Alfa Damien's Breeder: A primeira noite - Capítulo 34

34: Williams irritado 34: Williams irritado Depois que Damien conseguiu acalmar suas emoções, ele saiu do quarto da Aurora com Enoch. Apesar da insistência de Enoch, Damien recusou receber tratamento antes da reunião com os Anciãos. Como resultado, eles tiveram que chamar o médico da matilha para atender Damien enquanto a reunião acontecia.

Durante a discussão sobre o ataque, um dos Anciãos expressou sua raiva, afirmando, “Ele não vai parar até estar morto.” Era evidente que todos estavam cientes da crescente animosidade entre o chefe, Edward, e Damien.

Edward não arriscaria confrontar Damien a menos que fosse provocado, já que havia um conflito enraizado entre eles. Eles costumavam ser amigos de negócios até que um incidente infeliz ocorreu que proibia qualquer discussão sobre o assunto.

“Alfa, talvez seja hora de abordar o incidente passado?” Evelyn sugeriu cautelosamente, certificando-se de não parecer autoritária para evitar enfurecer ainda mais Damien.

Enquanto o médico da matilha trabalhava silenciosamente no braço esquerdo de Damien, a raiva emanando de seu corpo era palpável. As mãos do médico tremiam enquanto ele enrolava a bandagem em torno do braço de Damien. Observando isso, Enoch se adiantou e assumiu a tarefa, liberando o médico de suas funções.

“Saia,” ele ordenou ao médico da matilha, que rapidamente se afastou, ainda tremendo com o encontro assustador.

“Quem poderia ter vazado sua localização? A maioria de nós aqui não estava ciente de sua partida da mansão,” Williams, amigo próximo de Aurora e o mais jovem entre os Anciãos, perguntou. Damien não gostava de ser monitorado, então como era possível para eles localizarem e o atacarem tão facilmente?

“Pode ter sido do espetáculo de balé,” um dos Anciãos sugeriu, deduzindo a resposta mais plausível.

“E ela? Poderia ser uma espiã?” Evelyn sugeriu, provocando Williams. Aurora estava na mansão muito antes do retorno de Damien, então por que ela abrigaria ódio em relação ao Alfa e quereria que ele morresse?

“Deixe ela fora disso. Ela está inconsciente no momento. Como você pode culpá-la?” Williams advertiu, seus olhos cheios de raiva enquanto ele encarava Evelyn. A ideia de incriminar uma vítima era inconcebível para ele.

“O quê? Ela poderia ter se machucado para parecer real. Ninguém deve ser confiável. Além do mais, o Alfa mal a conhece. Como você pode estar tão certo?” Ignorando seu aviso, Evelyn continuou, enfurecendo ainda mais Williams.

“Bem, eu a conheço há cinco anos. Eu confio nela e sei do que ela é capaz!” ele rosnou para Evelyn. Evelyn sempre agiu superior, como uma deusa auto-proclamada que sabia tudo, o que sempre irritou Williams.

Sua abordagem havia se tornado ainda mais problemática desde que ela se tornou líder dos guerreiros, fazendo com que a maioria das pessoas não gostasse dela.

“Não torne isso pessoal. Use seu cérebro uma vez!” Evelyn gritou de volta, mantendo sua posição.

“É por isso que você e Dave não puderam ficar juntos. Você pensa que usar seu cérebro te faz perfeita, hein? Espero que você continue solteira, narcisista!” Naquele momento, o brincalhão Dave entrou na sala e teve a sorte de ouvir a conversa sobre ele.

“Eu cheguei na hora errada?” Dave interrompeu a discussão deles, fazendo Evelyn retrair suas palavras.

Não importava o quanto ela estava magoada pelo passado, Evelyn recusava admitir sua própria culpa em como seu relacionamento com Dave terminou. Como ela poderia confiar em alguém que tinha dependentes e poderia deixá-la se a oportunidade surgisse?

“Agora que vocês dois recuperaram o bom senso, Evelyn, você selecionou os guerreiros da matilha para o treinamento?” Damien perguntou.

