Amaldiçoada a Desejar o Toque Lascivo dos Meus Irmãos Adotivos - Capítulo 27
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- Capítulo 27 - 27 Um Casamento Arranjado para Aria 27 Um Casamento Arranjado
27: Um Casamento Arranjado para Aria 27: Um Casamento Arranjado para Aria Aria sentava-se à mesa de jantar, o coração batendo com força no peito em um thump-thump-thump selvagem e incessante. Ela mal conseguia se concentrar, os pensamentos rodopiando em uma tempestade de pânico e medo. Ela estava condenada.
Essa era a única conclusão a que ela podia chegar. Lucien, seu segundo irmão adotivo, tinha contado ao pai sobre o que acontecera entre eles no quarto dele. Ela tinha certeza disso. O que mais explicaria por que ela de repente fora convidada para esse raro jantar em família? Isso provavelmente era uma tentativa orquestrada de interrogá-la publicamente, humilhá-la e, em seguida, aplicar seu castigo.
As mãos trêmulas dela descansavam em seu colo, agarrando as dobras do vestido com força, como se o tecido de alguma forma pudesse protegê-la do castigo que ela estava certa que a esperava. Que tipo de castigo será? ela se perguntava, com a mente voando para as possibilidades mais sombrias.
Será que eles a humilhariam na frente de todos? Trancafiariam ela? Expulsariam ela? Ou esse jantar não era nada mais do que um prelúdio para algo final e irreversível? O pensamento fez seu estômago se agitar.
O respirar dela ficou preso enquanto outro pensamento a atingia: Esse jantar seria uma interrogação pública? Será que o pai a interrogaria diante de toda a família e anunciaria seu castigo bem aqui, com todos como testemunhas?
O medo subia por sua coluna. Talvez… talvez fosse melhor se eu falasse por mim mesma, ela pensou desesperadamente. Se eu confessasse antes mesmo de o Pai perguntar, talvez isso reduzisse meu castigo — mesmo que só um pouco.
Ela engoliu em seco, a garganta seca como areia. Ela explicaria que não pretendia que isso acontecesse, que foi tudo por causa da maldição que ela só começava a entender. Sim, era isso. Ela falaria a verdade. Mesmo que isso não a salvasse inteiramente, poderia amenizar as consequências.
Ela entreabriu os lábios, a voz trêmula enquanto ela se forçava a falar. “Pai, eu…” As palavras dela falharam, tremendo tanto quanto suas mãos. O coração dela parecia que iria explodir do peito. Ela mal conseguia juntar os pensamentos enquanto o peso do momento pressionava sobre ela.
Antes que ela pudesse reunir a coragem de continuar, a voz profunda do pai interrompeu-a. Seu tom era calmo, mas carregava uma autoridade inconfundível, silenciando quaisquer palavras que ela conseguisse dizer.
“Ah, Aria,” ele começou, seu olhar penetrante se fixando nela.
Ela prendeu a respiração. Aqui vem, ela pensou. Ela se preparou, seu corpo se enrijecendo enquanto ela se preparava para o pior.
“Sim, Pai… eu…” ela gaguejou, lutando para firmar a voz. Mas ele não a deixou terminar.
Ele limpou a garganta, sua expressão ilegível. “Com base na sugestão do seu irmão,” ele disse devagar, como se saboreasse o momento, “eu investiguei e decidi…” Ele fez uma pausa, seus olhos se estreitando levemente. “… você vai se casar.”
As palavras atingiram Aria como um trovão. Por um momento, ela não conseguiu processar o que ele tinha dito. Sua mente congelou no lugar, seu coração pulando uma batida antes de começar de novo em um ritmo frenético.
A colher escorregou de sua mão, caindo no prato com um clangor alto que ecoou na sala. Seus olhos arregalados encararam o pai em incredulidade. Casar? ela pensou, a palavra ecoando em sua cabeça. Ele quer que eu me case?
De todas as possibilidades que ela temia de sua convocação, essa nem mesmo havia passado por sua mente. No entanto, de alguma forma, parecia muito pior do que os cenários que ela tinha imaginado. A realização fez seu estômago torcer dolorosamente.
“Não!” A palavra explodiu de seus lábios antes que ela pudesse impedí-la. “Eu não posso me casar!” Sua voz era alta, cheia de uma mistura de raiva, dor e desespero.
A sala de jantar ficou em silêncio, todos os olhares se voltando para ela. Seu peito se enchia de ar enquanto emoções que ela guardava há tanto tempo — queixas, raiva, tristeza — desembocavam. Ela se arrependeu de seu arrebatamento no momento em que as palavras saíram de sua boca, mas agora não havia volta.
O olhar do pai escureceu e a rainha ergueu uma sobrancelha, seus lábios se curvando em um esgar desaprovador. Mas Aria não podia se conter agora. As comportas estavam abertas.
Os pensamentos dela corriam freneticamente. Como eles poderiam sugerir isso? ela gritava interiormente. Quão desesperados, quão odiosos devem ser meus irmãos para me empurrarem para outro casamento arranjado, sem sequer considerarem meus sentimentos? Ela apertou os punhos com força sob a mesa.
A lembrança de seu último noivado com Eric, outra união orquestrada por seu pai, que agora fora concedida a Helena, emergiu dolorosamente. Aquela união havia terminado em desgosto, deixando-a ainda lutando para juntar os cacos.
“Por quê?” ela perguntou, sua voz tremendo mas desafiadora. Lágrimas se formavam em seus olhos, ameaçando derramar. “Por que você concordaria com isso? Você me odeia tanto assim?” Ela olhou para o pai, depois para os irmãos, sua voz subindo. “Não foi o suficiente que vocês sempre me trataram como se eu não pertencesse aqui? Agora vocês querem me vender para um desconhecido sem sequer considerar o que eu sinto?”
Sua voz se quebrou, e uma lágrima escorreu por sua bochecha. “O último casamento que vocês arranjaram para mim — com Eric — vocês sabem o que isso me fez? Eu ainda estou lutando para superar o desgosto!”
A voz aguda da rainha cortou o ar como uma faca. “O que você acabou de dizer?” ela exigiu, seu tom gelado de fúria.
As mãos de Aria se fecharam em punhos ao lado do corpo enquanto ela soluçava, as lágrimas escorrendo livremente agora. “Eu disse que não vou me casar!” ela chorou, sua voz se quebrando. “Eu não vou me casar com alguém escolhido por vocês — ou por qualquer outra pessoa!”
As palavras mal haviam saído da boca dela quando um estalo agudo ecoou pela sala.
Dor explodiu na bochecha de Aria, e sua cabeça foi jogada para o lado. Por um momento, sua visão ficou borrada e ela sentiu um zumbido em seus ouvidos. Devagar, ela levantou a mão, os dedos trêmulos tocando a pele ardente de seu rosto.
Seus olhos arregalados e cheios de lágrimas se voltaram para cima, e ela congelou. A pessoa que a tinha agredido se erguia acima dela, sua expressão dura e inflexível.