Amaldiçoada a Desejar o Toque Lascivo dos Meus Irmãos Adotivos - Capítulo 45
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45: Enfrentando Lucien 45: Enfrentando Lucien Medrick encarou Lucien, seu cenho se aprofundando. O que diabos tinha dado em seu irmão?
Ele estava cheio de confusão. Desde que perderam os pais ainda jovens, ele, Lucien e Dario perambulavam pelas ruas, sobrevivendo por pura determinação até que finalmente foram levados para um lar adotivo.
A sorte eventualmente sorriu para eles quando a família real os adotou. E desde então, Medrick sempre sentiu um senso de responsabilidade de proteger Lucien e Dario, garantindo que nunca sentissem o desespero que experimentaram durante seus anos de orfanato.
Apesar das circunstâncias difíceis de sua infância, Medrick sempre se orgulhou de proteger seus irmãos. Ele os conhecia bem, ou pelo menos era o que acreditava. Medrick se orgulhava de conhecer seus irmãos melhor do que ninguém.
Dario era o quieto e introspectivo, sempre disposto a ouvir e seguir a liderança de Medrick. Lucien, por outro lado, era o brincalhão e imprudente. Embora sua natureza flertadora muitas vezes o fizesse parecer rude e difícil de se aproximar, Medrick sabia que era uma fachada — um mecanismo de defesa para se distrair das memórias assombrosas da morte de seus pais.
Contudo, hoje, Medrick se sentia perturbado. Ver Lucien — justo ele — defender Aria o abalara. Lucien sempre foi o mais duro com ela, nunca perdendo uma oportunidade de insultá-la ou diminuí-la. Para ele de repente falar contra a mãe em defesa de Aria parecia totalmente fora de caráter.
A mente de Medrick vagou para o incidente que ele tinha testemunhado entre Lucien e Aria no outro dia. Ele não conseguia esquecer a maneira como Lucien olhou para ela, e seu próprio encontro amargo com Aria na noite anterior alimentava suas crescentes dúvidas.
Poderia ser? O estômago de Medrick revirava só de pensar. Aria teria usado seu corpo para manipular Lucien? Parecia absurdo, mas sua imaginação pintava cenários que se recusavam a deixá-lo. Não, ele resolveu silenciosamente. Ele descobriria a verdade.
Enquanto isso, a voz da Rainha Seraph cortou seus pensamentos. Ela estava falando com Aria em um tom cortante e definitivo.
“O Santuário de Ravenhallow será aberto em apenas alguns dias”, disse a rainha friamente. “Você se juntará aos seus irmãos lá. E você não tem voz contra isso.”
Aria assentiu rigidamente, com a cabeça baixa em obediência. Ela apertou os punhos para se impedir de tremer. O simples pensamento de ir para Ravenhallow a fazia sentir como se o chão estivesse desabando sob seus pés. Ela não era forte o suficiente para controlar seus poderes, e estar cercada por outros que eram hábeis em magia só destacaria suas fraquezas. Quanto mais ridicularização ela poderia suportar? E, para piorar as coisas, seus irmãos também estariam lá. Como ela poderia enfrentá-los depois de tudo?
O olhar da Rainha Seraph a perfurou, mas ela ainda não tinha terminado. “Deixe-me ser perfeitamente clara,” ela acrescentou. “Você envergonhou esta família o suficiente. Você irá para Ravenhallow, e obedecerá todas as regras lá. A desobediência não será tolerada.”
Com isso, a rainha virou-se nos calcanhares e saiu, deixando Aria sozinha com seus irmãos. Medrick, Lucien e Dario não disseram nada, embora seus olhares a seguissem de perto. Sentindo-se sufocada, Aria rapidamente se desculpou e deixou a sala. Ela não ousava passar mais um segundo no mesmo espaço que eles, especialmente não depois de tudo que havia acontecido recentemente.
Lucien a viu sair, uma carranca puxando seus lábios. Ele tinha acabado de defendê-la na frente de sua mãe, e mesmo assim ela nem mesmo havia reconhecido isso. Seus lábios se curvaram em um cenho franzido. Um simples “obrigado” era demais para pedir? Se ela não ia expressar gratidão por conta própria, ele pensou, então talvez ele teria que ir e exigir isso ele mesmo.
