Amaldiçoada a Desejar o Toque Lascivo dos Meus Irmãos Adotivos - Capítulo 17
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17: Enfeitiçado 17: Enfeitiçado Assim que os lábios de Lucien roçaram nos dela, o som pesado de botas ecoou pelo corredor fora da sala. Ambos congelaram, seus hálitos misturando-se no espaço aquecido entre eles.
“Lucien,” Aria sussurrou, sua voz mal audível, seus olhos arregalados se voltando para a porta.
Ele não se moveu, seus dedos ainda acariciando seu rosto, seu polegar descansando contra os lábios trêmulos dela. Uma tempestade se formava em seus olhos escuros, confusão, frustração e algo perigosamente próximo de desejo.
O que ele estava fazendo? O pensamento o atingiu como um raio, fazendo seu pulso acelerar por razões que ele se recusava a reconhecer. Ela era Aria, sua irmã adotiva, aquela que ele odiava, a quem desprezava há anos, descartando-a como uma presença fraca e fardo em suas vidas. E ainda assim, lá estava ele, incapaz de se afastar, incapaz de negar o calor correndo por suas veias ao mero pensamento dela. Parecia que algo o estava puxando para ela, mas ele não entendia.
“Ignore,” ele murmurou, sua voz rouca, seu olhar fixo no dela.
Mas a batida que se seguiu era firme e implacável. “Lucien!” uma voz afiada e familiar chamou do outro lado. “Precisamos conversar agora.”
Era Medrick.
Aria enrijeceu, seu coração batendo por uma razão completamente diferente agora. A intimidade do momento se despedaçou enquanto a realidade voltava a entrar. O que ela estava pensando, deixando ele, seu irmão, chegar tão perto? Ele era um deles, outro algoz, outra pessoa que tornara sua vida insuportável. Para completar, ele era seu irmão de nome.
E ainda assim, ela não podia negar como sua pele queimava sob o toque dele, como seu peito doía com algo que ela não conseguia nomear, ela não sabia por que seu corpo reagia dessa maneira mas sentia que isso não era normal.
Lucien soltou um rosnado baixo de frustração, seu maxilar se contraindo enquanto seu olhar se desviava para a porta. Seu aperto em sua cintura se apertou brevemente antes de soltá-la, dando um passo para trás com uma maldição murmurada.
“Me dê um minuto,” ele chamou, sua voz carregada de irritação.
Houve uma pausa, então a voz de Medrick veio novamente, dessa vez mais fria, mais autoritária. “Você já teve tempo suficiente para si mesmo. Isso é importante.”
Lucien passou a mão pelos cabelos úmidos, exalando bruscamente antes de voltar seu olhar para Aria. Sua expressão endureceu um pouco, embora a frustração ainda persistisse na tensão de seus ombros.
Vamos terminar isso mais tarde. As palavras não ditas pesavam entre eles, seu olhar escuro prendendo-se ao dela. Ele não disse em voz alta, mas ela viu a promessa em seus olhos, e isso a aterrorizou. O que está acontecendo? Ela pensou.
Lucien abriu a porta, e Medrick estava do outro lado, seu olhar penetrante imediatamente se fixando no rosto de Lucien. Seus olhos se estreitaram um pouco, observando o estado desgrenhado de seu irmão mais novo, o cabelo úmido, o leve rubor em sua pele.
“Eu interrompi alguma coisa?” Medrick perguntou, seu tom neutro mas carregado de suspeita. Seus olhos agudos passaram por Lucien em direção a Aria, que estava congelada ao fundo, e uma carranca imediatamente se formou em seu rosto.
O corpo de Lucien se moveu levemente, bloqueando a visão de Medrick dela. “O que você quer?” ele perguntou secamente, sua voz tingida de irritação.
“O que você estava fazendo?” Medrick exigiu, seu olhar endurecendo. “Você não vai ficar aí e me dizer que isso não foi nada. Não sou cego, Lucien.”
O maxilar de Lucien se apertou, sua frustração se aprofundando. “Isso não é da sua conta,” ele disse rispidamente, avançando para bloquear completamente a linha de visão de Medrick.
“Não é da minha conta?” O tom de Medrick se tornou glacial, seus braços cruzando sobre o peito. “Ela é nossa irmã, Lucien, embora eu odeie admitir, mas ela é. Você perdeu a cabeça? Você a odiava há anos, e por boas razões. Não me diga que você de repente esqueceu o que ela é.”
Os lábios de Lucien se curvaram em um sorriso amargo. “Eu não esqueci nada,” ele retrucou. “Ela ainda é a mesma egoísta, manipuladora e inútil de sempre. Ela não é nada além de uma mancha nesta família, um erro que nunca deveria ter acontecido.”
