Amaldiçoada a Desejar o Toque Lascivo dos Meus Irmãos Adotivos - Capítulo 19
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- Capítulo 19 - 19 Pego Na Biblioteca 19 Pego Na Biblioteca Aria caminhava
19: Pego Na Biblioteca 19: Pego Na Biblioteca Aria caminhava apressadamente pelos corredores mal iluminados do palácio, seu coração batendo forte no peito. O ar parecia mais pesado do que o habitual, como se o peso do seu segredo estivesse pressionando seus ombros. Ela segurava a barra de seu vestido simples com força, os nós dos dedos embranquecendo enquanto seguia em direção à biblioteca real.
A biblioteca era uma sala vasta e imponente, repleta de prateleiras altas que se estendiam até o teto, cada uma transbordando de tomos antigos e rolos de pergaminho. O cheiro de pergaminho envelhecido e tinta persistia no ar, misturando-se com o bruxulear fraco das velas dos candelabros suspensos. As grandes janelas em arco permitiam a entrada de feixes de luz da lua, lançando um brilho fantasmagórico sobre as fileiras de estantes. Aria hesitou na entrada por um momento, seus olhos prateados vasculhando o espaço silencioso para garantir que estava sozinha. Satisfeita, ela entrou sorrateiramente e começou sua busca.
Ela se movia silenciosamente entre as prateleiras, seus dedos roçando as lombadas dos livros enquanto escaneava seus títulos. Alguns eram histórias do reino, outros detalhavam os princípios da magia e alguns cobriam tópicos proibidos, marcados com selos advertindo contra a leitura não autorizada. Ela encontrou uma seção rotulada Maldições e Malefícios Antigos e seu coração acelerou.
Puxando um livro após o outro, ela cuidadosamente lia seus títulos e resumos. Cada um parecia promissor, e logo seus braços estavam cheios de volumosos tomos. O peso não a impedia; ela estava desesperada por respostas. Quando se virou para sair, com sua atenção totalmente voltada para equilibrar os livros, ela se chocou com alguém. A força a fez recuar um pouco, e os livros quase escaparam de seu controle.
“Aria?” A voz de Helena era inconfundível—doce e aguda, como mel misturado com veneno.
O coração de Aria afundou. Helena. De todas as pessoas com quem poderia se encontrar, tinha que ser sua irmã. Instintivamente, ela moveu os livros para trás dela, enfiando-os nas dobras de seu casaco o melhor que podia. Ela não tinha ideia do porquê, mas o pensamento de Helena descobrir seu segredo a enchia de pavor. Se alguém descobrisse que ela poderia estar amaldiçoada, seria catastrófico. Helena, em particular, encontraria uma maneira de usar isso contra ela, espalhando rumores ou algo pior.
“Irmã, o que você está fazendo aqui?” Helena perguntou, seu tom leve e curioso, mas seus penetrantes olhos verdes se estreitaram enquanto estudavam a expressão perturbada de Aria.
Aria se enrijeceu, sua mente correndo. Ela forçou um sorriso e ajustou seu casaco, garantindo que os livros estivessem escondidos. “O que mais eu estaria fazendo em uma biblioteca? Vim ler, é claro”, ela disse levemente, esperando que sua voz soasse mais confiante do que ela se sentia.
Os lábios de Helena se curvaram em um sorriso, embora a suspeita permanecesse em seu olhar. Ela inclinou a cabeça, seus olhos se estreitando enquanto examinava Aria. “Ler? Hum.” Ela se aproximou, seu olhar afiado piscando para o volume embaixo do casaco de Aria. “Eu vi você carregando alguns livros mais cedo. Posso ver o que escolheu? Certamente você não se importaria de compartilhar com sua querida irmã, não é?” Seu tom era descontraído, quase brincalhão, mas sua intenção era clara.
Antes que Aria pudesse responder, Helena estendeu a mão em direção ao casaco dela, seus dedos roçando o tecido enquanto tentava agarrar um dos livros escondidos. Pânico irrompeu em Aria, e ela deu um passo rápido para trás, evitando seu alcance, seus movimentos bruscos mas compostos.
“Não tenho certeza de que meu gosto em livros te interessaria”, Aria disse suavemente, retirando um livro do casaco, um inofensivo livro de história que ela tinha pegado mais cedo e que planejava ler quando estivesse menos ocupada. Ela acenou levemente com ele na frente de Helena. “Veja? Apenas alguns tediosos registros históricos. Duvido que os ache divertidos.”
Helena levantou uma sobrancelha, sua suspeita diminuindo enquanto ela observava o livro com leve desdém. “História? Sério? Que tedioso. Não sei como você aguenta material tão chato.” Ela franziu o nariz com uma expressão de nojo fingido. “Não é à toa…” Ela se interrompeu, rapidamente mascarando sua expressão com um sorriso adocicado. “Ah, deixa pra lá. Deixe-me deixar você voltar para sua… leitura.” Ela acenou de forma displicente enquanto se afastava. “Não se preocupe, eu vou encontrar algo mais adequado ao meu gosto. Aproveite sua… leitura fascinante. Tchau, mana!!”
Aria observou enquanto Helena dava meia-volta, passando por ela sem dizer mais uma palavra. O leve desdém nos olhos de Helena não passou despercebido por Aria, mas isso não a incomodou. O que importava era que seu segredo estava seguro, pelo menos por enquanto. O desinteresse de Helena por qualquer coisa relacionada à história trabalhou a favor de Aria. E, por sorte, o livro de história que ela havia escolhido mais cedo se mostrou útil.
Assim que Helena desapareceu de vista, Aria expirou bruscamente, seu corpo relaxando aliviado. Aquilo foi muito próximo. Ela sabia muito bem que desafiar Helena mais adiante só escalaria as coisas. Se a família real interviesse, sem dúvida ficariam ao lado de Helena, como sempre faziam. A ideia de alguém descobrir os livros relacionados à maldição em sua posse enviou um calafrio pela espinha dela. Isso levantaria suspeitas, e se investigassem, se ela estivesse realmente amaldiçoada descobririam, e embora não soubesse o que aconteceria, ela não podia se dar ao luxo de chamar aquele tipo de atenção. Foi por isso que ela descartou imediatamente a ideia de desafiar Helena e recuou.
De volta ao seu quarto, Aria trancou a porta e se encostou nela, sua respiração se estabilizando enquanto ela abraçava o monte de livros contra o peito. Ela se moveu para a cama, sentando-se com as pernas cruzadas e os livros empilhados ao seu lado. Pegando o primeiro, ela o abriu cuidadosamente, seus dedos tremendo levemente enquanto folheava as páginas envelhecidas e empoeiradas.
O livro estava repleto de diagramas crípticos e descrições de maldições, mas nada parecia corresponder à sua situação. Uma pontada de decepção brilhou em seus olhos enquanto ela o colocava de lado e passava para o próximo. Horas se passaram, seu quarto iluminado apenas pelo brilho fraco de um abajur ao lado da cama. O segundo e o terceiro livro também não ofereceram respostas. Quando terminou o terceiro livro, o cansaço começou a se instalar.
Aria esticou os braços e bocejou, decidindo deixar os dois livros restantes para o dia seguinte. Ela começou a empilhar os livros ordenadamente na mesa de cabeceira quando algo chamou sua atenção. Seu olhar prateado congelou em uma ilustração que espiava do canto de uma página em um dos livros que acabara de colocar para baixo…