155: Mulheres mais velhas 155: Mulheres mais velhas Franzindo a testa, Dave perguntou: “O que você quer dizer?”

Beta Madrid sorriu e cruzou as mãos à sua frente, dizendo: “Embora você seja o irmão do Alfa respeitado pelo Alfa Nureo, o fato permanece que você foi o homem que causou dor à Lady Charlotte.” Essas palavras atingiram Dave e parecia que por um momento ele não conseguiu ouvir.

Quanto mais o lembravam do que ele fez no passado, mais a culpa o consumia.

“Eu… O que eu posso fazer para corrigir isso?” Ele perguntou, envergonhado de si mesmo.

“Eu acredito que isso é algo que você deverá conseguir descobrir sozinho, se verdadeiramente está aqui por ela,” Madrid respondeu.

“Mas…” Interrompendo-o, Madrid disse: “Claro, se precisar de ajuda com alguma coisa, eu posso colocar alguns guardas sob o seu comando enquanto você estiver aqui.”

“Oh, isso é muito. Obrigado,” expressando sua gratidão, ele se surpreendeu com o tratamento especial que estava recebendo. Algo lhe dizia que Beta Madrid estava disposto a ajudá-lo, mas queria que ele descobrisse a solução por si mesmo.

“Se é só isso, então tenha uma boa noite, Dave.” Madrid o despediu e prontamente deixou seu quarto.

Suspirando, Dave caminhou até a janela e olhou para fora, imaginando onde poderia ser o quarto de Charlotte naquela grande expansão. Quando ele não conseguiu discernir qual era o quarto dela, deixou a janela e foi se deitar na cama.

Amanhã será outro dia. Esperançosamente, não será tão ruim quanto ele pensa. Agora ele precisava dormir bem para poder trabalhar eficientemente bem na tarefa de conquistar sua companheira.

Na manhã seguinte.

Alfa Nureo já estava acordado e recebendo informações de Madrid em seu gabinete sobre a chegada de Dave.

“O que você planeja fazer com ele?” Com cuidado, Madrid perguntou.

“O que mais? Mandá-lo embora educadamente,” Alfa Nureo respondeu, descaradamente, dando de ombros à sua resposta.

“Sério? Você está tentando testá-lo?” Sabendo muito bem que a consciência de Nureo não o permitiria mandar Dave embora, ele perguntou.

“O que você acha?” Erguendo a sobrancelha, Nureo perguntou.

“O que quer que eu esteja pensando é provavelmente o que Charlotte está pensando, não a machuque enquanto tenta protegê-la,” Madrid aconselhou.

“Então o que você quer que eu faça? Entregar minha única irmã para aquele playboy?” Ele perguntou, aparentemente irritado. Ele esperava que Madrid tomasse seu lado e não defendesse alguém que causou a sua irmã mais dor do que qualquer coisa.

O fato de eles serem companheiros era o que o fazia hesitar em tomar a decisão certa. Ele não podia negar sua irmã ou seu companheiro, pois sabia a importância de companheiros. No entanto, ele não podia confiar sua irmã nas mãos de Dave. Eles sabiam o quanto ela sofreu com desilusões amorosas no passado, ele não queria vê-la passar por aquela dor novamente.

“Eu nunca disse isso, não interprete mal minhas palavras.” Madrid corrigiu, cruzando as mãos à frente de si, um hábito que significava que ele estava falando sério, o que sempre irritava Nureo.

“Então o que você está dizendo?” Levantando-se abruptamente, ele perguntou, com raiva brilhando em seus olhos.

“Preciso que você se acalme primeiro, não pode pensar direito neste estado.” Com uma voz firme, Madrid repreendeu, ambos se encarando profundamente até que Nureo desviou o olhar e sentou hesitante.

“Para ser honesto, estou dividido entre fazê-la feliz ou tomar minha própria decisão.” Depois de se acalmar, ele confessou, esfregando a testa devido à dor de cabeça latejante que o perturbava. Desde a morte da mãe, ele havia assumido a vida dela, cuidando dela até que ela se tornasse uma mulher fina.

E enquanto ele estava ocupado com os deveres da matilha cinco anos atrás, Charlotte estava lutando com sua vida amorosa e ele não pôde estar lá por ela. Agora que ele tinha a chance de acertar as coisas, suas mãos estavam atadas.

Esses são os momentos em que ele desejava que a mãe ainda estivesse viva. Sábia e amável, ela sabia o papel de uma mãe na vida de seus filhos. Ela era a melhor mãe que alguém poderia ter, mas os humanos miseráveis a tiraram deles tão cedo.

A razão pela qual ele trabalhava tanto era para não acabar como o pai deles, ganancioso. Se não fosse pela personalidade cobiçosa dele, a mãe deles ainda estaria viva.

“O que importa é o que ela quer, mas você está pronto para deixá-la ir?” Madrid perguntou, expondo sua real preocupação. Não, ele não estava, ele tinha medo de deixá-la ir. Ela já havia sofrido muito nas mãos dos homens, e se Dave se revelasse o errado novamente?