Aria estremeceu com o veneno em suas palavras, seu peito se apertando. Não importa quanto tempo passasse, o desprezo em suas vozes sempre cortava mais fundo do que ela esperava. Por que eles me odeiam tanto?
“Então por quê,” Medrick pressionou, sua voz afiada e inflexível, “por que, eu te encontrei lá com ela, parecendo que estava segundos de fazer algo que você não poderia retirar?”
Lucien o encarou, seus punhos cerrando ao lado dele. “É complicado, eu também não entendo o que aconteceu então…” ele murmurou, sua voz baixa e tensa. “Você não entenderia.”
“Tente-me,” Medrick rebateu, seu olhar duro e implacável. “Porque daonde eu estou, parece que você perdeu sua maldita cabeça. O que quer que esteja acontecendo entre vocês dois, para agora. Você me ouviu? Isso está errado, Lucien. Você sabe disso, e eu também sei.”
“Não preciso que você me dê uma lição,” Lucien rosnou, sua voz subindo. “Eu sei exatamente quem ela é e o que ela fez. Não aja como se você fosse o único que a vê pelo que ela é.”
“Então aja como tal,” Medrick retrucou, sua voz fria e cortante. “Você a odeia, não é? Então prove. Pare com seja lá o que for isso antes que destrua você, e todos nós junto com isso. Se as palavras saírem, você vai se meter em grandes problemas, você sabe…”
O maxilar de Lucien se apertou, seus olhos brilhando com raiva e algo mais, algo que ele se recusava a nomear. Ele se virou abruptamente, suas mãos tremendo com a frustração mal contida. “Diga o que você veio dizer e vá embora.”
O olhar afiado de Medrick permaneceu em Lucien por um momento antes de mudar brevemente para Aria, que estava silenciosa e pálida ao fundo.
Ele sorriu com desdém, seu desprezo evidente. “O conselho real nos convocou. Há rumores sobre o feitiço soberano secreto a ser lançado em alguns dias se espalhando além do palácio. Eles querem respostas, e eles as querem agora.”
A testa de Lucien se franziu, sua raiva dando lugar a um lampejo de preocupação. Ele deu um aceno curto. “Certo. Vamos.”
Sem mais uma palavra, Medrick virou sobre seus calcanhares e seguiu pelo corredor, suas botas ecoando contra os pisos polidos. Lucien hesitou, olhando para Aria pela última vez.
Seu olhar demorou, uma mistura de frustração e algo que ele não conseguia nomear, antes de seguir seu irmão para fora da sala.
À medida que a porta se fechava atrás deles, Aria afundava na beira da cama, suas mãos tremendo. Seu coração ainda estava acelerado, mas agora era de uma mistura de medo, confusão e algo que ela não consegui identificar.
Lucien seguiu Medrick em silêncio, sua mente uma bagunça caótica. As palavras de Medrick se repetiam em sua cabeça, cada uma cortando mais fundo que a anterior. Ele está certo. Isso está errado. Todas as partes racionais dele sabiam disso. E ainda assim, a lembrança do olhar suave dela, seus lábios trêmulos, se recusava a deixá-lo.
Mas agora não era desejo que o preenchia… era agora seu ódio usual por ela no momento em que a deixou, ele voltou.
Ele estava sob algum tipo de feitiço?
Medrick olhou para o irmão enquanto caminhavam, sua expressão sombria. “Seja lá o que está acontecendo com você e Aria, acaba agora. Você me ouviu, Lucien?”
Lucien não respondeu, seu maxilar se contraindo enquanto ele olhava para frente. Ele não precisava que Medrick lhe dissesse o quão errado isso estava. Ele sabia. Mas saber não tornava mais fácil resistir ao impulso naquele momento com ela.
“Você deveria saber que eu a odeio muito mais do que você… então não me dê uma lição”
Atrás deles, no silêncio de seu quarto, Aria enterrou o rosto nas mãos. Ela havia jurado para si mesma que nunca mais deixaria eles a atingirem novamente, que nunca deixaria a crueldade e os insultos deles a quebrarem ou alcançarem. Mas agora, ouvindo a maneira como falavam sobre ela, como se ela nem mesmo valesse a pena mencionar, a tristeza encheu seu coração… O que diabos ela havia feito para eles a odiarem tanto?
Ela sempre pensava nisso, mas sempre encontrava nenhuma resposta e hoje não foi uma exceção com um suspiro ela se levantou rapidamente pegando as ferramentas de limpeza que havia trazido mais cedo, com a intenção de voltar para seu quarto.