceno e um sorriso tímido. “Adeus,” ela disse suavemente antes de sair.
De volta a seus aposentos, Aria encostou-se à porta, soltando um longo e medido suspiro. As palavras de Kalden ecoavam em sua mente, cada uma atingindo o núcleo de suas dúvidas e medos.
Toda a sua vida, ela acreditava que seu destino estava fixo, que ela estava impotente para mudá-lo. Mas agora… agora ela não estava tão certa. E se ela tivesse o poder de se libertar das correntes do controle de sua família? E se ela pudesse reescrever seu destino?
Seus pensamentos desviaram para o Santuário de Ravenhallow — o lugar para onde sua mãe a havia forçado a ir, um lugar que ela resistiu porque seus irmãos estariam lá. A ideia de enfrentá-los, de suportar seu desprezo e julgamento, parecia insuportável. Mas agora…
O conselho de Kalden ressoou. Por que ela deveria se reter por causa de seus irmãos? Por que a presença deles deveria impedir sua oportunidade de beneficiar-se? Se Ravenhallow pudesse ajudá-la a se tornar mais forte, se pudesse ensiná-la a se sustentar por conta própria, então ela não deixaria que as sombras deles a parassem. Ela não deixaria ninguém impedi-la.
O olhar de Aria endureceu com uma determinação recém-descoberta. Ela treinaria. Ela cresceria. Ela não viveria mais sob o comando de ninguém ou à sombra de ninguém. Ela trilharia seu próprio caminho — um onde ela não seria uma peça indefesa, mas uma mulher no controle de seu próprio destino. Ela abruptamente se levantou..