Ele não se surpreendeu sobre Ronald, pois ele já havia feito suas investigações e descobriu que sua história não era inteiramente verdadeira. Ele tentou dizer a Charlotte, mas ela havia partido para a alcatéia de Damien e era tarde demais para ele.

“E se eu não estiver?” Ele perguntou.

“Então você deve descobrir o que ela quer primeiro, talvez isso o ajude a deixar ir. Afinal, você está atrás da felicidade dela,” ele aconselhou e Nureo suspirou, encontrando sentido no que ele disse.

“É só isso que você tem a dizer?” Nureo perguntou, sabendo que Madrid sempre tinha mais a dizer, mas sempre reservava. Se ele ainda fosse o mesmo beta que sempre foram melhores amigos, então ele teria algo a dizer.

Desde que ele se tornou o Alfa, eles haviam se distanciado, mas ele respeitou seu desejo e não tornou as coisas difíceis para ambos.

“Há algo que você quer que eu diga?” Retrucando, Madrid perguntou, desdobrando seus braços que sinalizavam um alerta vermelho.

“Não,” tentando ignorar, Nureo respondeu e o dispensou com um aceno.

“O café da manhã é daqui a uma hora, não se atrase.” Ele lembrou e começou a caminhar em direção à porta.

Antes de colocar a mão na maçaneta da porta, ele parou ali e disse: “Se eu estivesse na sua situação, eu tentaria confiar no companheiro da minha irmã. Todos cometem erros, o que torna as coisas melhores é como os superamos.” Depois ele deixou o quarto de Nureo.

Com um olhar significativo, Nureo encarou a porta, ponderando como poderia tomar a decisão perfeita.

Dave já estava acordado, mas achava difícil se levantar, pois estava preocupado. Como ele iria convencer o Alfa Nureo de que seria o homem perfeito para ela? Ele estava longe de ser perfeito, dizer isso seria uma mentira. Ele só podia ser ele mesmo, mas isso ajudaria a situação?

Batem batem
Uma batida na porta interrompeu seus pensamentos, fazendo-o se levantar para abrir a porta para quem quer que fosse.

“Bom dia,” era Louis, ele parecia animado, fazendo Dave se perguntar pelo que ele estava tão feliz. Eles só tinham acabado de chegar aqui, então o que poderia estar por trás de seu sorriso?

“Bom dia, você parece energético.” Abrindo espaço para Louis entrar, ele comentou.

“Oh, é tão óbvio assim?” Ele perguntou.

“Bastante,” Dave respondeu.

“Não há necessidade de esconder mais. Eu deixei meu quarto bem cedo esta manhã e tive a sorte de fazer um tour com um bom samaritano.” Pela forma como ouviu essas palavras, Dave facilmente previu quem era o bom samaritano. Quão ingênuo, ele deve ter pouca experiência com mulheres.

“Ela é mais velha?” Ele perguntou, tirando sua camisa.

“Sim… espera, eu não sei.” Percebendo que havia acabado de revelar a identidade do “Bom Samaritano”, ele imediatamente mudou suas palavras e olhou para outro lado, muito tímido para olhar para Dave com o rosto todo vermelho.

“Então você prefere as mais velhas?” Provocando, ele perguntou.

“Não faço ideia do que você está falando,” mentindo, ele disse e se afastou.

“Você tem boas preferências, eu também prefiro as mais velhas. Elas têm mais experiência,” sorrindo maliciosamente, ele continuou provocando Louis, erguendo a sobrancelha de brincadeira para ele.

“Você já tomou banho?” Mudando o assunto, Louis perguntou.

“Estou planejando tomar.” Ele respondeu, como se fosse um fato.

“Mas ouvi alguma coisa sobre Damien querer te procriar para a filha dele. Como você lida com isso?” Desviando o assunto de volta, Dave disse, sorrindo. Ele gostava de ver o rosto fofo de Louis e se divertia com isso.

Bem, agora que ele estava em suas mãos, ele ia ensinar a Louis os caminhos do mundo dos homens de verdade. Ele é jovem, mas vai aprender com o melhor.

“Por que você continua falando sobre coisas inapropriadas?” Irritado, Louis perguntou, virando as costas para sair antes que as coisas ficassem estranhas para ele.

Quando ele estava para abrir a porta, a porta se abriu revelando o homem de ontem, Beta Madrid.

“Ahh, é bom ver você aqui. Eu estava procurando por você,” virando-se para Louis, ele falou e entrou no quarto.

“Oh, eu só fui passear.” Ele respondeu.

“Eu fico feliz que você esteja gostando da nossa alcateia. Me avise se quiser fazer mais passeios,” ele disse e Louis sorriu, gostando da companhia do homem. Ele não podia deixar de imaginar quão feliz sua esposa seria em sua união.

“Dave, o café da manhã está pronto. Assim que terminar, desça com Louis.” Ele informou e saiu depois de receber um aceno de Dave.