Justo quando ele estava prestes a segui-la, a voz de Medrick o parou.
“Ei, mano. Pra onde você está correndo? Precisamos conversar.”
Lucien suspirou, sua irritação aumentando. Abandonando seu plano inicial, ele voltou para enfrentar Medrick. Caminhando de volta para onde seus irmãos estavam, Lucien cruzou os braços e se encostou casualmente na parede, embora seus olhos traissem sua irritação.
“O que foi?” ele perguntou impacientemente.
Medrick não perdeu tempo. “O que está acontecendo com você?” ele perguntou, seu tom afiado. “Por que você defendeu Aria assim? Desde quando você se importa?”
Lucien revirou os olhos. “Eu apenas fiz a coisa certa, só isso,” ele respondeu simplesmente.
Dario, que havia ficado em silêncio até agora, interrompeu. “A coisa certa? Desde quando você se importa em fazer a coisa certa quando se trata de Aria?”
Lucien lançou um olhar furioso para ele. “Talvez eu tenha percebido que todos nós estávamos agindo como idiotas. É tão difícil de acreditar?”
“Pela primeira vez em anos você está defendendo a Aria.. vamos mano, nós te conhecemos melhor que ninguém então nos diga o que está acontecendo?” Dario continuou
Lucien exalou levemente. “O jeito como ela tem sido tratada é demais,” ele disse firmemente. “Pense nisso. Se você estivesse no lugar dela, como você se sentiria? Insultos constantes, punições, e sendo culpada por coisas que não são sua culpa — você acha mesmo que isso é justo?”
Medrick ergueu uma sobrancelha, sua expressão cética. “Justo?” ele repetiu. “Desde quando você se importa com o que é justo para Aria? Não finja que você foi algum santo todo esse tempo.”
A tensão na sala ficou densa. A paciência de Lucien estava se esgotando, e o interrogatório de seus irmãos não estava ajudando.
“Talvez eu tenha mudado,” Lucien estalou. “Talvez eu tenha começado a ver as coisas de forma diferente. Isso é tão difícil de acreditar?”
Medrick não estava convencido. “Você a odiou por anos, Lucien. De repente você é o cavaleiro em armadura brilhante dela? Não faz sentido.” Sua voz baixou, tornando-se mais fria. “A menos que haja algo mais acontecendo entre vocês dois.”
Lucien endureceu, suas mãos se fechando em punhos. “O que diabos você está insinuando?”
“Estou dizendo,” Medrick continuou, seu tom controlado mas afiado, “que a forma como você tem agido ultimamente — seu interesse súbito em Aria — não parece certo. Especialmente depois do que eu vi outro dia. E depois… minha própria experiência com ela.” Sua voz vacilou um pouco, mas ele rapidamente recuperou a compostura. “Me diga, Lucien. Ela tem usado o corpo dela para… manipular você?”
A sala ficou silenciosa. O rosto de Lucien escureceu, sua raiva fervendo perigosamente perto da superfície. “Pare com isso, Medrick,” ele rosnou, sua voz baixa e venenosa. “Você não sabe do que está falando.”
Medrick ainda não recuou. Ele estreitou os olhos, sua suspeita crescendo enquanto sondava ainda mais. “Espero que não tenha nada inapropriado acontecendo entre vocês dois,” ele murmurou, mais para si mesmo do que para Lucien.
Mas as palavras atingiram um nervo. Os olhos de Lucien brilharam de raiva, e ele deu um passo em direção a Medrick, sua voz baixa e perigosa. “Cuide do que você diz,” ele advertiu.
Medrick cruzou os braços, imperturbável. “Eu estou falando sério. Se há algo que você está escondendo, isso acabará aparecendo.”
A raiva de Lucien transbordou. “Sabe de uma coisa? Foda-se,” ele disse duramente antes de sair da sala, batendo a porta atrás de si.
Medrick e Dario trocaram um olhar. Os pensamentos de Medrick estavam girando com dúvida e frustração. Algo definitivamente estava acontecendo, e ele estava determinado a descobrir o que era.
Dario, no entanto, parecia menos investido. “Você acha que ele está escondendo algo?” ele perguntou quietamente.
Medrick suspirou. “Eu não sei,” ele admitiu. “Mas eu vou descobrir.”