“Sim, Alfa,” ela respondeu confiantemente, tendo escolhido cuidadosamente aqueles que fariam excelentes guerreiros com base nas instruções de Damien para seus pais.

“Eu pessoalmente conduzirei as sessões de treinamento matinais. Começamos amanhã. Prepare-os antes de eu chegar,” ele anunciou, surpreendendo a todos.

Não era incomum para o Alfa de uma matilha supervisionar o treinamento, mas fazia um tempo desde que eles tiveram um guerreiro treinado diretamente pelo seu Alfa. Talvez fosse uma boa notícia para a matilha, visto que os guerreiros receberiam treinamento excepcional.

“Com o ataque bem-sucedido executado por Edward, temo que haja um inimigo que devemos temer,” Enoch disse, estendendo seu tablet para os Anciãos.

“Eu sabia que Edward não agiu sozinho,” afirmou orgulhosamente o Ancião que havia apontado anteriormente esse fato.

“Temos guerreiros suficientes para desmantelar a matilha dele. Alfa, dê-nos seu comando,” Evelyn instou, com os punhos cerrados em raiva ao ver a identidade do encrenqueiro no tablet.

“Não,” Damien discordou.

“Mas este é o momento perfeito para atacar, pegando-o desprevenido,” Evelyn argumentou, tentando convencer Damien a deixá-los eliminar o encrenqueiro.

“E sobre vidas inocentes? Além disso, você acha que ele revelaria voluntariamente seu envolvimento?” Os outros ficaram furiosos ao ouvir as palavras de Damien. Era de fato suspeito como eles haviam identificado o instigador tão rapidamente quando Edward tinha sido o enviado.

“É uma armadilha,” Enoch alertou.

“Esperamos. Afinal, o café da manhã é melhor servido quente,” Damien disse, usando um sorriso maligno que insinuava sua astúcia. Todos reconheceram aquele olhar no rosto dele, significava que ele estava falando sério. Sempre que ele tinha essa expressão, provavelmente tinha um plano que nenhum deles poderia imaginar.

Ainda incomodado pela discussão anterior com Evelyn, Williams permaneceu em silêncio até o final da reunião. Quando seus olhares se encontraram, ele não conseguiu ver um pingo de remorso nos olhos dela, era a sua habitual aura arrogante.

Talvez ela tivesse se tornado líder dos guerreiros por falta de empatia.

Ninguém mais se atreveu a questionar a decisão de Damien, e todos se dispersaram, plenamente cientes de que ele tinha tudo sob controle.

“Imbecis arrogantes!” Damien amaldiçoou, exalando fumaça enquanto olhava pela janela, perdido em pensamentos.

“Eu agradeceria se você compartilhasse o que está em sua mente antes. E se ela tivesse morrido?” A menção de Enoch a Aurora abalou o ânimo de Damien. Ele apagou o cigarro e virou-se para enfrentar Enoch.

“Ela não está morta, não está?” ele respondeu displicentemente, desabotoando sua camisa.

Enoch percebeu que era inútil tentar decifrar os pensamentos de Damien, já que ele sempre guardava a maioria das coisas para si mesmo. Ele era como um falcão vigilante com olhos aguçados, mas sem voz. Era exaustivo estar perto dele.

Damien sabia de tudo, mas agia como se não soubesse nada. Enoch preocupava-se com Aurora, sabendo que ela estaria enredada na vida complicada de Damien, e que uma jornada árdua a esperava.

“Por que você está envolvendo ela?” Enoch perguntou.

“Você parece curioso além da conta ultimamente. É a velhice?” Descartando a pergunta, Damien provocou antes de jogar sua camisa ensanguentada fora.

“Por favor, me dê licença. A menos que você queira se juntar a mim no chuveiro, o que eu não me importaria,” ele disse, sem esperar por uma resposta enquanto caminhava para o banheiro para se refrescar.

Enoch suspirou e deixou o quarto logo em seguida.